A jovem de fios claros desperta ao raiar como todos os dias menos aos domingos. Ela faz suas higienes básicas e veste seu uniforme da academia que se consistia em uma calça e jaqueta preta e uma camiseta branca por baixo. Ela calça seu par de botas e penteia meus fios castanhos ondulados os prendendo em um pratico rabo de cavalo.
Após pegar sua mochila ela desce as escadas rapidamente indo de encontro a cozinha aonde encontra sua mãe e sua tia conversando.— Bom dia — ela se senta à mesa.
— Olá,querida — diz sua tia, Sally.
— Esta pronta para conhecer sua nova turma?
— Sim...estou — sorri.
A academia Holds pertencia a tia de Shaya, era uma academia aonde se aprendia, arco e flecha, diversos tipos de luta, entre outras coisas. Ela frequentava a academia desde os oito anos de idade e dava aulas desde os dezesseis. O intuito da academia não era ganhar dinheiro, e sim fornecer esse conhecimento aos jovens, então parte da renda vinha de um patrocinador que a jovem não conhecia e outra da ajuda de alguns alunos mais velhos que tinham condições de ajudar a academia, mas noventa e oito porcento vinha desse tal patrocinador.
Após o café da manhã Shaya resolveu ir caminhando até a academia que ficava quinze minutos de sua casa. A academia era grande e tinha um tom metálico. Ela se consistia em dois andares, o primeiro era dividido entre a recepção, a diretoria, algumas salas, banheiros, a cozinha e o refeitório. No segundo andar ficavam os ambientes de treinamento, mais banheiros só que esses com box para quem quisesse tomar banho na academia e alguns quartos que ela não entendia o motivo de existirem já que não era permitido dormir na academia.
A morena adentra o ambiente de treinamento vinte e três que era a sala de arco e flecha. Essa era sua melhor habilidade e esse ano a mesma seria responsável por ensinar os mais jovens de dez à quatorze anos.
A aula em si foi bem produtiva apesar de alguns demonstrarem bastante dificuldade.
Já passava das oito quando deixou o lugar. Entre aulas e conversas o tempo passou rápido.
Ela se sentia observada a cada passo que dava, mas todas as vezes que olhava para trás não via nada. De repente se sentiu tonta e um vento forte lhe assustou a fazendo perder o equilíbrio então quando abriu seus olhos estava encostada na parede. Shaya olha a sua volta e não via ninguém então continuou sua caminhada até chegar em casa.Ao chegar em sua casa a morena trocou de roupa e desceu rapidamente para o jantar.
Tia Sally estava sentada lendo algo online. Seus fios cacheados intercalados em tons de castanho mel e loiro estavam presos em um nó mal feito enquanto seus olhos castanhos se escondiam atrás de seus óculos grandes e marrons. A mãe de Shaya estava preparando o que parecia ser suco de morango enquanto seus fios negros caiam sobre seus olhos. Ela tinha lindos olhos verdes bem diferentes dos dq mais nova que eram castanho mel. Segundo a morena Shaya puxou seu pai que tinha o mesmo tom de olhos e cabelo que os seus.— Sua tia preparou seu prato preferido — diz Rebeca enquanto retira o pano que estava sobre a travessa de vidro.
— Frango assado e batata frita — diz animada — Mas você só faz esse prato aos domingos — ela as olha desconfiada.
— Querida, precisamos conversar — diz minha sua mãe.
— Tem alguns motivos para a existência da academia e de termos te estimulado a treinar desde pequena — agora foi a vez de Sally falar.
— Eu não quero ouvir — ela fecha os olhos e coloca as mãos sobre a cabeça.
— Querida, você precisa ouvir querendo ou não — sua mãe diz calmamente.
— Eu...eu — ela sente novamente uma tontura e somente escuta sua mãe gritar o seu nome antes que tudo ficasse escuro.
...
