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HELLO SHAMELLERSSSSS!!!!! Desculpem a demoro DE NOVO, mas agora os vestibulares estão batendo na porta, aliás ENTRANDO SEM PEDIR! E ta bem foda pra mim :( Mas já que está tendo muito larry por esses dias e ainda essa letra linda de Ready To Run, estou totalmente inspirada e escrevi esse capítulo hoje. Prometo que farei de tudo para soltar o próximo.
Obs.: MUITO OBRIGADA PELAS 1K VIEWS!!!! ISSO SÓ ME INCENTIVA MAIS! Valeuzão gente! E pra quem perguntou, meu user no twitter é @loutominelinson, mas já aviso que troco constantemente hahaha.

:-)

Seus cabelos estavam feitos numa bagunça molhada, enquanto ele tentava controlá-la com a toalha.
- Me chamou... - a voz fina de Eleanor sumiu junto de sua cor assim que me vira parado a porta. Seus olhos me fitavam assustados, como quando se pega uma criança fazendo o que não deve.
- Ouvi a porta se abrindo e... - suas íris azuis se encontram às minhas verdes avermelhadas pela força que fazia para controlar as lágrimas - Harry?
A tensão se firmou ao ambientes sufocando o que sobrara de ar em meus pulmões fracos. Minhas pernas falharam, minha visão escurecessera por alguns segundos, até que sentisse meu corpo sendo sustentado pelos pequenos e delicados braços de Louis.
- Oh meu Deus, Harry! - exclamava enquanto me guiava até o que notei segundos depois ser a cama - O que diabos você está fazendo aqui? Olha seu estado! Não se aguenta em pé, você está tão pálido quanto já é. - exclamava com seu sotaque mais acentuado que o normal indicando que ele estava bem nervoso. - Eleanor, chame alguém, por favor!
- Não, por favor... - falei baixo, economizando o pouco ar que restava em mim. - Só precisava falar com você... E não podia ser por telefone... Mas vejo que está ocupado... - disse me referindo a sua companhia. Entendendo o que dizia, apenas assentiu a Eleanor para que nós deixássemos a sós por algum tempo, o que acabou fazendo, saindo do quarto logo em seguida.
- Cacete, Harry! Você não podia esperar? Você não está em condições para coisa alguma!
- Você me chamou de Harry... - meus lábios se curvavam num sorriso fraco, porém cheio de esperança.
- Esse é seu nome, não? - sua voz trêmula tentou disfarçar sua vergonha, mas seu rosto corado o entregou.
- Você não me chama assim há um tempo... - inclinei mais meu rosto que repousava em seu colo, sentindo seu cheiro que ainda impregnava minhas roupas, digo até que minha pele já cheirava a uma mistura enibriante de nós dois.
- Tenho meus motivos... - sua voz já não passava segurança, ainda mais com sua feição fechada numa carranca dolorida, com os olhos e os dentes fortemente cerrados.
- Conte-me um. - podia sentir seu peito subindo e descendo acelerados, enquanto me rastejava para mais perto de seu rosto. - Apenas um.
- Porque... Toda vez que te chamo assim... Seus olhos brilham como luzes de natal... E refletem lembranças de meu primeiro aniversário juntos... Que na verdade passamos longe um do outro... E eu achei que não conseguiria sobreviver sem você... Por três dias... Mas eu tive que aprender a fazer pior... Aprender a fazer o mesmo por três anos... Talvez três séculos... Ou até quando eu não aguentar mais. - sua respiração ofegante cortava suas palavras, o que só dificultou para que eu as digerisse.
- Seja mais direto. - disse próximo de seu ouvido. - Por favor, Lou.
Nada era preciso ser proferido quando seus olhos se fixaram aos meus e então desceram aos meus lábios. - Harold... - suas mãos acariciavam reciprocamente as minhas que estavam apoiadas em seu peito.
- Só você me chamava assim... - soltei uma risada dolorosa, o que o fez me aproximar mais de seu corpo.
- Meu Deus, Harold, você ta bem? - nossos rostos estava muito próximos, e já não tinha mais palavras para descrever como estava, então apenas aproximei mais meus lábios aos dele, rosando levemente nos seus. - Há tempos não me sinto tão bem.

