Aimer'

330 56 83
                                    


Boa leitura.

ᴶᴱ 'ᴬᴵᴹᴱ

Ok, você voltou para ler? Ótimo, quero que vejam minha história, ou a história dela. Confesso que às vezes fico confusa sobre quem é a protagonista da minha vida, haha. Certo, vamos voltar à quinze anos atrás, quando eu tinha apenas doze anos, e um coração entupido de sentimentos. Estão prontos? Oh, é claro que sim.

Lá estava eu, uma estranha no meio de vários outros estranhos disfarçados. Era minha primeira vez em uma escola francesa, ou melhor, era minha primeira vez em qualquer escola. Um sentimento? Eu não sei, talvez... Medo (?). Mas não era do tipo que eu gostava, afinal, ali eu não recebia amor.

Odiava ter que falar francês, meu sotaque não era tão bonito quanto o dos nativos, minha concordância não era tão boa quanto a das outras crianças da minha idade, e aquilo sem dúvidas abaixava minha, quase inexistente, autoestima. Parando para pensar agora, esse medo – ou receio – era meio bobo, mas eu ainda entendo o porquê de ter existido; talvez eu me cobrasse tanto que simplesmente esquecia o fato de que eu não era uma francesa, e que na verdade, não tinha a obrigação de ser perfeita em tudo que fazia. Eu infelizmente demorei demais para reconhecer esse ponto.

Eu pensei; será que eu lhes conto minha fase escolar? Por que contaria? Rosé quase não aparece nessa etapa. Mas, também pensei; essa história não se trata dela. o ponto é, eu resolvi contar porque foi ali que eu parei de me enganar com relação aos meus sentimentos, foi exatamente ali que eu percebi que eu era diferente, e que nem sempre isso era algo ruim.

Foi no sétimo ano que eu conheci Anne Marie, a garota mais bonita daquela escola. Eu notava todas suas curvas, todos seus gestos, a princípio pensei que fosse um grau razoável de inveja, mas foram poucas semanas até que eu caísse na real, aquilo era desejo. Céus, eu me senti tão suja quando me imaginei junto a ela, eu me sentia tão suja apenas por sentir algo normal, entretanto, ainda sim diferente. Eu me senti tão suja até perceber que o diferente era bom, em alguns casos.
Anne me fez esquecer Rosé por algum tempo, mas acontece que mesmo sem perceber, eu procurava traços nela que me lembravam a morena, e quando não os encontrava, me sentia triste.

Foi também nesse momento que eu passei a me conhecer. Seus olhinhos puxados rodeavam minha mente, e vinham acompanhados de uma boca entreaberta, uma boca que fazia vários barulhos que me deixavam totalmente anestesiada, barulhos que me deixavam excitada. Quando notei, meus dedos estavam sobre minha calcinha, céus, eu não queria me sentir tão bem por fazer aquilo. Mas é, eu me sentia bem ao me imaginar em cima dela, eu me sentia muito bem...

Eu havia me afastado dela, não por sentir aquele sentimento específico, mas sim por outro, um que me agoniava completamente, o ciúme. Eu com doze, e ela com quinze. Já devem imaginar do que se trata, não? Eu passei a odiar ir para a escola, pois sempre que saía de casa eu dava de encontro com ela e seu namoradinho. Eu o odiava tanto, e odiava ainda mais o fato de que ele pudesse a tocar, pudesse beijar seus lábios, odiava o fato de querer estar em seu lugar.

Mas então algo aconteceu.

Ela sentiu minha falta.

Ela me procurou, e pela primeira vez, eu me senti completamente destruída e amada, ao mesmo tempo, sim.

Acontece que o amor entre amigas às vezes pode machucar um dos lados.

((agora que a história começa de verdade hmmm

((eu vou fazer vocês sofrerem sim, rsrs

((desculpem se houver qualquer erro a

((até.

Aimer ↻ ChaeLisa. Onde histórias criam vida. Descubra agora