Say You Love Me! - |H.S|

Capítulo 16

Saímos daquele edifício sem dar nas vistas como a Jessie pediu, ela pediu também que eu avisasse as suas amigas, que também estavam preocupadas, mas depois que ela saísse da escola para não chamar muita atenção, pelo seu estado, bastante vulnerável.

"Eu já avisei a elas para irem pra casa e disse também que não precisam se preocupar"-falei após entrar no carro, sentando no lugar do condutor, obviamente.

"Obrigada"-diz ela e encosta sua cabeça na janela, olhando pro nada.

"Mas mesmo assim elas estão preocupadas e querem saber o que aconteceu"-digo.

"Eu vou falar com elas mais tarde"-diz, sem olhar pra mim.

Permaneço calado, numa viagem silenciosa porém muito curta, até a sua casa que nem é tão longe.

Tive que cutucar a Jessie para que acordasse dos seus devaneios, ela nem tinha se apercebido que já estávamos em sua casa.

Descemos do carro, peguei sua mochila e tratei de tocar a campainha imediatamente, embora a Jessie tenha as suas chaves, suponho, mas limitei-me a fazer isso pois não queria incomodá-la.

Após tocar a campainha em casa da Jessie, a mãe dela abre a porta e o seu sorriso desaparece ao ver o estado da sua filha, vulnerável, sem a sua blusa, agora com a minha camisola, seu cabelo despenteado e sua cara nada agradável.

"Oh meu Deus!"-exclama.

(...)

Depois de contar-lhe o sucedido, ela parece triste mas agradecida com o meu acto, e descansada por saber que aquele imbecil não conseguiu o que queria. A Jessie está no quarto a descansar e não a questiono, obviamente, ela até forçou-se a tentar agradecer mas depois foi logo para o seu quarto, deixando-me a falar com sua mãe.

"Muito obrigada, obrigada..."-ela faz uma pausa para que eu diga o meu nome.

"Harry"-digo.

"Claro, Harry, desculpe...Eu Não sei nem como te agradecer, não sei o que eu faria se tivesse acontecido alguma coisa com a minha menina, minha única filha"-diz ela deitando uma lágrima.

"Não foi nada. A Jessie é uma boa menina, não merece nada de mal, mas aquele imbecil vai pagar pelos seus actos"-digo. E pensar que cheguei a detestá-la, foram muitos contra que eu cheguei a sentir raiva dela, não sei porquê.

Mas sei que mesmo marrenta, ela é um boa menina e eu posso ser o cara mais idiota mas pelo menos minha me deu educação e tenho noção de que nenhuma menina merece ser forçada a fazer algo que ela não queira.

Fico preso nos meus pensamentos por alguns instantes e depois levanto-me para ir embora...

"Posso antes vê-la?"-pergunto.

"Claro meu querido, primeiro quarto, a esquerda...Eu vou fazer um chá para ver se consigo acalmá-la"-eu assinto e vou directo as escadas, seguindo as indicações.

Entro no seu quarto, bem feminino, diria até que é de patricinhas, mas a Jessie odeia ser chamad assim. O quarto é rosa com alguns detalhes brancos. Ela dorme profundamente,e fica mais linda assim, parece um anjo, é mesmo linda, nunca tinh parado para reparar seus traços e o quão serena ela fica.

Nem acredito que penso assim agora mas não me posso contrariar, sempre fui sincero até nos meus pensamentos, mas eu estou a descrever o que vejo neste exato momento porque se fosse para descrevê-la desde o dia em que a conheci, então perderia todo encanto.

"Harry?!"-a Jessie interrompe-me dos pensamentos, e só agora pude notar que pisei em algum objeto que provavelmente emitiu algum som e fez com ela despertasse.

"Sim, desculpa eu só queria me despedir".

"Não faz mal. Obrigada por tudo, eu devo a minha vida a ti"-ela diz meio trêmula. —"Se não fosse você, sabe se lá o que aquele indivíduo teria me feito".

"Shhh"-digo, só de pensar no que poderia acontecer, até me dá nojo, como é que um homem pode fazer isso com uma mulher indefesa? E porquê? Que graça teria, sendo que ela não quer nada?

—"Não foi nada a sério,descansa vemo-nos amanhã"-digo e me preparo para ir embora.

"Harry?"-ela chama novamente.

"Oi"-respondo.

"Fica aqui comigo?"-pergunta e eu assinto.

Fico com ela, em silêncio apenas, ficamos nos encarando um ao outro, num silêncio constrangedor. E quando ela finalmente apanhou sono, pude ir pra casa, mas com aquela sensação de paz e de dever cumprido. Fiz algo e para alguém que provavelmente de tornaria especial para mim.

***