Capítulo um - O princípio de tudo

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    Inexistente.

    É isso que os meus sentimentos são para ele. Bratt não percebe os sinais que dou para ele todos os dias. Ele não percebe que eu estou completamente apaixonada por ele e que quero ser sua namorada. E depois daquele dia que acordei no apartamento dele, as coisas ficaram estranhas. Faltem às aulas por uma semana.

      Jolene acha que eu sou louca por ter passado as minhas férias fazendo investigações sobre Bratt. Eu só precisava saber onde ele ia estudar para poder persegui-lo. E claro que eu descobri tudo.

     Bratt conseguiu uma bolsa de estudo na Universidade de Nova Iorque e eu consegui convencer o meu pai a estudar aqui também. Pode não ser uma Ivy League, mas Bratt está aqui.

     O melhor de tudo é que não vou mais usar uniformes. Posso usar minhas calças justas, botas e as blusas que eu quiser. Mas tenho a certeza que as pessoas vão implicar comigo por causa dos meus óculos.

     Eu entro na sala de aulas e os outros alunos ricos parecem não estar muito interessados. No ensino médio era completamente diferente. Tudo chamava atenção.

      Eu sento perto de uma garota loira que também usa óculos. Ela está lendo uma revista de moda, e eu me lembro de Jolene. Minhas melhores amigas estão longe demais e eu estou morrendo de saudades delas.

     — Oi, eu sou a Sophie. — Estendo a mão para ela.

    — Tudo bem? Eu sou a Kathleen. — Ela aperta a minha mão.

     — Prazer. Então, você gosta de arquitetura? — Pergunto.

     — Adoro!

     — Eu também. — E seria muito bom se Bratt também gostasse. Não sei o que ele escolheu.

     Não sei mais o que dizer. Jolene é boa com pessoas, eu não. Eu sou pior que a Blaire. Prefiro que elas venham falar comigo.

      Pego no meu celular e entro no meu mundo das redes sociais. Meus seguidores aumentam a cada dia, mas eu sei que nunca vou chegar ao nível de Chloe Rogers. Ela tem imensos.

     Estou tão concentrada no celular que nem me apercebo do garoto que fala comigo. Às vezes, eu oiço, mas não escuto. Só identifico a voz depois de um minuto.

      — Esse lugar está ocupado? — Pergunta uma voz masculina.

     — Não. — Eu não sei, mas respondo ainda concentrada no celular, mas depois de algum tempo, eu reconheço a voz.

     Bratt Watson em carne, osso e muita beleza.

     Ele está com uma camiseta com gola em V branca, calças jeans e botas pretas de couro. Posso ver uma parte das suas tatuagens no peito. Seus cabelos loiros estão penteados, está com a barba por fazer e para melhorar tudo, ele está sorrindo.

     — Oi! — Ele sorri mais ainda e senta ao meu lado. Eu vou desmaiar!

     — Oi! — Digo. Seus olhos azuis são hipnotizantes.

     — Eu nunca imaginei que você gostava de Arquitetura. Eu também adoro.

    — Eu adoro... — Adoro você. — Arquitetura.

     Ele sorri.

    — Não converso com você desde a despedida da minha irmã e do meu cunhado. A última vez que nos vimos você estava bêbada. — Ele diz.

     Que vergonha!

    — Eu estava um pouco ocupada. — Eu não sei o que dizer para ele além de "sou apaixonada por você".

Fortemente quebrados Onde histórias criam vida. Descubra agora