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Já se passara mais de seis meses desde que Louis finalmente assumira o termino de seu relacionamento com Eleanor, o qual todos já sabiam que nunca existiu de verdade. Passei três longos anos esperando para que isso acontecesse, e sinceramente imaginava que seria totalmente diferente.
- Harry! - Josh despertou-me de meus devaneios - 3 minutos! - assenti fitando meu cansado reflexo no espelho, respirando fundo na tentativa de criar forças para dividir o palco com ele mais uma noite.
As fãs deliravam, levantando luzes e cartazes que enfeitavam todo o estádio, mas a noite era fria, ao menos para mim. O show passara animado, porém eu só queria que acabasse logo. Eu amo o que faço, mas a ignorância de Louis em relação a mim vem me desmotivando a permanecer ali ao seu lado.
A troca de roupas chegara, e para minha surpresa Louis veio até a mim, ainda mantendo uma certa distância.
- Styles, você teria uma faixa para me emprestar? - soou sério e objetivo, como se quisesse que eu fosse breve naquele momento. E assim fui, apenas o entregando um elástico preto. Assentindo, sem apenas um sorriso, ou uma palavra, me deixou ali, mais uma vez, no meu vazio.
Voltamos para o palco, "You And I" era a próxima música que apresentaríamos, e para minha tortura, ele ficaria bem ao meu lado, quando minha vontade era de dizer aquelas mesmas palavras olhando em seus lindos olhos azuis. Seguido de Liam, meu solo começara, e junto dele, uma rouquidão falha por consequência das lágrimas que já encharcavam meu rosto. Eu havia lutado contra elas por vários dias, meses, anos, mas agora eu já não conseguia mais... Senti o olhar de todos caindo sobre mim, com exceção da pequena pessoa ao meu lado. Como ele poderia ser tão frio depois de tudo o que passamos?
- Cara, você ta bem? - Liam veio até mim aproveitando o solo de guitarra, me arrastando até o backstage. - O que aconteceu?
- Você sabe bem o que... - meus olhos baixos encaravam de longe Louis que estava sério fitando o céu estrelado.
- Harry... - após seguir meu olhar, Liam entendeu perfeitamente do que se tratava. - Eu não sei mais como ajudar você... Sério... - sua voz soava tão cansada quanto a minha.
- Eu tento ao menos entendê-lo, mas ele não me da mais espaço... - ele me entregou uma garrafa d'água enquanto dava olhares despreocupados as pessoas, tentando acalmá-las.
- Ele se fechou para todo mundo... - bufou. - Mas... Já faz tanto tempo... - coçava a cabeça, confuso, tentando encontrar as palavras certas - Talvez Louis já tenha superado essa fase... Tenha seguid...
- Por favor, Liam, não! - implorei. Apesar daquilo passar cada segundo por minha cabeça, não queria acreditar que fosse verdade.
- Ok... Tudo bem. - assentiu. - Vou numa boate depois do show. Você deve ta sabendo... Do aniversário do Anthony... Todos o caras vão!
- Porra! Eu tinha me esquecido totalmente...
- Pois é... - me olhou carinhoso - Você anda bem distraído ultimamente... Mas acho que era bom você se distrair com outras coisas mais interessantes, talvez né? - me olhou malicioso - Ouvi falar que lá é bem freqüentado...
- Liam...
- Para com isso! - me deu um soco no braço - Você precisa de um pinto, ou até seios seria bom para relembrar os velhos tempos... Ou os dois talvez, por que não? - não controlei uma leve risada debochada - Mas daquela boate não sairá sozinho!
- E quem disse que eu vou?
- Eu! - exclamou, me puxando pelo cós da calça de volta para o palco - Vamos voltar né, antes que comecem os rumores de que estou te consolando de outro jeito. - revirei os olhos de sua piada infame e por pensar no que me espera após o show.
[No hotel]
Não demoramos muito para nos aprontarmos, e já estávamos a caminho da van que nos levaria até a boate, quando meus olhos encontraram os de Louis. Ele estava todo de preto (assim como eu), apenas com a jaqueta jeans, que um dia me pertencera, se destacando.
- Liam, eu prefiro...
- Encara! - me interrompeu, praticamente me jogando para dentro da van. - Você está comigo! Assim como ele está bem o bastante para se divertir, você também irá ficar.
Luzes piscastes, fumaça, álcool, suor, e muita gente dançando uma música extremamente alta.
Eu seguia Liam cercado por seguranças por entre a multidão, entorpecido pelos meus próprios pensamentos. Aquele lugar parecia tão pequeno, tão vazio, tão sufocante.
- Harry... Harry! - Liam falava longe, mesmo estando bem em minha frente. - Vou ao bar, quer alguma coisa?
- Eu vou com você. Não quero ficar aqui parado.
- Esse é o espírito! - gritou, passando o braço envolta de meu ombro.
