14 de setembro de 1889 – No palácio real.
Os coches seguiam em fila na larga estrada de arenito, o coche que levava os primos estava em penúltimo. Herbert olhara para a janelinha perto de si e dissera para Estevão:
- Chegamos ao que percebo.
- Sim, o ambiente mudou, até o cheiro parece outro – respondera Estevão.
E de fato quando todos desceram de seus respectivos coches, Estevão pode perceber o quão bonito era aquele lugar, com as árvores espalhafatosas e charmosas em dois campos grandiosos que ficavam um em cada canto da estrada de arenito. Na esquerda, árvores verdes junto às flores de diversas cores que Estevão jamais vira antes, e na direita era como se fosse o complemento do par à esquerda, contendo mais árvores com algumas casinhas de joão-de-barro. A estrada era extensa e longa do portão de entrada enfeitado e alto, até a entrada do palácio. E por falar em palácio, ele era completamente imenso, sua cor era de um branco vívido, impecável e autêntico, como se a cor tivesse vida, essência e força de representação magnânima. Havia muitos andares constatou Estevão pelo fato de ter muitas janelas grandes nos aparentáveis três andares de puro luxo e beleza. Perto da entrada, mais próximo do jardim do lado direito havia uma fonte cheia de água cristalina, cujo essa fonte estava rodeada de pássaros que bebericavam dessa água. Na entrada, numa grande porta de madeira envernizada, estavam de pé na espera dos recém-chegados, dois homens bem vestidos e de aspectos nobres.
- Venham senhores, por aqui – dissera Donovan andando na frente para que os outros dois homens o seguissem.
Assim os primos o seguiram, e subiram a escada branca e larga que preenchia a entrada. Ao se aproximarem Donovan em um abaixar leve de cabeça disse aos dois homens:
- Olá Johann e Balvo.
- Olá – Os homens responderam em uníssono.
Quando entraram no palácio, Herbert num aparente impulso na visão de Estevão, fora a passos rápidos em direção a um dos dois homens, e abraçando muito forte com um tapinha nas costas disse um abafado "Johann, como vais?" e o homem receptivamente retribuiu o forte abraço de Herbert, e respondeu:
- Vou muito bem meu caro, com os negócios tudo indo bem e com a graça do imperador.
- Isso é música para os meus ouvidos – respondeu Herbert.
Johann, como Estevão mentalizara o nome desse homem, era um sujeito relativamente alto, como seu primo alcançando seus 1,80 cm, tinha cabelo preto, com uma forte calvície aparente, uma barba cheia com pelos que eram encaracolados junto a um bigode expressivo, olhos cor de mel e sobrepeso perceptível, porém sua altura compensava, e ele parecia ser mais magro do que realmente era. O outro homem era baixinho, alcançando no máximo seus 1,60 cm, totalmente careca, com roupas cor de pele e um cinto de cor preto que era visível em frente de sua acentuada barriga, seu rosto era gordo e liso, e seus olhos castanhos. Ambos os homens utilizavam do manto real, viu Estevão.
Então após essa breve autorecepção de Herbert, Os homens subiram à grande escada em frente da grandiosa entrada, onde lá em cima o imperador os aguardava, o imperador estava impecavelmente muito bem vestido. Um sujeito até alto, 1,75 cm, possuía um bigode loiro, porém um bigode na medida como se ele o aparasse semanalmente, seus olhos eram pretos e seu cabelo também era loiro, e para idade até "avançada" ao ver de Estevão, o imperador estava com o cabelo bem cheio e preenchido, talvez fosse algo que herdasse de sua juventude. Suas vestimentas eram um terno completo preto, com uma camisa impecavelmente branca, similar ao do palácio, um sapato também preto que contrastava com o terno, e uma estrela dourada no peito direito do paletó que vestia. O imperador ao ver os homens, já disse em animosidade:
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Agonie
Romansa*PRIMEIRO LUGAR NA CATEGORIA FICÇÃO HISTÓRICA DO CONCURSO "WATTGOLDTALENTS". *OBRA PARTICIPANTE DA SHORTLIST DO WATTYS 2018. Portugal, 1889. Século XIX, e o mundo ainda assiste a escravidão tomar conta de vários lugares da Europa. Negros, mulheres e...