-x-

Despeitei por volta das nove horas da manhã e ainda estava nos braços do meu pequeno. Ele envolvia parte de sua coxa direita sobre a minha, e seus braços faziam uma espécie de casulo ao redor de mim. Dessa vez quem repousava em seu peito era eu, diferente do habitual. Fazia muito tempo que não ficávamos assim, só nós dois, serenos... Até parecia que nunca tivemos que ficar longe um do outro, mas a partir de agora sei que recuperaremos todo esse tempo perdido.
Me mexi com cuidado para não acordá-lo e me movi lentamente até o banheiro. Meu reflexo no espelho ainda mostrava o quão delicado meu estado era, mas já parecia muito mais saudável do que na noite passada. Era como se assim que os braços de Louis me envolveram, os remédios todos que tive que tomar fizessem um efeito milagroso. Eu sempre soube que minha única cura se encontrava nesse homem.
- Não! - Corri a cama onde Louis escorria suor, enquanto se debatia por entre os lençóis.
- Lou... Louis, acorde. - O tocava com delicadeza na tentativa de despertá-lo. - Meu amor, por favor, acorde...
- Harry! - ele gritou me envolvendo forte em seus braços suados. - Meu Deus! Como é bom te ver...
- Louis, calma, eu to aqui. - Me afastei um pouco para olhar em seu rosto corado. - Está tudo bem?
- Se melhorar estraga! - disse brincalhão me agarrando de novo.
- O que você estava sonhando? - me esquivei novamente, ficando um pouco mais longe.
- Nada demais... Ér... Quer tomar café agora? - seu comportamento era nervoso, inquieto, como se não quisesse tocar no assunto, deduzi que não era algo bom de se lembrar, então dei de ombros. - Vou tomar uma ducha, tudo bem?
- Claro, vá lá, meu amor. - seus passos pararam na porta da suite e um singelo sorriso surgiu em seu delicado rosto enquanto me encarava por alguns segundos. - Quer que eu peça serviço de quarto? - indaguei tímido sob seu olhar.
- Não, não. Vamos comer com os meninos. Aliás, eles sabem que você está aqui? - neguei com a cabeça. - Alguém sabe que você está aqui?
- Só Paul, você e... Onde está Eleanor?
- Nossa, esqueci totalmente dela... - se repreendeu. - Por favor, tente localizá-la enquanto tomo uma ducha?
- Claro! - sorri para ele enquanto pegava o celular discando o número de Eleanor.
- Harry! - a voz aguda atendeu-me entusiasmada.
- Eleanor?
- Nossa, estava quase indo até o quarto de vocês para saber se não tinham fugido! - sua voz estava animada demais, e já não tinha certeza se tinha discado o número certo. - Me diz que ao menos que se acertaram!
- Ér... Sim...
- Ai graças a Deus! - exclamou - Posso te confessar algo, Harry?
- Pode sim!
- Apesar de todo contrato, eu acabei me apaixonando por Louis... Mas não me entenda mal. Você mais do que ninguém me entende... Ele é uma pessoa adorável, e foi por tanto tempo... Mas eu sempre torci por vocês dois.
- Ér... Obrigado... - gaguejei.
- Eu falo sério! Nunca vi um amor tão forte, e só eu sei o quanto ele sofria longe de você... - sua voz parecia realmente triste em pensar na infelicidade de Louis. - Sei bem que ele voltou atrás a ficar comigo para te esquecer e até não te dar esperanças a mais, porém...
- Porém o que?
- Desculpe, Harry, mas isso tudo quem tem que te falar é ele... Só queria que soubesse que estou do lado de vocês, para tudo!
- Muito obrigada, de verdade! - bufei. - Ah, quase me esquecia, onde você dormiu essa noite? Louis ficou bem preocupado. Quero dizer, ficamos. - ri sem graça.
- Relaxa! Expliquei tudo pro Niall e ele me deixou dormir lá. - respondeu - Espero que não tenha problema...
- Não, não! Imagina... Nós vamos tomar café-da-manhã com eles, de qualquer forma irão saber.
- Ah, então está tudo ótimo! Daqui a pouco nos vemos?
- Sim, sim...
- Até mais.
- Até.