Álcool e me misturar na multidão de gente desconhecida iriam me distrair um pouco. Dessa vez andamos sem a necessidade de seguranças, e nem notei os prováveis olhares que se dirigiram a nós.
- O melhor da casa, com dose dupla de vodka pura, por favor. - disse me dirigindo ao barman, me apoiando na grande bancada de madeira para encarar a pista movimentada.
- Vai com calma ai, cara! - exclamou Liam. - Não vai querer acabar com a noite tão cedo assim. - apontou para a pista como se estivesse apresentando um banquete.
- Não queria nem que tivesse começado! - olhei-o tedioso.
- Ai ai, você não era assim, Styles! - balançava a cabeça negativamente, pegando nossos drinks, logo entregando-me o meu. - Quero ver essa bomba que você pediu descer guela a baixo e você correndo até aquela pista comigo relembrar a época em que competíamos por mulher. - gargalhava sozinho.
- Mulher? - ri, confuso.
- É, mulher, ué! Você gosta de tudo, pega tudo o que vê pela frente. Para com isso! - gargalhamos - E nada melhor do que esquecer o Lo... - ele se interrompeu - Ele, lembrando de como você era antes de tudo.
Pensando no que Liam acabara de me dizer, queimei minha garganta de uma vez só com a minha "bomba-drink", e lançando-lhe um olhar malicioso, caminhei até a pista de dança, avistando uma bela morena de corpo esculpido num justo vestido azul, que chamara minha atenção absurdamente.
Dançamos cada música mais próximos um do outro, até que meus olhos encontram Louis indo em direção a umas afastadas portas pretas que deduzi serem os banheiros. Tentei de todas as formas me controlar, enlaçando meus braços na cintura da bela mulher, mas o álcool já havia me tirado toda razão.
- Volto em um segundo. - sussurrei de forma enrolada, e me esquivei rapidamente pela multidão, e quando cheguei a frente da escura porta, a mesma se abriu.
- Que merd...? - antes mesmo que ele terminasse sua fala, calei seus lábios com um beijo urgente, o prendendo na cabine. - Harry, você ta bêbado? - ele me empurrava, mas eu ainda era mais forte, e o prendia em meus braços.
- Por que você continua lutando contra nós? - disse entre os forçados beijos, trancando a cabine. - Eu sei que você quer... - tentava tirar a sua, a nossa jaqueta, mas ele me empurrava, relutante.
- Para, Harry! - gritou. - Aquilo tudo foi um... erro. - ele falava fitando seus pequenos pés.
- Nunca mais diga... isso.. - Bufei chorosamente, segurando seu rosto em minhas mãos para poder beijá-lo mais uma vez. - Você foi, você é maior acerto que cometi na minha vida!
- Harry... Eu sou hetero... Eu tinha uma namorada... - dizia tentando fracamente se desvencilhar de meus beijos.
- Pelos amor de Deus, Louis! - soltei uma risada sarcástica, segurando seus braços tão firme que o fiz soltar um gemido de dor por seus finos lábios. - Nós e o mundo todo sabemos que aquele namoro era falso! Você a traia comigo e está tentando enganar justo a mim com essa desculpa? - minha voz estava mais rouca e densa por conta da enorme fúria que me dominava. - E você hetero? Puta merda! Eu era tão hetero quanto Gene Simmons, e você, isso você, caralho, Louis Tomlinson, me converteu, porque eu me apaixonei feito um louco pelo cara que está na minha frente, e eu sei que ele é o amor da minha vida, porque desde que eu o conheci eu não consigo ficar com mais ninguém sem imaginar o fim dos meus dias ao lado dele! E agora que ele está livre da merda daquele relacionamento, eu ao menos esperava poder ser feliz ao lado dele mesmo que fosse as escondidas como era antigamente, porque apesar dele estar sendo um otário filho da puta tentando fingir se importar comigo, eu sei que ele é tão apaixonado por mim quanto eu sou por ele! - meu peito subia e descia rapidamente pela falta de ar que me dominava. As palavras simplesmente pularam pela minha boca sem que eu pudesse controlá-las, e eu mal tive tempo de respirar.
Não sei se era o efeito da bebida, mas eu podia ouvir seu coração batendo junto ao meu, seu sangue escorrendo por entre suas veias, sua respiração descompassada...
- Harry, não... - Louis sussurrava para o chão, a dor misturada ao desejo em sua voz.
- Me deixa cuidar de você. - disse passando delicadamente minha mão direita em sua nuca, e a outra livre em sua magra cintura, as apertando logo em seguida, colando nossos lábios nervosamente.
Dessa vez Louis respondeu com o mesmo desejo que eu, como se estivesse faminto a dias... Faminto de nós. Minhas mãos não demoraram de ir até sua jaqueta, finalmente a tirando logo em seguida.
- Você nunca a largou... - disse enquanto distribuía beijos em seu pescoço.
