9 - Final Cruel

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Quando Chanyeol conseguiu chegar ao hospital já era tarde da noite. Os corredores imaculados estavam livres e solitários e o único som era os que os seus sapatos produziam ao correr até a recepção, onde uma jovem enfermeira estava preenchendo a papelada.

— Quarto de Byun Baekhyun? — perguntou, cuidando de normalizar sua agitada respiração. A enfermeira lhe lançou um rigoroso olhar antes de responder.

— Senhor, é meia-noite, a hora de visita já acabou. — informou. Rapidamente voltou para os papéis ignorando Chanyeol.

Eu preciso vê-lo! — esbravejou.

— Você é algum parente? — a enfermeira não ergueu o olhar dos papéis. Chanyeol apertou os dentes em sinal de frustração.

— Sou o namorado dele.

Por fim, a maldita enfermeira o olhou e arqueou uma sobrancelha. De repente, de algum lugar em seu uniforme branco tirou um interfone. Ela pediu o seu nome e quando ele respondeu, ela repassou através da coisa. Chanyeol não podia identificar o que diziam, mas o que quer que seja a pequena idiota o levou até o quarto de Baekhyun.

— De nada. — murmurou a enfermeira.

— Sim, obrigado por nada. — Chanyeol grunhiu ganhando um petulante sorriso. A enfermeira se despediu e desapareceu velozmente pelo corredor deixando-o sozinho diante da porta onde Baekhyun estava.

Tomando uma profunda e longa respiração, o Park atreveu-se a abrir a porta para ver Baekhyun dormindo. Chanyeol empalideceu ao ver os pequenos hematomas espalhados pelo seu bonito rosto, e um pequeno curativo em uma de suas sobrancelhas. Sentando-se na cama, ao lado do inconsciente corpo do menor, Chanyeol se atreveu a pegar a sua mão, observou os machucados nos nós de seus dedos e sentiu o seu coração doer.

Uma das pernas de Baekhyun estava engessada; Chanyeol não sabe como aconteceu o acidente ou quais foram as suas consequências, o menor estava ferido, mas pelo menos não estava conectado a milhares de tubos e com uma máscara de oxigênio, e isso era um bom sinal.

O Park estendeu a mão, acariciou a bochecha roxa de Baekhyun com seus olhos brilhando por causa das lágrimas.

Seu coração se estraçalhou, desejando voltar no tempo e impedir de Baekhyun ir embora de sua casa. Teria se comportado de outra maneira, teria conversado com ele e tudo isso seria evitado.

Mas a dor se disfarçou de perdão e Chanyeol teve essa incessante necessidade de se vingar de todas as mentiras e enganos. Agora, estas eram as consequências de suas intenções cruéis.

Os dois pareciam se fundir em um círculo viciante de quem machuca mais quem.

Eu sinto tanto, Baek... — sussurrou. Chanyeol queria que Baekhyun acordasse e chutasse a sua bunda se fosse preciso. O maior apertou os olhos permitindo que as lágrimas deslizassem por suas bochechas, ele nunca havia se arrependido tanto em sua vida.

O Park ouviu um suave pigarro atrás de si, virando-se, viu Baekbeom parado na porta, observando-o.

Nenhum dos dois disse nada. Chanyeol não tinha vontade e nem energia para iniciar uma discussão com Baekbeom; ele não queria vê-lo nunca mais e tê-lo no mesmo cômodo o enfurecia. Concentrando-se em Baekhyun, Chanyeol inclinou-se e o beijou na bochecha, com uma dor aguda comprimindo o seu corpo, descansou sua testa contra a do moreno.

— Chanyeol... — Baekbeom murmurou, interrompendo o seu momento com Baekhyun.

Respirando fundo, Chanyeol olhou para Baekbeom esperando que ele continuasse, mas o outro apenas gesticulou com o seu dedo polegar para a porta e disse:

Intenções Cruéis - [TRADUÇÃO PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora