O destino poderia ter acertado Karl diversas vezes, mas agora parecia estar mais solidário. Não tinha palavras o suficiente para descrever o que estava sentindo ao ficar perto de Helene novamente. Todas as caminhadas, as conversas, os jantares, eram suas melhores horas do dia. Era sua atual definição de felicidade no momento.
O mínimo som do sorriso dela, fazia seu coração se alegrar imensamente. Ela tinha o dom de deixá-lo bem e feliz, e gostaria que ela sentisse o mesmo em sua companhia. Contudo, não saberia como perguntar a Helene sobre seus sentimentos. Parecia que estavam pisando em ovos, mesmo que algumas coisas estivessem claras.
— Sempre pensativo quando eu me calo. — passou a mão pelo rosto dele. — Como se estivesse em algum lugar distante daqui.
— Não tão distante. — pegou sua mão e beijou.
— Diga-me seus segredos, Karl. — brotou um sorriso malicioso no rosto corado dela.
— Estou feliz.
— Conte-me o motivo da sua felicidade.
— Você.
Um sorriso maior se formou no rosto dela.
— Gosto dos seus segredos, Karl.
Helene levantou-se e ofereceu sua mão para ele.
— Venha.
— Quer me levar para qual lugar?
— Para os meus lábios. Porque eu não estou conseguindo me manter afastada de você. Eu o amo, eu o quero para mim. Estamos juntos agora, amanhã eu já não saberei se vamos permanecer assim. — tocou no rosto dele novamente. — Vamos fazer desse momento o melhor de todos.
Helene beijou Karl assim que terminou de falar.
Ele não esperava essa atitude dela, mas havia gostado. A sensação dos lábios dela novamente nos seus, aquelas mãos em seu pescoço, aquela sensação de borboletas no estômago, como se estivesse dando seu primeiro beijo.
— Percebeu o quão esperávamos por isso? — Helene se afastou um pouco. — Com medo do que poderia vir a acontecer. Eu não tenho medo Karl, se você disser que também não tem, podemos seguir os nossos sentimentos.
— Eu não tenho medo. — esfregou seu nariz no dela.
Voltou a beijá-la com mais ardor do que antes.
Sua respiração começou a ficar ofegante junto com a dela.
— Vamos sair dessa biblioteca. — ela disse depois longos beijos.
— O que quer fazer? — passou a mão pelo longo cabelo solto da sua amada.
— Quero ser sua.
Karl passou a mão pelas costas de Helene e começou a desabotoar o vestido; eram poucos botões, o que facilitou bastante. Depois ela começou a desabotoar os botões da sua camisa com a maior habilidade, afinal, o que era uma camisa masculina perto de um vestido complicado que ela era acostumada a usar?
— Não chegará ninguém aqui?
— A porta está fechada. — Helene tirou sua camisa.
— Que interessante. — Karl puxou o vestido dela, mas para sua não surpresa, ainda tinha mais roupas por baixo. — Posso fazer uma coisa?
— O que?
Karl colocou a mão sobre o corset de Helene e rasgou. Ela ficou boquiaberta, mas depois sorriu e o beijou.
— Como vou justificar esse corset rasgado?
— Diga que ficou estressada e o tirou com raiva.
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Helene
Historical FictionEm um dos seus passeios habituais em Bad Ischl, Helene conheceu Karl. A simpatia entre eles é de imediato, porém eles se separam sem saber quem são. Anos se passam, e certo dia eles se reencontram novamente, para a felicidade de ambos e infelicidad...