- Era o que me deixava perto de você. - inesperadamente eu ouvi a palavras saírem da boca do menor, o que me fez sorrir feito um bobo, deixando um pequeno chupão no local onde dava atenção, o que o fez gemer baixo.
- Gostou disso, é? - provoquei-o, me aproveitando para levantar sua regata preta e jogá-la no chão junto da jaqueta.
- Não provoca... - murmurou entre dentes.
- Você gosta... - sussurrei em seu ouvido depois de virá-lo de costas e prensá-lo na parede, fazendo-o gemer. Puxei seu cabelo com uma mão e com a outra segurei sua cintura firme para que sentisse minha ereção dura em sua bunda. Desci meus dedos ágeis no fecho de sua calça, e pude sentir as batidas de seu coração acelerarem. Dedilhei sua virilha pouco a pouco sentindo seus pêlos se ouriçarem, e isso só me excitou mais.
- Hazz... - sua cabeça tombou para trás caindo em meu ombro enquanto pedia misericórdia.
- Nem comecei ainda. - mordisquei o lóbulo de sua orelha.
- Pois então termine! - fugiu pegando em minha mão agilmente a posicionando mais fundo em sua calça, finalmente alcançando seu pênis totalmente enrijecido por mim.
- E ainda vem com essa baboseira de "sou hétero". - ri debochando enquanto o masturbava de forma dolorosamente lenta para torturá-lo cada vez mais.
- Você não acha que usa sua boca para coisa muita mais útil do que falar?
- Ah realmente... Eu sou muito melhor nisso... - disse o virando para mim, selando nossos lábios rapidamente. - E você gemendo é muito melhor do que cantando. - brinquei antes de me ajoelhar diante dele e o som de sua risada me fez delirar. Como esse homem me faz bem!
Envolvi seu membro com minha mão direita e fitei seus olhos por alguns segundos antes de lamber sua glande e fazê-lo fechar os olhos de tanto prazer. Brincava com minha língua por toda cabeçinha, venho o peito de Louis subir e descer cada vez mais rápido. Minha mão subia e descia o masturbando e sua extensão estava se contraindo, com suas veias a mostra, totalmente dominados pelo tesão causado pelo carinho de meus lábios e mãos.
Não resisti e abocanhei seus testículos, o fazendo soltar um alto gemido doloroso. Pensei em parar, porém o mesmo enterrou suas pequenas mãos em meus cachos como se implorasse por mais. Chupei delicadamente, tomando cuidado para não machcá-lo. Eu discretamente olhava para cima e podia vê-lo com a cabeça encostada na parede revirando seus lindos olhos azuis.
Quando senti seu corpo se começando a se contrair, levantei rapidamente, o virando de costas para mim, apertando sua enorme bunda com força.
- Agora você vai me dizer se ainda é hetero ou não. - chupei forte seu pescoço no intuito de deixar uma enorme marca ali.
Peguei um preservativo um minha carteira, sem aviso prévio, cuidado, ou piedade, penetrei em Louis, que gemeu alto, se curvando mais, apoiando-se na parede para que não caísse. Investia com força enquanto percorria minhas mãos por sua barriga, coxas, e bunda, me deliciando com sua forma física. Mal podia acreditar que aquilo tudo me pertencia novamente.
- Como senti falta do seu corpo... - soprei em seu ouvido.
Louis gemia cada vez mais alto, e para investir mais fundo, levantei sua perna esquerda, a segurando firme, enquanto o ápice nos dominava gradativamente.
- Goza pra mim! - pedi em seu ouvido.
- Seu desejo é uma ordem. - senti sua perna e minha mão que a segurava se lambuzarem de seu prazer, e logo em seguida eu gozei dentro dele.
Nossas respirações descompassadas se misturaram tomando conta da pequena cabine, seu corpo estava apoiado na parede e o meu no dele, aproveitando seu cheiro, misturado de seu suor, e por mim ficaria ali para sempre, sem comida, nem água. Só precisaria dele.
- Seu cheiro sempre foi meu perfume favorito... - disse beijando seu pescoço e enlaçando nossas mãos, mas seu corpo se enrijeceu de repente e então ele soltou as separou, e se virou para mim.
Nossos olhos se encontraram e pude notar lágrimas nos seus. Minhas mãos tentaram chegar até seu rosto para afagá-lo, mas ele se afastou, se abaixando para pegar suas roupas.
- Meu amor... - disse enquanto fechava minhas calças. Louis apenas me fitou, colocando sua jaqueta, secando uma lágrima que não hesitou em cair.
- Harold. - engoliu em seco, encostando-se a porta. - Foi um... Erro. - abriu a porta e sem olhar para mim, apenas disse: - Melhor frigirmos que nada disso aconteceu. Desde sempre. - e me deixou ali, mais uma vez, me pedindo o impossível

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