Após alguns metros de caminhada, finalmente cheguei à minha casa e, sem pensar duas vezes, subi diretamente para o meu quarto, esperando que ninguém tivesse chegado ainda. Joguei minha mochila na cama, e desci as escadas para ter certeza de que não tinha ninguém em casa, e fui rapidamente para o quarto de Leila para devolver o cigarro ao lugar de origem, mas ao abrir a porta, me deparei com uma cena que não deve ser comentada por causa do horário, mas como dizia alguns memes do Facebook, entendedores, entenderão.
― Andrew sai daqui! ― Gritou ela, que se levantou rapidamente e fechou a porta na minha cara.
Eu não consegui ver direito quem era a pessoa que estava com ela, mas com certeza ela iria me repreender por ter entrado no quarto sem pedir. Desci para a cozinha e peguei um pacote de bolacha antes de subir novamente para o meu quarto, mas antes que eu pudesse terminar de pegar o copo de leite, vi uma garota abrindo rapidamente a porta e saindo de casa na esperança de que eu não tivesse visto nada. Voltei então a colocar leite no copo, mas a alegria durou pouco, pois Leila já tinha descido e sentado na mesa com sua cara de raivosa.
― Eu não vi nada ― disse sem encarar ela nos olhos.
― Sei que você viu, e por isso não quero que conte nada para ninguém.
― Você me pedindo um favor?
― Andrew, eu não estou brincando. Nem o papai e muito menos a mamãe pode saber.
― Quer que eu faça o quê? ― Perguntei sentando-se à mesa. ― Pelo menos você está tentando ser discreta.
― Deixa de ser ridículo.
― É sério. Se conversasse comigo sobre isso talvez eu não entrasse no seu quarto.
― Eu ainda não entendi porque entrou no meu quarto.
― Queria te perguntar uma coisa.
― Perguntar o quê?
― Não foge do assunto. Por que faltou à escola? ― Perguntei tomando um gole de leite. ― Foi para ver ela?
― Deixa de ser ridículo, somos amigas.
Parei de tomar meu leite e encarei-a. Eu nem precisei falar para ela entender que aquilo era mais do que amizade.
― Tudo bem ― disse Leila. ― Não fui para a escola hoje porque quis ficar um tempo a sós com ela.
― Foi só hoje?
― Sim. Ainda preciso ir para a escola, não preciso?
― Eu sou seu irmão, devia compartilhar comigo esse tipo de coisa.
― Você também devia fazer isso.
― Do que está falando?
― Qual é Andy? ― Disse ela erguendo a sobrancelha. Quando ela fazia isso, era porque ela tinha certeza absoluta de que eu sabia do que ela estava falando.
― Desde quando você sabe?
― Desde que peguei seu celular ― disse ela pegando uma bolacha do pacote. ― Devia apagar seu histórico, ou pelo menos colocar uma senha no seu celular.
Leila tinha um dom de mexer nas minhas coisas, e eu não ligava muito para isso, mas eu precisaria usar algo para que ela não contasse aos meus pais sobre o maço de cigarros que eu peguei dela. Contar aquilo a deixaria furiosa, mas eu precisava saber se ela fumava senão eu não conseguiria dormir essa noite.
― Isso é seu? ― Perguntei mostrando o maço para ela.
― Onde achou?
Leila estava com uma cara de assustada e de fúria de quem iria me xingar se eu dissesse que mexi nas coisas dela.
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College Dreams ― O Primeiro Ano
Teen FictionAndrew Kingsley tem 16 anos e, ao ser transferido para a Zane State College, acaba tendo que cursar novamente o primeiro ano. Para migrar do primeiro para o segundo ano, ele aceita fazer um acordo com a diretora da escola, que o pede para inaugurar...