O dia já estava claro quando Shaya finalmente acordou. Ela sentia pontadas na cabeça e náuseas, definitivamente tinha algo de errado com a morena e isso não era bom. A jovem se senta na cama e passa as mãos em seu cabelo enquanto massageava sua nuca, foi quando ela sentiu algo estranho, como uma cicatriz. Ela se levanta demasiado devagar e caminha até a pequena cômoda aonde retira uma regata preta e um shorts de moletom soltinho.
A jovem adentra o banheiro aonde faz sua higiene habitual e veste a roupa que separou. Ela penteia seu cabelo e o deixa solto. Shaya passa uma maquiagem leve e calça suas pantufas. Sua tia estava na sala lendo um livro confortavelmente no sofá. A garota caminha até a mesma e se senta ao seu lado a abraçando em seguida.
— Minha mãe já foi trabalhar?— ela deita a cabeça no ombro da mais velha.
— Sim, querida, mas por que esta tão carinhosa essa manhã?
— Não sei — ela sorri — eu sofri algum trauma na cabeça?
— Como assim?— ela faz a mais velha olhar para ela.
— Eu tenho uma cicatriz estranha na nuca, mas nunca reparei até sentir pontadas nela essa manhã — ela da de ombros.
— E o que mais você sentiu querida?— ela lhe fita e é nítido o medo em seus olhos.
— Náuseas — Shaya engole em seco — tem algo de errado comigo?
— Não...claro que não — ela acaricia seu rosto — deve ser só uma gripe forte. Fique na cama que eu te levarei um remédio caseiro.
— Esta bem — a jovem sobe as escadas vagarosamente.
Shaya se deita na cama e fecha os olhos, mas a janela abre com um vento repentino fazendo com que ela abra os olhos e fique alerta. A morena sente um peso sobre a cama e logo uma mão se aproxima e ela a segura pulando da cama logo em seguida e caindo por cima da pessoa.
A morena prende as laterais de seu corpo com suas pernas e aponto uma flecha que sempre guardava de baixo do seu travesseiro. Sua tia sempre lhe estimulou a se proteger então ela sempre estava atenta a todo e qualquer perigo.
Ela logo sente seu corpo bater contra o chão e a pessoa que invadiu seu quarto a segurando contra o mesmo. Só aí ela percebe o quanto ele era bonito. Seus olhos eram de um azul claro com tons de verde, sua pele era tão lisa e seu cabelo castanho estava bem alinhado. Ela levanta levemente a mão e toca seu rosto fazendo o mesmo recuar, mas logo ele permite seu toque.
— Quem é você? — indaga ainda com os olhos fixos nos dele.
— Um velho amigo — ele lhe ajuda a levantar — você precisa ir comigo, Shaya.
— Eu não posso ir com um estranho que invadiu meu quarto — ri sem humor.
— Você pode sim — seus olhos mudam de azul para um vermelho escuro quase preto — Você vai comigo e não vai questionar...
— Qual é o seu problema?— o olha incrédula.
— Mas como isso é possível? — ele lhe olha confuso.
— Shaya, tem alguém aí? — escuto a voz da minha tia mas antes que eu possa responder o garoto me segura pela cintura e pula pela janela.
A jovem sente um vento forte lhe envolver e tudo a sua volta ficar borrado até que param em uma estrada e ela percebe que estava abraçada a ele o que lhe faz recuar. Ela não sentia medo, mas sim a sensação de esta em um mundo completamente desconhecido para si. Ela se sentia descolocada e sua cabeça não parava de doer. A morena suspira pesadamente e olha a sua volta. Ela estava sozinha numa estrada deserta com um completo estranho que tinha habilidades mais estranhas ainda.
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Shaya - Mediocris secreto ( Concluído )
VampireTudo mudou naquele dia fatídico, aonde um rapaz de olhos sedutores a retirou de seu lar e a colocou numa tremenda enrascada. Ou será que foi diferente do que ela imaginava? Vampiros não existem pensava a garota, muito menos fadas ou lobisomens, mas...