A Falsidade Tem Muitas Combinações. Capitulo 4.

775 35 10
                                    

—Algum esconderijo em mente? –Indagou a loura ao ver que não restava outra saída a não ser fugirem pelos fundos.

—Por quem me toma, srtª Swan? Não vou sair daqui fugida. Eu sou a prefeita desta cidade. Eu mando em todos aqui e eles tem que me respeitar! –Respondeu com seu tom suave, porém carregado de soberba.

—É melhor se entregar, Regina. –Gritou Graham do lado de fora. Ele também estava com aqueles palermas. Pensou Mills. Sua fúria só aumentava e podia sentir um respingo de magia no seu corpo.

—Mãe, nós podemos ir para as minas até eles se acalmarem. Se você me ama de verdade, ficará com o que é bom, do contrário ficará só com o que é mal e assim sofrerá! –Ponderou o garoto que refletia angustia em seus olhos.

—Vamos! –Exclamou em seu tom autoritário habitual ao ouvir que os invasores forjavam a porta de entrada da casa.

Emma foi à frente de Henry e Regina para se certificar de que não havia ninguém nos fundos da casa. Ao abrir com cuidado a porta chocou com um homem. Seus olhos azuis capturaram os dele e uma energia estranha, porém acolhedora tomou conta do ambiente.

—Venham comigo! –Ordenou o homem de cabelos castanhos claros e tez branca. Henry apenas sorriu aliviado, ele o reconhecia do seu livro e claro, o vira algumas vezes pela cidade.

Regina deu um olhar de consentimento para Swan e os três deram alguns passos até que de repente foram cercados pelos cidadãos de Storybrooke. Pouco a pouco os que estavam na frente da casa surgiam no local para cercá-las ainda mais.

—Vocês não vão a lugar algum! –Avisou David com ar de superioridade. Emma deu um passo à frente protegendo Regina e Henry. August ficou ao seu lado formando aquela barreira praticamente inútil diante de tantos “inimigos”.

—Se sabem o que é melhor para vocês, sugiro que vão para as suas casas. Lembre-se que ainda mando nesta cidade! –Sugeriu com certa arrogância. Seu sangue fervia diante de tanta desobediência e provocação.

—Você não manda em nada, Regina. Vai apodrecer numa prisão que iremos colocá-la! –Ameaça Ruby.

—Prendam-na! –Ordena David que age como se estivesse em seu reino. Leroy, Archie, Jefferson e Graham circundam o quarteto.

—É melhor que seja um fã de MMA ou que saiba lutar! –Afirma Swan antes de derrubar Graham com um golpe de Muay thai. Henry fica boquiaberto com a força da sua mãe biológica. August luta contra Archie e derruba-o alguns minutos depois. Leroy sorrateiro atraca Regina pelas costas com a ajuda de Branca.

—Não vai escapar dessa vez, Regina. –Afirma Mary Margareth com ar vitorioso. Emma se interpõe entre o casal e Regina.

—Soltem-na!

Ninguém aqui vive no tempo das cavernas. Se ela errou, mas está arrependida!

Antes que August possa fazer qualquer coisa para ajudar, David usa algo que Mr Gold lhe deu para poder deter Regina e àqueles que se interpusessem na batalha. Emma aproveita um momento de distração de Mary Margareth e safa sua “inimiga” das garras daqueles dois que exalam ódio por todos os seus poros.

—Eu sinto muito que tenha escolhido o lado errado, Emma Swan.Agora terá que pagar pelos seus atos!–Declara ao ver que ela conseguiu livrar Regina. O homem acaba abrindo um portal sob os pés das duas mulheres.

—Não! –Grita August se jogando no portal que está se fechando.

—Mãe!!!! –Brada o garoto desesperado sendo segurado pela vovó Granny. Lágrimas brotam de seus olhos pequeninos e puxados.

—A vida nem sempre tem um final feliz, sinto muito, querido!

—Ceder ao seu lado sombrio não vai trazer a felicidade que você perdeu. O bem sempre vence no final! –Argumenta o menino em tom reprovador.

—Nós somos “o bem”, Henry. –Afirma David audacioso.

—Viver de aparências é uma grande armadilha... A falsidade conhece muitas combinações para enganar até as pessoas mais honestas e puras! –Replica o menino.

--

NO BOSQUE ENCANTADO

Regina e Emma haviam despertado no meio da densa floresta do mundo encantado.

—Não faça nenhum barulho! –Fala ao ouvir um barulho de cavalos. A loira apenas revira os olhos de inconformidade. As duas mulheres observaram aqueles homens com armaduras em cavalos bem cuidados e puros. Emma mal piscava os olhos, estava impactada com aquela cena típica de Tróia. De repente ela vê uma mulher de cabelos lisos, negros, com uma maquiagem forte e arrogância exorbitante sair da carruagem.

—É você. Regina... é você?! –balbucia com os olhos arregalados. Se a postura indiferente, autoritária e até apática de Regina Mills lhe intimidava às vezes, ver aquela sua outra versão a aterrorizava. Era uma mulher aparentemente fria, petulante e sem quaisquer resquícios de sentimentalismo ou moralidade.

—Sim sou eu! –Responde seca e olhando-a de forma atravessada. De repente Emma sente algo picar sua pele e de maneira instantânea se movimenta bruscamente entre a sarça fazendo com que os soldados a veja.

—Não podia deixar sua sarna só por um momento, não é?! –Reclama inconformada.

—Uma co-cobra. Acho... –Diz vendo o rosto da rainha se tornar uma imagem embaçada. Regina fica tensa ao ver que os soldados se aproximam cada vez mais.

—Não ouse dormir agora, Miss Swan, esse não é um bom momento pra ensaiar “a bela adormecida!” –Profere dando leve tapa no rosto da mulher a fim de mantê-la desperta. O que Regina não percebe é que um homem se acerca das duas e as tem vulneráveis.

A Outra Face Onde histórias criam vida. Descubra agora