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2013.

— Helena, eu vou sair com uns amigos hoje.

— Agora virou moda me chamar de Helena e não de mãe? — a mulher pergunta e o garoto ignora. — Vai sair com quem? Chandler?

— Não. Brian.

— Não conheço esse garoto...

— Você não precisa conhecer todos meus amigos. — deu de ombros. — Talvez eu volte tarde.

— Mas onde você vai?

— Sei lá, Helena. Dar uma volta.

— Ok. Deixe o celular ligado.

— Aham. O táxi está me esperando. Tchau!

— Tchau. Tome cuidado.

Assim que o garoto saí de casa, desliga seu celular para não ser incomodado.

**

— Tem certeza que misturar todas essas bebidas não vai fazer mal? — perguntou.

— Confie em mim, Reedus. — o garoto respondeu.

Eles misturaram todos os tipos de bebidas que se podia imaginar e depois foram fumar. Fumaram cigarros como de costume e pela primeira vez Mingus experimentou outras drogas.

— O que achou? — o amigo ri.

— Bom. — riu.

— Você vai ser um grande parceiro, Mingus.

O rapaz apenas sorriu e se manteve calado.

**
04:55.

— Mingus Lucien Reedus!

— Por que ainda está acordada?

— Eu estava te esperando! — falou brava. — Seu celular está desligado!

— Eu desliguei.

— Você... Está bêbado?

— Yeah! — riu. — Algum problema? Vai me colocar de castigo?

Cada palavra que o garoto dizia ele soltava gargalhadas no meio.

— Mingus... Você se drogou?

— Você está bem esperta hoje. — riu.

— Meu Deus... — respirou fundo. — Provavelmente é inútil falar com você dessa maneira.

— É inútil falar comigo até sóbrio, Helena.

— Pare de me chamar de Helena! Eu sou sua mãe!

— Agora você se lembra disso?

O garoto foi até seu quarto.

**
14:54.

— Norman, nós precisamos por limites nesse garoto.

— O que exatamente aconteceu ontem?

— Ele chegou em casa era quase cinco da manhã. Bêbado! E tinha usado drogas também.

— Drogas? — pergunta assustado. — Com quem ele saiu?

— Um tal de Brian.

— Helena.. O garoto só tem quatorze anos. Como ele pode beber e se drogar por aí?

— Eu não sei! — responde nervosa. — Eu não sei mais o que fazer com esse garoto.

— Por que não me deixa viver em paz, então? — o garoto apareceu na sala.

— Filho...

— Oi, Norman.

— Norman? — estranhou.

— A, agora ele está com essa de Helena e Norman. — a mulher diz.

— Quer nos contar o que está acontecendo?

— Não. Valeu.

— Sente-se aqui.

— Pra que?

— Sente-se aqui, Mingus. Eu ainda sou seu pai.

O garoto se sentou.

— Onde conseguiu as bebidas e as drogas?

— Como se eu fosse falar. — riu

— Por que você está fazendo isso, Mingus? — a mulher pergunta.

— É a única forma de relaxar.

— Mingus...

— O que? Vai me dizer que vocês dois nunca fumaram ou ficaram bêbados na adolescência?

— Não com quatorze anos! Não dá forma que você chegou aqui ontem. — Helena diz.

— E qual o motivo de não terem feito isso?

— Nossos pais acabariam com a gente. — Norman responde.

— Bingo!

— O que?

— Vocês tinham pais.

— Você também tem, Mingus!

— É, tenho sim... — ironizou.

— Vá pro seu quarto. — a mulher manda.

— Você não mand..

— VÁ. PRO. SEU. QUARTO. — grita apontando para o corredor onde os quarto ficavam.

**

Os dois ficaram conversando por horas...

— Eu já não sei o que fazer, Norman.

— Nós... Só temos que ser mais presentes.

— Acho que é isso.

— Agora não adianta mais. — o garoto pensa alto.

Ele havia escutado toda a conversa do corredor.

Bad Reputation || Mingus Reedus [TERMINADA] Onde histórias criam vida. Descubra agora