Encerrei a ligação e pousei o celular sob a cabeceira da cama. Reparei que Louis ainda estava no banho, e então fui até lá contar sobre minha recente e estranha conversa.
- Lou, falei com Elea... - meus olhos pousaram sob a pequena curva acentuada das costas de meu pequeno. Talvez fosse a saudade, ou não, mas sua pele estava mais bronzeada e convidativa sob a água quente do chuveiro.
- Harry? - despertou-me do transe, com um olhar malicioso, e sentia que desmaiaria a qualquer momento. - Estava quase saindo, mas já que você está tão fraquinho, talvez seja melhor eu te dar uma mãozinha.
Minha calça de moletom já parecia ter dois número a menos ao redor de minha cintura, o que me fez soltar um grunhido, e me apoiar a soleira da porta para arrancá-la. Assim que minhas roupas já estavam juntas as de Louis ao chão, caminhei até o box.
- Eu vou cuidar de você, babe. Como sempre. - Sua mão enroscou-se em meus cachos servindo de apoio para que seu rosto viesse até o meu e nossos lábios se encontrassem num beijo suave. Meus braços envolveram sua cintura com desespero, tentando saciar todo o desejo que se reprimia dentro de nossos corpos.
- Vá com calma, aí Curly Boy. Falei que ia cuidar de você, não te mandar de volta para o hospital. - gargalhou. Suas pequenas mãos se espalmaram em meu peito, me encostando na parede para que tivesse sustentação. Nossos olhos se fixaram um no outro por cerca de um minuto e pude ver neles o mesmo que certamente via nos meus: amor. Isso definia exatamente o que envolvia nossa história, o amor.
Sua boca envolveu a minha num movimento havido por calor, meu calor corporal. Nossos corpos se fundiram, como que se nossas tatuagens que se complementavam, se juntassem aos seus devidos pares, assim como nós dois. Minhas mãos viajavam por todo seu pequeno corpo curvilíneo, famintas por mais, famintas por ele. Envolvi sua bunda com minhas mãos, as quais se encaixavam perfeitamente a ela, o que o fez rugir em meio ao beijo, e causou certa reação em meu corpo.
- Certamente alguém precisa de uma ajudinha em algo, não? - Suas mãos desceram por meu abdômen lentamente, se aproveitando do caminho para deixar leves arranhadas por onde deslizava, até chegar em seu destino. Meu membro já estava dolorido e pulsava por entre as mãos de Louis. - É aqui que dói, é? - Ele movimentava as mãos de minha glande até meus testículos, enquanto ficava nas pontas dos pés e mordiscava o lóbulo de minha orelha. - Hein? - Acelerou os movimentos, forçando seus dedos mais ainda por volta de minha base.
- É... Ai... - ofeguei suplicante.
- Bom menino... - Deu um tapa em minha bunda se arrastado até se apoiar no joelhos. Podia sentir seus olhos queimando em meu corpo, até voltar aos meus. - Minha boca ta meio salgada, talvez você pudesse adoçá-la um pouco... - Sua língua rosou na cabeçinha do meu pau, e senti como se pudesse desmaiar ali mesmo, agora!
- Te dou... o que você... quiser...
- Fala! - ordenou - Você sabe...
- O que você quiser, daddy...
- Ah se você estivesse saudável o suficiente... - Sem hesitar, Louis abocanhou-me com pressa, e não contive um gemido alto. - Isso... Geme pro daddy...
- Não para! - enrolei seus cabelos em meu punho, empurrando sua cabeça de volta. - Ah, porra! - Seus movimentos estavam rápidos e ágeis, e sua língua envolvia-me todo demonstrando o quanto sentia falta de mim por entre seus dentes. Ele apertou minha bunda com força, e iniciei um movimento de vai e vem com meu quadril, e o ouvi gemer entre suas chupadas.
- Mais... Geme mais... - implorei.
- Como que pede?
- Geme pra mim, vai, Daddy! - Ele começou a grunhir lentamente, como um gatinho manhoso por carinho, manhoso por leite... - Ah, cacete! Eu vou gozar, eu vou... - Minhas pernas enfraqueceram-se e cai em seu colo.
- Estava faminto! - disse subindo em minha cintura - Parecia que eu não me alimentava à uns... Três anos...

