O Confronto Final. Capítulo 60

19 2 2
                                    

Narradora

Eu te amo tanto que a partir do momento que te encontrei, não quero mais separar-me de ti.

Depois que Emma se assegurou que o irmão dormia tranquilo em meio àquele caos. Pelo cansaço e com um feitiço de proteção que em segredo havia conjurado, seguiu para seu calvário. A idéia inicial era deixar as duas crianças protegidas, mas Alice era sua cópia e ainda tinha a arte da malandragem do pai. Era difícil dizer não ou enganar a garota. Esse era um dos motivos das brigas entre o casal, e, entre ela e os pais.

E lá estava ela com a filha nos braços, tentando bolar um plano para a manter longe daquele cenário mágico e vingativo da mulher que destruiu a sua vida e de sua família e ainda saiu por boazinha. O suor pingava pela testa. A menina circundou as perninhas no quadril da loira e os bracinhos no pescoço da mãe. Ela sabia como dobrar a adulta.

Pensa, Emma.
Mais magia. Como era mesmo aquele feitiço de teletransporte? Você tem que sentir a magia.

Não precisou. Alice sumiu. Emma sentiu os braços vazios e a respiração falhou. Fechou e abriu os olhos como se aquilo a trouxesse de volta. Tentou se segurar em algo.

-Ca-de. Minha.Fi-lha? -Indagou devagar tentando recuperar o equilíbrio. O fôlego. Não teve tempo.

Parecia que sua alma havia saído do corpo. Incrédula.

-Mate Regina Mills. -Ordenou Dark Snow ao coração de Emma. A loira balançou um "não" com a cabeça.

-Emma?! -Bradou Mills assustada e com os olhos arregalados para aquela versão da sua herdeira.

A sua respiração ficou pesada. Sentiu um desconforto em seu peito e em seu ventre, porém manteve a compostura.

-Você nunca vai conseguir isso! -Respondeu com escárnio olhando para Branca.

-Tudo é uma questão de "como" e com quem você joga, querida. -Disse fazendo as crianças aparecerem de novo perto de Swan. Alice puxando sua calça, pedindo braço e Liam acordado no cercadinho.

-Mate Regina. Mate-a ou eles morrerão. -Ordenou Dark Snow ao coração de Emma.

A princesa não estava conseguido se controlar. Era notável a gangorra de emoções e sentimentos que lhe invadiam nesse instante. As maçãs do seu rosto estavam vermelhas, assim como seus olhos embaçados pelas lágrimas, que foram vistas poucas vezes pelos demais.

Emma largou as duas crianças.
Alice no degrau sentada. A loirinha choramingou um "meda" com raiva por a mãe "negar" o colo, coisa que em outro momento, Regina iria repreender e ainda daria um bom castigo a quem ensinou ou falou aquela palavra de baixo calão na frente da pequena.
Liam sentado no seu canto e mesmo sonolento repetiu o palavrão e os dois inocentes em cumplicidade acharam "graça". Talvez pelas caras fechadas, apavoradas e incrédulas das mulheres, que eram por outras razões, mas claro, eram crianças e não sabiam disso.

Alice era teimosa, mas muito sensível. Liam era mais genioso. A menina chorou manhosa colocando a mão na boca. A pequena figura tinha um hábito de chupar o dedo polegar, e, por mais que seus avós, seu pai e seu irmão tentassem tirar esse costume dela, ela repetia a mesma mania da mãe quando pequena. Era uma forma de consolo que dava a si própria. Talvez até de protesto e segurança.

Emma estava irracional. Regina se sentia aterrada mesmo mostrando sua força. Temia pelas crianças.
Em um movimento forçado, as teletransportou para fora da casa. Agora era o momento decisivo. Sentiu outra vertigem.

Induziu o choro das crianças, esperava que David ou Henry as resgatasse. Sabia que fariam isso.
A magia de luz a estava cansando. Possuía as duas magias desde que reencontrou sua família, mas não dominava ambas. Ultimamente o "equilíbrio" das duas forças por vezes lhe faltava ou a deixava exaurida. Havia prometido a Henry e Emma não usar magia escura. Se sentia cansada.

A Outra Face Onde histórias criam vida. Descubra agora