Ô-ou

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CAPÍTULO NARRADO EM 3º PESSOA

Então, você se formou em publicidade mesmo? (Malena quebra o silêncio perturbador [apenas para ela])

Ah, sim. Vou trabalhar como publicitário chefe na M&L.

Por que não brindou seu cargo minutos antes?

Não achei que precisasse.

(A mulher se vira de costas enchendo novamente sua taça, queria era ficar bêbada para não precisar olhar na cara da "vadia" novamente)

Então... Um brinde ao seu novo cargo! (A mulher leva ao ar a taça já com os sentidos um tanto abalados, ela era fraca para bebidas e Nick havia percebido)

Um brinde. (Nick sorriu de lado, discretamente. Em um gole os dois consumiram o líquido, já cansada de ficar em pé, Malena força seu peso sobre os braços compridos e grossos, saltando levemente ela arrasta a bunda mais para trás acomodando-se sobre o balcão e cruza as pernas, sem que ela perceba, seu vestido sobe mais ainda, ficando acima da metade da coxa, Nick, nada bobo, não evitou olhar, logo desviando a atenção para a boca de Mal que já bebia outra taça de vinho cheia)

Malena, eu acho bom parar por aí, você vai ficar bêbada. (Pronuncia-se com a voz levemente alterada por desejo, ele já salivava em pensar na possibilidade de espalmar suas mãos naquelas grossas e branquelas coxas marcando-as, como se já não bastasse as coxas expostas, Malena puxa o cabelo para apenas um lado de seu corpo e enrolando, deixando seu pescoço exposto, a garota não fez por mal ou para provocar, fez porque sentiu o colar enroscando em seus cabelos)

Reconhece? (Pergunta para Nick segurando delicadamente sobre a palma da mão o pingente preso ao seu pescoço, o homem engole em seco tentando concentrar-se apenas no colar, ao invés disso ele só consegue imaginar coisas obscenas com a garota em corpo de mulher a sua frente, céus, o que estava acontecendo com ele?)

Nick? Nicolau! (O homem é tirado de seus devaneios com os chamados da mulher e pisca lentamente uma única vez se lembrando de respondê-la)

Sim, eu lembro. Fui eu quem te dei... Aliás, deu um trabalhão para pagar e principalmente para acha-la, na época. (Ele solta uma risada contida se lembrando do sufoco que passou para presenteia-la)

Você nunca me contou essa história. Poderia? (Malena pede descendo da bancada e levando a garrafa vazia para um balcão, largando lá junto com qualquers outras coisas, ela caminha em passos rápidos e vacilantes até a geladeira, abrindo-a e pegando a boa e velha garrafa de cerveja, voltando para onde estava sob os olhos de Nicolau, dessa vez, ao invés de se sentar no banco, ela optou por sentar direto no balcão, ao lado do microondas, apoiando um dos braços no mesmo, a bochecha esmagada sobre a mão e a garrafa colada à boca enquanto ela entornava a bebida)

Não gosto de falar.

Ah, Nick, por favor, você não me fala nada! (Reclama alterada pela bebida, tropeçando e trocando as sílabas, quase incompreensível, mas, por sorte, Nick era especialista em língua de bêbado)

Só se parar de beber.

Hum... (Solta um gemido indicando que não gostou da proposta e toma gole atrás de gole rapidamente, acabando com a garrafa, ao soltar a garrafa ao seu lado ela respira apressadamente recuperando fôlego) Ok... Me conte a história agora. (Sem perceber a mulher derruba a garrafa de bebida ao chão, a garrafa estoura se estilhaçando, alguns cacos voam em suas pernas desnudas fazendo pequenos cortes, ô-ou) Droga! (A mulher salta com o susto do balcão quase caindo sobre os cacos, mas se apoia a tempo de se segurar no balcão, batendo apenas um dos joelhos, um caco entra em seu joelho fazendo a mulher arregalar os olhos sem ousar se mexer, mil vezes merda!)

Malena? (Nick chama a garota que engole em seco desviando seu olhar para ele, ela se levanta sentindo o caco remexer-se no seu corte, com uma careta ela põe a mão no corte e Nick se aproxima mais, logo, todos adentram a cozinha para ver o que houve)

Malena? O que aconteceu?

Agora não mãe.

Agora não?!

Ãn... Tia, acho melhor eu ajudar a Malena com esse caco no joelho, a senhora limpa a bagunça? (Nick pede fazendo cara de cachorro sem dono e sua tia, Miriam, assente furiosa pelo escândalo da filha em meio a uma reunião de família)

(Malena digna-se a levantar e sai mancando muito, o salto só dificultava caminhar, ao passar pela vadia ela, infelizmente, escuta seu comentário e, irritada responde)

Tinha que ser a mimadinha.

Você cala essa sua boca, vadia! Não direcione as palavras sujas que saem de sua boca para mim. Na próxima eu juro que não me seguro! (Suas palavras eram emboladas)

Você está me ameaçando? (Ana dá um passo afrente com um ar superior)

Entenda como quiser. (Malena estava prestes a sair quando a vadia retruca)

E vai fazer o que? 

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