01 - Renjun's falsehood

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— Renjun, eu já falei pra você! Não confie nela! Você viu o que ela fez, ela quer fazer você se virar contra mim! Você é o único que pode mudar isso... — dizia minha irmã, Yuqi, ela não se cansada de dizer isso.

— ... m-mas... eu não sei...

— Não fiz isso! Ela desconsiderou o fato que...

— Com licença...

— Eu quero que você me escute!

— Eu sei. Acontece que eu não sou obrigado a ouvir. Licença. — peguei minha mochila de material escolar, minha bolsa com roupas e sai.

Me levantar e me retirar era a única coisa que eu conseguir fazer naquele momento... rebater uma petulância ignorante com uma agressão verbal não me convém.

Mesmo com o cheiro de pão com creme de amendoim doce do café da manhã daquele dia, não tirava da minha cabeça o fato de que minhas duas irmãs mais velhas guerreavam pelo direito de criar o irmão casula. Eu precisava escolher entre Yuqi e Meiqi. Duas mulheres de vinte e sete anos, solteiras, mas muito imaturas em relação ao irmãozinho. Brigavam entre si, porque nunca se deram bem mesmo, porque qualquer ser humano educado e civilizado, saberia resolver uma situação dessas sentando à uma mesa e conversando. Estava num ponto em que nem a nossa própria mãe estava aguentando. Quando elas começam eu sempre ia para a casa dos meus amigos...

— Sabe, Jaemin-ah... Eu não vejo a hora de fazer 18 anos. Ser independente. Ser adulto, cuidar do meu próprio nariz, e não ter que fazer escolha nenhuma.

— Essa hora vai chegar. Aguenta. Falta pouco. — diz Jaemin, um dos poucos que me apóia e me dá forças.

— Eu devia pensar mais alto. Eu só penso em fugir dessa situação. Mas eu não penso em onde ficar. Minhas irmãs vão querer me expulsar de casa quando eu fazer 18 anos.

— Elas não vão fazer isso. Que bobagem! — Jaemin me olhou com tamanha ternura. — Agora, vai tomar banho, seu fedorento! — ambos rimos e eu dei um tapinha nele.

Dormir na casa do Jaemin sempre foi tão divertido. Eu ia para a casa do Jaemin para fugir dos meus problemas de família e fingir que estou bem. Mentia para o Jaemin sobre isso e mentia para mim mesmo. A dor da perda do meu pai e ver minha mãe, que já é bem velhinha, toda debilitada e deprimida, era a pior coisa. Sentimentos retraídos e intensificados através brigas das minhas irmãs para cuidarem de mim, mesmo eu tenho 17 anos e estando quase na maioridade. Na casa do Jaemim eu podia relaxar. Ouvir minha irmã citando cada erro e defeito da outra irmã todo dia é tão estressante.

As vezes eu notava Jaemin me olhar tão estranho. Um estranho que eu bem reconheço. Um olhar protetor; como se eu fosse a jóia mais delicada e preciosa do mundo. Ele as vezes ficava pertinho de mim. Me deixava seguro. Isto é bom, certo?

Jaemin é interativo, ele fica dançando feito louco, justo na hora de dormir. Olhar essa animação toda dele me deixa com mais sono ainda.

— Vem dormir... para de se mexer!

Me levantei, como todo ser humano normal e tentei parar a espuleta que é o Jaemin. O desastrado, me faz o favor de escorregar nos lençóis que se encontravam sobre o colchão e vem abaixo que nem construção grega pra cima de mim. Adivinha o que ele fez: se agarrou em mim tentando se equilibrar, e nisso, ele vem abaixo como construção grega, com minha bermuda.

— RENJUN! — pra eu fazer drama sobre ele, eu me debati em cima dele e ele gemeu de dor. — RENJUN, SEU MAGRELO!

Quando ele me olhou ele arregalou os olhos, incapaz de fecha-los ou desvia-los, e viu que em suas mãos não havia o tecido do lençol, e sim o tecido da minha bermuda do meu pijama. E pos se a rir como um louco. Nem foi tão engraçado assim...

— Será que você sempre tem que cair quando eu venho aqui? — Digo fazendo bico.

- Oh... M-me desculpe! Não foi de propósito! — me ver de pernas abertas e de cueca deitado sobre ele, ou melhor, tombado em cima dele, deve ter sido uma honra.

Tomei minha bermuda da sua mão me vesti novamente. Depois de muita conversa e muitas risadas, nós, finalmente, fomos dormir para a futura rotina escolar do próximo dia.

give a time for my heart ❉ norenminOnde histórias criam vida. Descubra agora