Capítulo 6 - Um presentinho.

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Emma on

Theo foi embora lá pelas dez da noite, fiquei acordada mais um tempinho lendo coisas sobre a Eleanor Calder até que, enfim, dormi. Acordei com o meu celular tocando.

- Oi?- nem vi quem era.

- Que voz de sono é essa? Foi mal, eu te acordei?- era a Zoey.

- Sim... mas fala, o que houve?

- E aí, o Louis tá ficando normal?

- Não sei dizer. Ele matou a namorada aos 16 anos.

- O quê? Sério?- exclamou.- Que maluco! Você parou com ele, certo?

- Não.- esfreguei um dos olhos e depois bocejei bem alto.- Claro que não.

- Por que, doida?

- Ele precisa da minha ajuda, Zoey.

- Sei não, Emma.

- Ei, não discuta comigo.- brinquei.

- Eu nunca faria isso.- riu.- Você vai voltar lá de novo?

- À noite. Por sinal, que dia é hoje?

- Hoje é sábado.

- Ah, isso explica porque você não reclamou comigo sobre eu estar atrasada pro trabalho.

Zoey soltou uma risada.

- Relaxa, Emma. Pode ficar dormindo o dia inteiro se quiser.

- Não, isso seria errado. Bem, valeu por me acordar.

- Disponha. Mais tarde você vai me explicar tudinho sobre esse Louis Tomlinson, ok?

- Pode deixar, meu amor.- desliguei e me levantei da cama.

Tomei meu café, troquei a roupa e suspirei. Fiquei pensando na vida por alguns minutos até que tive uma ideia doida. A minha vontade de ajudar Louis era tanta que eu queria saber como ele estava 24 horas por dia. Vesti um short jeans e All Star, procurei o meu cofrinho onde guardo metade do dinheiro que eu ganho e fui até o shopping. Ele só abriria às 10 horas e ainda eram 9:45H, mas até eu chegar lá, já deve ter aberto. Fui a pé mesmo e quando cheguei, as pessoas já estavam entrando. 

Procurei a loja da minha operadora e comprei um celular para Louis. Nem tão caro, nem tão barato. Nem tão "wow" mas nem tão "eca". Simplesmente um celular. Coloquei o chip e o meu número. Aprontei ele todo enquanto andava pra lá e pra cá. Eu entregaria o celular escondida, é claro. Se o Hospício me visse dando isso pra ele eu estaria ferrada, afinal, aos olhos deles, Louis é um completo maluco. Com o dinheiro que sobrou, resolvi comprar uma capa pro celular dele e encontrei uma do Batman. Seria essa mesma. E com o resto do resto do dinheiro, comprei um livro. Até que ser psicóloga me sustentava bem. Voltei pra casa na hora do almoço e como eu tinha gastado, enfim, todo o meu dinheiro, só me restou cozinhar.

Lá pela uma da tarde, resolvi ir para o Hospício ver como estava Louis. O mesmo guarda de antes abriu o portão para mim e eu entrei no edifício. Tenho que adimitir que tenho muita pena de todos essas pessoas, vê-los fazendo coisas que ninguém faz, dizendo frases sem sentido algum... 

Estava procurando Andrew quando ele me achou.

- Oi.- sorri.- Posso ver Louis?

- ele não está no seu lugar habitual hoje.- disse, meio sem graça.

- Por que? O que houve?

- Ontem a noite ele surtou. Um dos meus seguranças o encontrou ajoelhado no meio do chão, gemendo de dor. Quando foi perguntar se estava tudo bem, Louis começou a gritar e dizer coisas como "me deixem em paz". Mas o problema foi a violência.

Voices |L.T|Onde histórias criam vida. Descubra agora