Tudo no seu tempo

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(Ao abrir meus olhos encontro um par de olhos castanhos intensos me fitando com veemência, coro levemente e sorrio, Nick...)

-A bela adormecida decidiu acordar?

-Que horas são? (Pergunto sentindo minha garganta doer)

- 19:21 h. (Ele diz olhando em seu celular)

-Posso ficar aqui?

-pode, minha mãe não vai ligar.

-Não... Eu não quero que ela saiba que estou aqui.

-Por que?

-Eu só confio em você. (Vejo um sorriso abrir-se em seus lábios)

-O que acha de sairmos comer algo?

-Cachorro quente!

-Hum... Tá. Vamos?

-Sim. (Levanto passando a mão em meus cabelos e ajeitando minha roupa)

-Sua mãe tá em casa?

-Não, ela ainda não voltou.

-Que bom...

-Vem, vamos. (Ele pega as chaves e vamos paro o carro, dessa vez eu deixo ele dirigir)

-Espero que tenha pego sua carteira, pois, primeiro que eu não trouxe a minha, segundo, você quem me chamou.(Digo fazendo graça, com uma cara de pura arte)

- Vigarista! (Nick rebate em tom de brincadeira, o clima era leve, mas meu coração continuava apertado)

- Nunca convide uma dama que brigou com sua família, esperando que ela pague. (Brinco amargamente com minha situação)

- Quando tudo isso aconteceu?

-Hum?

- Você e a Anna? Quando ela aprontou contigo?

- Não quero falar sobre isso. (Escoro a cabeça no vidro torcendo para que o silêncio reine)

-Mas não estou perguntando o que, to perguntando quando.

-É tão difícil deixar para lá?

-Sim.

-Você vai me contar seus segredos de Londres?

-Talvez. Depende do que me disser.

- Enquanto você fugia de mim, uma semana antes de ir embora.

-Eu poderia ter evitado?

-Provavelmente. (Meu coração se parte, eu e Nick deveriamos ter saído e não eu e Anna)

-Eu sinto muito. (Ele solta a marcha e agarra minha mão como consolo)

-Talvez acontecesse outra hora, talvez isso não pudesse ser evitado. (Ele aperta mais minha mão e eu seguro a vontade de chorar)

(Ficamos algum tempo em silêncio, eu mordia meus lábios pare conter uma tremedeira eminente, Nick seguia dirigindo calmamente)

- Mal, lembra quando éramos pequenos?

(Olho-o tentando entender onde quer chegar)

- Éramos tão unidos, tão ingênuos...

-Éramos sacos de risos banguelas. (Afirmo sorrindo)

- Também. (Ele ri)

- Hey, Nick, lembra de quando nós "adotamos " um cachorro de rua? (Lembro empolgada e me viro para ele que sorri ainda atento ao caminho)

- Meu Deus, aquele maldito vira-lata! Ele rasgou o sofá da minha mãe! (Começamos a rir)

- E nós tentamos esconder o buraco com uma coberta! A tia foi se sentar destraída no sofá e caiu no buraco!

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⏰ Última atualização: Jun 12, 2020 ⏰

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