Quando Chanyeol conseguiu chegar ao hospital já era tarde da noite. Os corredores imaculados estavam livres e solitários e o único som era os que os seus sapatos produziam ao correr até a recepção, onde uma jovem enfermeira estava preenchendo a papelada.
— Quarto de Byun Baekhyun? — perguntou, cuidando de normalizar sua agitada respiração. A enfermeira lhe lançou um rigoroso olhar antes de responder.
— Senhor, é meia-noite, a hora de visita já acabou. — informou. Rapidamente voltou para os papéis ignorando Chanyeol.
— Eu preciso vê-lo! — esbravejou.
— Você é algum parente? — a enfermeira não ergueu o olhar dos papéis. Chanyeol apertou os dentes em sinal de frustração.
— Sou o namorado dele.
Por fim, a maldita enfermeira o olhou e arqueou uma sobrancelha. De repente, de algum lugar em seu uniforme branco tirou um interfone. Ela pediu o seu nome e quando ele respondeu, ela repassou através da coisa. Chanyeol não podia identificar o que diziam, mas o que quer que seja a pequena idiota o levou até o quarto de Baekhyun.
— De nada. — murmurou a enfermeira.
— Sim, obrigado por nada. — Chanyeol grunhiu ganhando um petulante sorriso. A enfermeira se despediu e desapareceu velozmente pelo corredor deixando-o sozinho diante da porta onde Baekhyun estava.
Tomando uma profunda e longa respiração, o Park atreveu-se a abrir a porta para ver Baekhyun dormindo. Chanyeol empalideceu ao ver os pequenos hematomas espalhados pelo seu bonito rosto, e um pequeno curativo em uma de suas sobrancelhas. Sentando-se na cama, ao lado do inconsciente corpo do menor, Chanyeol se atreveu a pegar a sua mão, observou os machucados nos nós de seus dedos e sentiu o seu coração doer.
Uma das pernas de Baekhyun estava engessada; Chanyeol não sabe como aconteceu o acidente ou quais foram as suas consequências, o menor estava ferido, mas pelo menos não estava conectado a milhares de tubos e com uma máscara de oxigênio, e isso era um bom sinal.
O Park estendeu a mão, acariciou a bochecha roxa de Baekhyun com seus olhos brilhando por causa das lágrimas.
Seu coração se estraçalhou, desejando voltar no tempo e impedir de Baekhyun ir embora de sua casa. Teria se comportado de outra maneira, teria conversado com ele e tudo isso seria evitado.
Mas a dor se disfarçou de perdão e Chanyeol teve essa incessante necessidade de se vingar de todas as mentiras e enganos. Agora, estas eram as consequências de suas intenções cruéis.
Os dois pareciam se fundir em um círculo viciante de quem machuca mais quem.
— Eu sinto tanto, Baek... — sussurrou. Chanyeol queria que Baekhyun acordasse e chutasse a sua bunda se fosse preciso. O maior apertou os olhos permitindo que as lágrimas deslizassem por suas bochechas, ele nunca havia se arrependido tanto em sua vida.
O Park ouviu um suave pigarro atrás de si, virando-se, viu Baekbeom parado na porta, observando-o.
Nenhum dos dois disse nada. Chanyeol não tinha vontade e nem energia para iniciar uma discussão com Baekbeom; ele não queria vê-lo nunca mais e tê-lo no mesmo cômodo o enfurecia. Concentrando-se em Baekhyun, Chanyeol inclinou-se e o beijou na bochecha, com uma dor aguda comprimindo o seu corpo, descansou sua testa contra a do moreno.
— Chanyeol... — Baekbeom murmurou, interrompendo o seu momento com Baekhyun.
Respirando fundo, Chanyeol olhou para Baekbeom esperando que ele continuasse, mas o outro apenas gesticulou com o seu dedo polegar para a porta e disse:
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Intenções Cruéis - [TRADUÇÃO PT-BR]
FanficChanyeol está noivo do amor de sua vida, Byun Baekbeom. Beom é sua alma gêmea, aquele que faz seu coração bater mais forte, e é por essa mesma razão que Baekhyun, gêmeo de Baekbeom, não quer destruir as esperanças do pobre rapaz dizendo-lhe que seu...