Say You Love Me! - |H.S|

Capítulo 8

A viajem mais silenciosa da minha vida, eu sou uma pessoa bastante extrovertida, eu falo muito e cada vez que eu tentasse criar conversa, ele aumentava o volume ou punha uma música mais bizarra, então preferi calar-me e fique a jogar game no meu celular. Mas de qualquer forma agradeço por isso, pela pouca conversa, também não queria sair daqui como os maiores inimigos. Enfim...

Nunca estive nessa zona, as casas são enormes aliás mansões. Por isso é bastante afastada da cidade, deve ser um bairro de renome. O Harry para o carro e penso que já chegamos.

"Desça"-ele diz.

"Quanto cavalherismo"-digo quase num sussurro mas acho que deu pra ele ouvir porque depois resmungou qualquer coisa.

Pqp

A casa é linda, linda não, belíssima, tem um portão enorme com uma escrita centralizada (Styles). Esse Jardim, meu Deus, com um verde tão lindo, quase da cor do Harry, é tão bonito, matava pra tirar uma foto nessa relva, não vi quase nada mas já estou fascina.

Apenas sigo o Harry e entramos, dando lugar a uma sala branca, com um de madeira bem brilhante.
Wow, estar aqui é fascinante, é a casa dos sonhos, tão bem decorada, no preto e o branco, com um tapete branquinho bem fofinho. Queria viver aqui para rebolar nele, sou um pouquinho infantil eu sei mas gosto.

Continuo a observar e vejo um piano, nossa era só o que faltava, isto dá um toque de requinte a esta enorme sala.

"JESSIEE"

"Aiii para, quer me deixar surda é?"-eu estava bastante distraída observando a casa, e ele notou, que vergonha.

"Eu disse vamos começa logo com essa merda"-reviro os olhos.

Sigo o Harry que percorre as escadas que dão origem a um enorme corredor, não vi quase nada nessa casa mas já tenho a certeza que tudo aqui é enorme. Bem no fundo, vejo uma porta com alguns cartazes e acho que é o seu quarto, ele abre a porta e gesticula para que eu possa entrar. E Wow, é enorme mas o meu também é grande mas é muito, muito mesmo desarrumado.

Ele olha pra mim e coça a cabeça, depois solta um "Ups!"

"Não estava a espera de visita"-ele diz meio envergonhado e eu rio.

"Como não se você insistiu para que viéssemos aqui"-digo e ele ri, depois começa a apanhar alguma roupa do chão e vai empilhando no guarda roupa, eu só ajudo-o a esvaziar algumas coisas na escrivaninha, porque vamos trabalhar lá e não na cama.

Mas é claro que não vamos trabalhar na cama, e porquê trabalharíamos na cama, e que tipo de trabalho faríamos na cama. Ok, esse meu pensamento está a parecer-me bastante fora do contexto.

"Não mexa nos meus papéis!"-ele diz ríspido.

"Mas eu pensei que..."- corta-me

"Pensou errado, melhor ficar quieta, que eu arrumo sozinho"-ele diz seco e eu reviro os olhos.

"Idiota"-digo e soou bem mais alto do que o pretendido, ele ouviu e bem feito, só que o idiota continuo com o que ele chama de arrumação e eu arranjei um cantinho pra sentar.

"Já esperava que fosses desorganizado, então não te canses"-ele ignora.

"Já esperava que fosses metida"-dessa vez eu o ignoro. Ainda nem começamos com o tal trabalho e já estou a cansar-me com esse meu colega, como um ser humano pode ser assim!?

O quarto está minimamente organizado agora, ficou 10 minutos a tentar fazer isso, se tivesse me deixado ajudar já teríamos terminado e agora estaríamos a acabar o trabalho mas como ele é o Harry, já se pode imaginar.

"Já podemos começar?"-pergunto.

"Não"-diz ele

"Como não? Eu tenho um horário par voltar pra casa, quero terminar com isso logo pra não ter que te aturar mais"-digo.

"Olha, acredita que eu também estou a tentar te aturar, e quero mesmo que essa merda termine logo!"-ele diz. Pelo menos concordarmos em algo.

"Então?"-digo.

"Eu vou tomar banho primeiro, estive a jogar o dia todo, e preciso de um banho"-ele diz, que novidade.

"Ohh claro que precisas, pensei que tivesse carne podre no teu carro, e teu quarto, você sabe..."-digo e ele atira-me uma almofada. Poderia até ser fofo se não fosse o Harry, seria um momento engraçado e diria até que ele está tentando ser brincalhão comigo.

"Não mexa em nada"-diz e dirige-se a uma porta, e suponho que seja a casa de banho.

Só me resta esperar mesmo, talvez comece a contar ovelhinhas pra passar o tempo já que ele disse pra não mexer nada, mas não seria eu se não mexesse nada. Então levanto-me e começo a bisbilhotar seus papéis na escrivaninha.

(...)