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— Você vai entrar? — havia perguntado. Inocente. — não está com frio? O tempo está gélido, e sua pele parece pálida. Quer um chocolate quente, ou um café?

Rosé havia balançado a cabeça, como afirmação para todas as perguntas anteriores. Meu coração estava inquieto, e eu não sabia como agir, seria uma questão de tempo até que minhas mãos começassem a tremer; era estranho estar apaixonada.

Lembro-me que ela entrou, e como se fosse a primeira vez, ficou relutante e curiosa com relação a minha casa. Ela parecia pensativa, parecia querer tomar coragem; enquanto que eu, por minha vez, tentava controlar toda aquela coragem que explodia dentro de mim. Não poderia beijá-la, apesar de querer muito.

Fechei a porta da minha casa, e então lembro de ter focado completamente em Roseanne, recordo-me como se fosse hoje do modo como sua pele mais pálida que o habitual contrastava bastante com seus lábios rosados. Chamativos, convidativos.

Rosé era como uma trilha para o pecado, um trilha na qual eu amaria me perder diversas vezes. Eu pecaria por ela. Eu pecaria com ela.

Eu aceito um chocolate quente! — quebrou o silêncio, retomando a conversa anterior. — Sem muito açúcar, de preferência. — ditou, logo sorrindo para mim.

Ela sorriu, seu sorriso era lindo. Queria poder vê-lo novamente algum dia.

— Irei fazer, o quê acha de esperar na sala? Quando estiver pronto posso levar até você. — lembro que a resposta havia sido algo como "prefiro esperar no quarto." e eu também me lembro de ter concordado. Se eu soubesse como as coisas passariam aquela noite, talvez eu não tivesse deixado-na ir.

Eu levei as canecas cheias de chocolate, e quando entrei no quarto tinha me deparado com uma Rosé esticada na cama, observando o teto como se ele fosse a coisa mais interessante do mundo. Assim que ela me viu, ela sorriu novamente. A memória do seu sorriso ainda é clara para mim, e acho que será assim para sempre.

Tomamos nossos achocolatados, e assim que acabei, ela começou a rir. Questionei-a sobre isso, e a mesma alegou que minha boca estava suja com o doce, então ela passou seu indicador sobre meus lábios, e lambei seu dedo em seguida. Um beijo indireto. Acabei rindo da situação, um riso nervoso; ela provavelmente havia notado meu nervosismo, pois sua expressão havia mudado drasticamente. Da água para o vinho. Sua expressão fofa havia se tornado curiosa, enquanto que seus olhos estreitos, acompanhados de seus lábios entreabertos tornavam-na incrivelmente sensual naquele momento.

— Lalisa.

— Hm?

— Amigas se beijam?

— Eu... eu acho que sim.






((Ficou bem ruinzinho mas é isto.

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