Capítulo sete - Borboletas no estômago

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      Eu fico com uma toalha nos meus ombros, sentada numa cadeira, observando Bratt fazendo chá para a gente. Ele está com uma toalha na sua cintura e bastante atraente. Os homens ficam sexys cozinhando, entendo porquê Jolene insiste em deixar Paul entrar na cozinha.
     — Aqui está o seu chá. — Ele coloca uma caneca na minha frente e senta ao meu lado.
     — Obrigada. — Sorrio para ele e bebo o chá. — Eu adoro chá de limão. — Digo.
     — Eu sei, por isso comprei.
     — Você queria me trazer aqui?
     — Sim. Eu sabia que não ia negar. — Ele também bebe o chá.
     — Aqui é tão sossegado, tão bom. Poderia ficar aqui para sempre. — Digo.
     — Eu também.
     — Porquê pagou um apartamento se tem essa casa maravilhosa?
     — Bom, aqui é muito isolado, e também porque não quero que qualquer pessoa conheça ou ponha os pés aqui. — Ele coloca o braço na minha cadeira.
     — Isso quer dizer que sou a primeira garota que você traz aqui? — Pergunto.
     — Bem, não. — Ele se endireita na cadeira. — Eu também trazia Elisa aqui algumas vezes.
     — Oh! Aposto que tem muitas lembranças dela aqui.
    — Não tantas. Ela não gostava muito de vir aqui. — Ele olha a caneca distraído.
    — Eu sinto muito.
     — Eu também.
     — Você ainda ama ela? — Pergunto.
     — Não quero falar sobre isso, por favor! — Ele bebe mais chá. — Ainda é bastante doloroso.
    — Desculpa. — Seguro uma de suas mãos. Ele olha para mim.
     — Você está linda! — Seu sorriso aparece.
     — Obrigada. Você também não está mal.
     — Eu tento. — Ele acaricia a minha mão. — Você vai na festa da Chloe?
     Porquê todos me fazem essa pergunta?
     — Não fui convidada. Mas James quer que eu vá com ele.
     — Porquê você não vem comigo? Você vai ficar mais à vontade comigo.
     — Não sei se quero nessa festa. Chloe não me suporta, eu não suporto ela, imagina no que vai dar?
     — Eu não vou permitir que ela faça alguma coisa com você. Vou ficar do seu lado até quando decidir ir embora. Vou ficar grudado em você. — Ele morde o lábio inferior. Como dizer não para ele?
     — Está bem.
     — Você não vai se arrepender. — Ele beija a minha bochecha.
     Eu termino o meu chá e olho para Bratt que fica deitado na cama mexendo no celular. Eu levo as nossas canecas na pia e sento ao lado dele.
     — Quem é esse cara? — Bratt pergunta mostrando uma foto para mim. Percebo agora que ele está com o meu celular.
     É uma foto em que um garoto loiro beija a minha testa e eu estou sorrindo.
     — Ex-namorado? — Ele pergunta novamente.
      — Não! — Quero rir. — É o meu primo. Filho do irmão da minha mãe.
      — Ele não é nada parecido com você.
      — A maior parte da minha família materna não é parecida comigo.
      — Nada mesmo. — Ele desliga o celular e se aproxima de mim. — Estou adorando passar o dia com você.
     — Eu também estou adorando.
     Ele me puxa para deitar ao seu lado. Apoio o rosto no seu peito e ele beija o topo da minha cabeça. Sua mão desliza pelo meu braço e a minha pelo seu peito. Eu sempre quis estar assim com ele.

     Acordo com o corpo todo coberto por um lençol branco. Bratt está do meu lado, mas de costas para mim. Eu aproveito para ver a sua tatuagem um pouco confusa. Não sei ao certo o que significa, mas é um pássaro negro carregando um coração sangrando.
      Passo as mãos nas suas costas e ele se mexe um pouco. Não consigo parar de tocar nele. Estou dormindo ao lado dele vestido apenas minha roupa interior, tocando o seu corpo e sem parar de sorrir.
     — Está se divertindo aí atrás? — Ele pergunta.
     Afasto a minha mão. — Desculpa se acordei você.
     Ele vira para me encarar. — Não peça desculpa. Eu já estava acordado.
     — Eu acho que está na hora de eu ir embora. — Passo a mão no meu cabelo.
     — Porquê a gente não passa a noite aqui um dia desses? — Ele fica por cima de mim. Ter nossos corpos juntos assim é uma sensação maravilhosa.
     — Eu adorava. — Sorrio. Espero que ele me beije, mas ele beija o meu nariz, depois se levanta da cama.
     — Ótimo.
Ele veste a sua roupa de volta enquanto olha para mim de um jeito quente. Eu também levanto para vestir meu vestido e minhas botas. Meu cabelo está terrível porque dormi com ele molhado.
      — Seus óculos estão por cima da mesa. — Ele diz.
      — Está bem.
      Vou buscar os meus óculos e limpo antes de os usar. Bratt está apenas olhando para mim. Não vou mentir que ser observada por ele é muito bom, mas também estou completamente corada.
     — Você é sempre tão adorável assim? — Ele pergunta se aproximando. Passa a mão pelo meu rosto.
     — Adorável como? — Pergunto.
     Ele me abraça e sussurra no meu ouvido. — Vamos embora.
     Em seguida, pega a minha mão e me leva para fora de casa. Não consigo tirar o sorriso do meu rosto. Ainda não acredito que isso esteja acontecendo.
     Entramos no carro depois de tirarmos uma foto juntos e vamos para casa.

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