Regina estava atordoada, não sabia por que, mas estava preocupada por Emma.
—Aqui! –Bradou o cavalheiro aos outros. Estava chocado com a mulher que parecia com sua majestade. Regina gelou ao perceber que outra vez estava encurralada e agora sem a ajuda da Salvadora. Não tinha outra opção a não ser correr e isso talvez acarretasse em sua morte. Iria deixar a loura ali e se virar.
—Ajude-nos, por favor?! –Pediu com ar vitimado. Aparentemente indefesa. Os olhos negros do homem a estudaram e enquanto ele se virou para olhar se os outros estavam chegando, Regina marcou carreira. Suas pernas pequenas lograram escapar por uma trilha escondida na floresta.
Sentia-se culpada por haver deixado a loira nas mãos dos soldados, foi então que se virou e decidiu voltar em busca da suposta filha de Branca e Encantado. Não deu mais que dois passos...
—Regina?! –Chamou August.
—August? Como você...
—Eu passei pelo portal, escute. Estamos no passado, pouco antes da maldição atingir o mundo encantado! –Exclama deixando a morena estupefata.
—Então... Eu estou... –Balbuciava enigmática. O homem de rosto largo e barba rala a olhava confuso.
—Precisamos sair daqui, não podemos alterar o futuro. Onde está Emma?
—Com os soldados. Precisei fugir ou estaríamos perdidos agora. –Diz tentando raciocinar.
—Como pode deixá-la sozinha? Meu Deus, Regina! –Bradou descontente.
—Não tive escolha. O que queria que eu fizesse? Que a carregasse nas costas como um cavalo? Oh por favor, ela estava inconsciente!
—Vamos atrás dela. –Disse antes de se adiantar na caminhada. A prefeita de Storybrooke o seguiu.
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NO CASTELO DA EVIL QUEEN
—É uma forasteira muito estranha... –Diz analisando a roupa muito “futurista” e de péssimo gosto da loura.
—Deve ser uma bruxa, majestade?! –Retruca o seu velho pai e serviçal Henry.
—Está envenenada. –Afirma a rainha ao ver o suor lavar o corpo de Swan assim como uma febre alta. —Não há nada de atraente em matar uma moribunda. Dê um antídoto a ela e prendam-na no calabouço! –Ordena antes de sair e ir para seus aposentos reais.
Regina se olhava no espelho grande do seu quarto. Sorria ao ver sua barriga, estava grande e a qualquer momento a criança poderia nascer.
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NA FLORESTA
—Ora, ora. Você já foi mais cordial e educado, Hook. –Disse mirando-o de reolho.
—Não depois que vossa majestade me traiu. –Replicou tomando um gole de rum em seguida. August apenas o observava. Aquele plano de Regina era muito arriscado.
—Bem, isso não vem ao caso, agora. Preciso que me arrume pó mágico.
—E para que quer pó mágico se tem poderes que superam o pozinho das fadas?
—Isso não lhe interessa! –Respondeu impaciente.
—E o que ganho em troca? –Inquire interessado. Pouco lhe importava aquelas vestes da mulher ou o que ela pretendia fazer, ele só desejava uma coisa e ela podia ser muito útil.
—O crocodilo! –Respondeu soltando um risinho maléfico.
—Daqui à uma hora me encontre no Jolly Roger.
—Não, quero que esteja no castelo! –Adverte antes de dar as costas ao homem.
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Quando os dois se afastavam dali...
—O que pretende? Se ele for ao castelo encontrará a sua outra versão e estará tudo perdido! –Pondera o homem caucasiano de olhos claros.
—Sei o que estou fazendo, por enquanto, iremos ao castelo! –Declara determinada.
—E como fará para dar ao Capitão Gancho o que ele quer? Supõe-se que não tem magia aqui?!
—Limite-se as minhas instruções, boneco de madeira. –Diz em um tom seco. Os dois ficam paralisados ao ver as sombras cobrindo pouco a pouco a floresta.
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NO CASTELO
As nuvens acinzentadas se aproximavam com um toque roxo, a maldição se aproximava com pressa. A Rainha mal terminou de olhar para o horizonte e começou a sentir as contrações...
—Henry?! –Grita ao sentir que sua bolsa estourou. Precisava de ajuda. O pai da rainha acercou-se com pressa ajudando-a a acostar-se na cama. A mulher estava extasiada, sentia um misto de alegria e profunda dor ao dar-se conta de que traria um ser inocente ao mundo.
—Vou chamar a Granny! –Avisou o homem preocupado.
—Não... n-n-a-o vai d-dar tempo. –Diz com dificuldade.
—Dizem que o sacrifício é a medida do amor verdadeiro, alteza. –Declara Rumplestiltiskin surpreendendo-os com sua presença.
—Saia daqui! –Ordena o mordomo com repulsa daquele homem com olhar ganancioso e de imagem diabólica.
Não! –Protesta Regina que segura a mão do pai. Ajude-mee lhe darei o que desejar! –Afirmou fazendo caretas a cada vez que sentia uma contração.
—Hihi. Claro que dará.
Você vá buscar uma dessas diabas que tem como escravas! –Ordena ao ancião que obedece ao ver que Sua Majestade concorda.
Uma serviçal encarregou-se do parto de Sua Majestade, porém, assim que o bebê veio ao mundo a Evil Queen perdeu a consciência. A Regina do futuro e August caminhavam cuidadosamente pelo castelo atrás de alguma pista de Emma quando a mulher viu Rumples matar seu pai e carregar um bebê com ele.
—Encontre-a, preciso segui-lo. Encontraremos-nos no calabouço! –Sussurrou ao homem que perplexo atendeu ao seu “pedido”.
Regina sorrateiramente seguiu-o com dificuldade. O homem foi até uma cabana na floresta...
—Encantando? –Disse baixinho ao ver Mr. Gold entregar a criança ao príncipe. Vira quando Branca saiu de dentro da cabana com outro bebê nos braços e eles seguiram até uma grande árvore. O vento forte fazia um ruído extravagante que causava medo nos personagens de conto de fadas. Faltava muito pouco para serem atingidos pela maldição. Branca envolveu o bebê que David carregava com uma manta branca bordada e em seguida o depositou no interior daquela árvore...
—Não! –Gritou uma Regina desesperada, seu peito explodia de angústia. Sabia que aquele bebê era o dela. Sentiu suas emoções se intensificarem e com elas sua magia surgir. O trio olhou com estranheza aquela figura feminina.
—Regina? –Disse David confuso, não reconhecia “aquela” Regina. Estava muito diferente.
—Devolvam o meu bebê! –Disse em um tom ameaçador.
—Uma pessoa que não luta por aquilo que quer, não merece nada. –Desdenha o senhor das trevas.
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A Outra Face
Fiksi PenggemarTodos conhecem Snow White (Mary Margareth), ou pelo menos, acham que conhecem a princesa que quase teve sua vida ceifada pela Evil Queen (Regina Mills). Mas será que tudo é como contam? E se a realidade fosse outra? Já pensou que você passa a vida...