-x-

Terminamos o banho, e nos trocamos rapidamente, pois estava morrendo de fome. Os meninos já nos esperavam na sala de refeições do hotel, e por conta dos "cuidados de Louis", acabamos nos atrasando.
- Você pegou a chave? - perguntei a ele.
- Já peguei os celulares e sua carteira, folgado!
- Você disse que iria cuidar de mim... Que péssimo médico! - gargalhei.
- Não foi o que você disse a minutos atrás, seu mentiroso!
- Não! SEU mentiroso... - sorri de canto e lhe dei um selinho. - Já volto, pode indo chamar o elevador.
Entrei no quarto e procurei pelas chaves do carro de Louis, e as do dormitório. Encontrei junto das dele, as do carro de Gemma e achei melhor pegá-las e dar a algum segurança para que as entregasse a ela na casa de Anne. Tranquei nosso quarto, e avisei Louis conversando com um elegante moço de cabelos grisalhos em frente ao elevador. Apertei os passos e quando o mesmo homem me avistou, se despediu de Louis, o que o fez virar-se para mim.
- Quem era? - questionei.
- Um fã. Nada demais.
- Ele não tinha cara de ser fã.... Louis, quem era?
- Temos fãs mais velhos sabia? - Ele tentava desconversar, mas seu rosto estava mais corado que o normal, e seus olhos pareciam marejados.
- Então tá! - bufei - Vamos sair com seu carro depois, né? Peguei as chaves. - Seus olhos estavam direcionados a porta do elevador, mas era como se ele não estivesse presente naquele momento. - Louis!
- Oi! Ah, minhas chaves. Obrigado! Vamos? - falou, entrando no elevador.
- Me fala o que está acontecendo! Você ta inquieto, e eu sei quando você quer chorar! - Ele olhou atento aos números dispostos no elevador e apertou o que direcionava a garagem. - O que a gente vai fazer na garagem? Não íamos tomar café com os meninos? - Era como se estivesse falando sozinho, pois nada saia de sua boca. - Louis, caralho! O que aconteceu?
- Você não entende... - Louis murmurou dando as costas para mim assim que saímos do elevador.
- Então me explica, porque eu já estou cansado de tentar te entender! - explodi num impulso, fazendo-o parar onde estava ainda de costas para mim.
- Você quer mesmo saber? - sua voz era sombria, baixa como um miado medroso, mas sua pose demonstrava que quem devia estar com medo era eu. - Não posso dizer que tudo o que senti por você foi tão forte ao ponto de ser chamado de amor. Paixão sim, e que paixão, não? Eu na verdade queria era ter você por perto, ter sua atenção, porque naquele momento você era o que eu mais tinha "intimidade" no grupo. Mas eu acabei tendo uma atração que até hoje não consigo explicar pra mim mesmo! Eu te provoquei, te aticei, porque precisava te ter, mas quanto mais te provava, menos satisfeito ficava, e você também já estava cada vez mais desejoso por nós que nem disfarçar conseguia. - meu peito ardia como se no lugar de meu coração fosse posto uma rocha pulsante coberta de lava quente, e a dor era de um ferimento aberto, mal cuidado, exposto, assim como eu estava naquele momento. - E foi ai que nossos agentes intervieram, e assim como eu já havia dito para fazermos, pediram para sermos mais discretos, mas eu sabia que você não conseguiria... - ele virou levemente a cabeça para me encarar de lado, mas assim que o fez, apenas encarou o chão - E eu já não podia seguir com isso tudo... Não podia... Te iludir mais... - sua voz era fraca, chorosa, mas certamente sua dor não era metade da que eu sentia agora. - E... Ontem... Hoje... Foi só mais um deslize... Mais um erro.
Antes que eu pudesse me defender ou ao menos tivesse tempo para o oxigênio voltar a circular pelo meu corpo, ele voltara a caminhar em direção ao seu carro. Minha visão era turva, meu olhos estavam embaçados, bagunçava meus cabelos nervosamente enquanto lágrimas dolorosas escorriam sem que eu conseguisse controlá-las. Enterrei meus punhos raivosos na porta do elevador, e quando a adrenalina nervosa se esvaiu por entre meus socos, tive que apoiar meus cachos bagunçados ali mesmo, até escorregar de joelhos no chão, pois a fraqueza já me dominara. Eu tinha que admitir, eu era fraco sem ele. Antes dele eu era apenas alguém qualquer, aí ele apareceu e eu descobri a vida, e desde então não sabia mais o que era Harold sem Louis. Apesar da nossa distância, todos os obstáculos colocados, a gente sempre estava junto, próximo, e no final, acabávamos atraídos um para o outro, mas agora... Eu nunca sentira ou imaginara um final para a a nossa história, mas agora eu só consigo sentir o frio que o vazio dele me deixou, sem que eu pudesse entender ao menos o porquê.

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