capitulo 7

515 27 0
                                    

Melissa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Melissa

Agora não tem mais jeito, após o meu desmaio meus pais ficaram muito preocupados e acabaram me levando ao medico, minha mãe relata tudo o que aconteceu ao mesmo e pra minha surpresa ela estava mais atenta ao que acontecia comigo do que eu esperava, ela sabia dos meus enjoos e da minha falta de apetite, eu ate desconfio que ela sabia dos meus atrasos menstruais.
doutor: - Bom Melissa, vou pedir alguns exames pra gente identificar o que esta acontecendo com você.

Ninguem imagina o meu terror, pois eu sabia o que estava acontecendo comigo, "eu estou gravida"  e agora meus pais também iriam saber e eu não podia mais fazer nada para evitar que eles não descobrissem.
Passam se os minutos e somos chamados de volta a sala do medico e não seria mentira dizer que eu ainda esperava que os testes de gravidez estivessem errados e que eu não estivesse gravida, mas no fundo eu sabia que isso não iria acontecer.
Doutor: - Então melissa, eu acredito que você saiba que na situação em que você se encontra isso é super normal, mas vou passar algumas vitaminas pra você e um remédio para o enjoo, mas quero que você marque uma consulta com um ginecologista o mais rápido possível.
Eu não consigo fazer nada, só balançar a cabeça.
Minha mãe sem entender nada interrompe o doutor
- desculpe doutor, mas o que você quer diser com " nessa situação"?
Doutor: - oh! me desculpe, mas sua filha esta gravida. Vocês não sabiam?

Olho para minha mãe e ela me retribui o olhar com desgosto, já meu pai me olho com tanta raiva que me dar até medo. o doutor nos fala sobre a importancia do pre natal e a gente vai pra casa.

Durante todo o caminho só se é ouvido o silencio dentro do carro, meu coração bate freneticamente como uma escola de samba eu não sei o que eles vão fazer comigo, só sei que boa coisa não posso esperar. Meus pais sempre foram muito religiosos e sempre acreditaram no sexo depois do casamento, sem dizer que eles nunca aceitaram bem meu relacionamento com o Arthur. Chegamos em casa e o silencio persiste, olho em direção a casa do Arthur e vejo a movimentação que ha por lá e mais uma vez meu coração aperta, me sinto mal por como tudo acabou, eu não pude me despedir dele, sem dizer que nos tivemos uma briga antes dele partir e agora não poderemos mais fazer as pazes, eu sei que o Arthur não me deixaria só, sei que ele só disse aquelas coisa porque estava com medo e assustado, por isso não consigo mas sentir raiva dele a não ser tristeza e saudade, afinal de contas não o verei novamente.

Entro em casa e meu pai me chama.

- Quem mais sabe dessa gravides?

- Ninguém, ninguém mais sabe.

- Nem mesmo a família do Arthur? Porque acredito ser dele não é mesmo?

- Ninguém, nem mesmo a família do Arthur.

- Ótimo, porque ninguém deve saber. como você sabe nós somos contra o aborto, mas também somos contra a filhos fora do casamento, sendo assim você vai amanhã mesmo pra casa da sua tia, você vai ficar lá ate o fim da sua gravidez, depois que essa criança nascer nós decidimos o que faremos.

- Pai, eu não posso sair assim, o....

- Você pode e você vai, o ano escolar acabou e vamos aproveitar e dizer a todos que você foi cursar uma faculdade  lá.

- pai, eu sei que o senhor tá com raiva, mais o Arthur, acabou de morrer e eu preciso me despedir dele, eu preciso dizer adeus._ olho pra ele e imploro. -- por favor pai.

- deixa ela ir Carlos, vai ser melhor, as pessoas vão estranhar se ela desaparecer assim sem despedir de ninguém, sem nem ao menos aparecer no velório do namorado. _minha mãe intervem e eu silenciosamente agradeço.

- Tudo bem, mas você não comenta com ninguém nem da gravides, nem tão pouco da viagem

- obrigada pai, muito obrigado e me desculpa por tudo, eu não queria decepcionar vocês eu sinto muito.

- O que você fez não tem perdão, agora vai pro seu quarto arruma as suas coisas e vai dormir amanhã pela manhã eu ligo pra sua tia e conto a situação ai a gente resolve o que fazer.

 Eu assinto com a cabeça e vou pro meu quarto, subo as escadas e peço silenciosamente que Deus proteja a mim e ao meu filho.

'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''

O dia amanhece e eu não consigo dormir, eu não consigo tirar o rosto de Arthur dos meus pensamentos, toda a nossa historia e tudo o que a gente viveu. eu não consigo acreditar que ele morreu, passo a mão pela a minha barriga e a deixo descansando lá e me pergunto se o nosso filho vai parecer um pouco com ele e naquele momento eu lhe faço uma promessa. a promessa  de proteger nosso filho de tudo e de todos.

Termino de arrumar minhas malas, vou ao banheiro, faço minha higiene matinal e desço pra tomar café,  quando me sento na mesa meu pai fala que já falou com a minha tia e que eu viajo naquela mesma manhã. então eu só tenho tempo de me arrumar passar no velório do Arthur me despedir dele e de sua família e ir embora para o meu novo destino.

Visto um vestidinho preto simples e vou em direção a casa da frente, chego lá e a tristeza reina naquele lugar, olho pra quela casa que só me traz boas recordações e as lagrimas tomam contam dos meus olhos, entro na sala e vejo que esta tomada por familiares, olho em direção a escada e vejo Rafael sentado lá de cabeça baixa com um olhar perdido, fico o olhando ate que ele me retribui o olhar, quando ele me vê, ele levanta e vem em minha direção, ele me abraça e não resisto eu choro em seus braços, choro de tristeza pela morte de Arthur, choro de raiva dos meus pais por me afastarem, choro de saudades que eu já estou sentindo de todos e choro já sentindo falta de Rafael. seguro o abraço por mais um tempo até sermos interrompidos pela voz da minha mãe, me solto de seu abraço, olho em seus olhos e me despeço silenciosamente com um meio sorriso, vou ate ao jardim, onde esta o caixão, depositado debaixo de uma tenda ornamentado com varias coroas de flores vejo seu João e dona Renata sentados ao lado do filho, vou até o caixão, olho para o Arthur e ele esta lindo, vestido em um terno cinza e bem maquiado apesar das escoriações e arroxeados em seu rosto ele continua lindo, pego em sua mão e ela esta fria, beijo seu rosto e lhe sussurro dizendo-o que lhe perdoo e vou embora, entro no carro do meu pai que já me espera e vou em direção ao meu desconhecido destino.


casada com o meu cunhadoOnde histórias criam vida. Descubra agora