Say You Love Me! - |H.S|

Capítulo 41

Depois dos meus gritos que parece que finalmente ouviram pois consigo ouvir passos do outro lado que não sei que lado é esse mas depois entram dois homens cobertos com um gorro preto no rosto que só dá pra ver os olhos, que nem os bandidos dos filmes.

O que me faz ter ainda mais medo pois sei como termina isso nos filmes, eles pedem resgate mas se descobrirem que eu não sou rica ou que me raptaram por engano vão me matar, é o que acontece sempre nos filmes e estou assustada.

Eles trancam a porta no momento a seguir e um deles se aproxima com um prato de comida que parece ser do hospital mas acho que até do hospital é mais saborosa do que esta aqui que parece vômito.

Eu fui sequestrada sim, mas porquê? Eles já deveriam ter se apercebido que se enganaram.

Porquê me sequestrariam e justamente na passagem do ano?

"Quem são vocês? Vão libertar-me?"-eles ignoram-me e o outro desamarra-me para que eu possa comer, mas eles acham mesmo que eu vou comer isso aqui?

Porque isto aqui está com um mau aspecto e é de água que eu preciso, só de água para hidratar-me. O homem passa-me uma garrafa de água mas eu não bebo, não confio, se calhar querem me dopar novamente.

Empurro tudo e corro até a porta, visto que eles me desmancharam mas um deles ele agarra-me e empurra-me contra a parede fazendo com que o meu corpo todo exrremessa com o embate.

"Vocês se enganaram, eu não sou a pessoa que vocês queriam sequestrar"-digo mas eles ignoram-me. Custa ao menos falar alguma palavra ou os dois são mudos?

Começo a ficar desesperada e aí começo a chorar não sabendo mais o que fazer.

O que fiz eu? Porque estou aqui? Eu quero sair daqui, estou com muito medo, medo que me façam mal e que eu não saia mais daqui, medo de tudo.

Quero a minha mãe, o Harry e a minha família. Quero ver a luz do dia pois aqui está escuro como se ainda fosse noite e bem em cima tem uma janelinha, minúscula mesmo que entra ar e alguns raios solares.

Choro, choro tanto como se não houvesse amanhã, e os idiotas aqui a frente estão me olhando feito duas estátuas, um em cada canto da porta, observando cada movimento meu.

Eu não vou comer essa comida nojenta, eles já deviam saber, olho para a garrafa de água que aparenta estar celada então tento acalmar-me e decido beber a água. Pego na garrafa ainda trêmula e abro-a com um pouco de força que me resta é dou uns goles.

Sinto-me tonta, vendo tudo as voltas, e sim acho que colocaram algo na garrafa.

Burra!

***

Não sei quanto tempo dormi, mas quando acordo e recupero os sentidos começo a gritar novamente pois os homens que estavam aqui, não estão mais.

"Socorro, soltem-me por favor!"- dessa vez eles colocaram correntes tão pesadas e os meus pulsos parecem não existir, sinto muitas dores.

Fico aliviada por sentir o meu corpo bem, ou seja, eles não me tocaram, apenas me deixaram "dormir" mas desse jeito, eu não vou aguentar mais, só penso na minha mãe e no Harry...