XII

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O destino poderia ter acertado Karl diversas vezes, mas agora parecia estar mais solidário. Não tinha palavras o suficiente para descrever o que estava sentindo ao ficar perto de Helene novamente. Todas as caminhadas, as conversas, os jantares, eram suas melhores horas do dia. Era sua atual definição de felicidade no momento.

O mínimo som do sorriso dela, fazia seu coração se alegrar imensamente. Ela tinha o dom de deixá-lo bem e feliz, e gostaria que ela sentisse o mesmo em sua companhia. Contudo, não saberia como perguntar a Helene sobre seus sentimentos. Parecia que estavam pisando em ovos, mesmo que algumas coisas estivessem claras.

— Sempre pensativo quando eu me calo. — passou a mão pelo rosto dele. — Como se estivesse em algum lugar distante daqui.

— Não tão distante. — pegou sua mão e beijou.

— Diga-me seus segredos, Karl. — brotou um sorriso malicioso no rosto corado dela.

— Estou feliz.

— Conte-me o motivo da sua felicidade.

Você.

Um sorriso maior se formou no rosto dela.

— Gosto dos seus segredos, Karl.

Helene levantou-se e ofereceu sua mão para ele.

— Venha.

— Quer me levar para qual lugar?

— Para os meus lábios. Porque eu não estou conseguindo me manter afastada de você. Eu o amo, eu o quero para mim. Estamos juntos agora, amanhã eu já não saberei se vamos permanecer assim. — tocou no rosto dele novamente. — Vamos fazer desse momento o melhor de todos.

Helene beijou Karl assim que terminou de falar.

Ele não esperava essa atitude dela, mas havia gostado. A sensação dos lábios dela novamente nos seus, aquelas mãos em seu pescoço, aquela sensação de borboletas no estômago, como se estivesse dando seu primeiro beijo.

— Percebeu o quão esperávamos por isso? — Helene se afastou um pouco. — Com medo do que poderia vir a acontecer. Eu não tenho medo Karl, se você disser que também não tem, podemos seguir os nossos sentimentos.

— Eu não tenho medo. — esfregou seu nariz no dela.

Voltou a beijá-la com mais ardor do que antes.

Sua respiração começou a ficar ofegante junto com a dela.

— Vamos sair dessa biblioteca. — ela disse depois longos beijos.

— O que quer fazer? — passou a mão pelo longo cabelo solto da sua amada.

Quero ser sua.

Karl passou a mão pelas costas de Helene e começou a desabotoar o vestido; eram poucos botões, o que facilitou bastante. Depois ela começou a desabotoar os botões da sua camisa com a maior habilidade, afinal, o que era uma camisa masculina perto de um vestido complicado que ela era acostumada a usar?

— Não chegará ninguém aqui?

— A porta está fechada. — Helene tirou sua camisa.

— Que interessante. — Karl puxou o vestido dela, mas para sua não surpresa, ainda tinha mais roupas por baixo. — Posso fazer uma coisa?

— O que?

Karl colocou a mão sobre o corset de Helene e rasgou. Ela ficou boquiaberta, mas depois sorriu e o beijou.

— Como vou justificar esse corset rasgado?

— Diga que ficou estressada e o tirou com raiva.

HeleneOnde histórias criam vida. Descubra agora