Capitulo 5 : Livre

14 3 0
                                    


---------------------------------------------------------------------

Uma semana havia se passado desde que eu havia feito aquela proposta para Heitor e ele havia negado, ele havia com certeza me surpreendido ao mesmo tempo em que fiquei com raiva por sua negativa eu fiquei extremamente feliz por ver que ele não havia sido corrompido como eu tinha sido.

Respirei fundo, uma semana que eu estava jogando um jogo muito divertido e sádico. Guilherme Marques, mais conhecido como GM e filho do prefeito da cidade estava oficialmente morto, claro que eu prolonguei sua vida e seu sofrimento o quanto consegui, mas agora já estava na hora de deixa-lo morrer e deixar Ana Vitoria livre dos seus medos.

Guilherme havia pagado por seus crimes não tanto quando deveria, mas o suficiente para servir de exemplo para a cidade, seu corpo claro estava totalmente irreconhecível, todavia como eu havia prometido para Heitor que deixaria algo para que reconhecessem o corpo eu fiz questão de que ele fosse desovado com a arcada dentaria intacta e com seus documentos que estavam com ele no momento que havia sido capturado.

Por meio de uma denuncia anônima um corpo dentro de um saco plástico jogado em um canal perto da periferia da cidade havia sido encontrado e como Guilherme era o típico playboy, que usava drogas, bebia e costumava desaparecer atrás de confusão o prefeito nem se quer havia dado falta do filho e isso era um bom motivo.

Nesse momento eu estava com Heitor tomando uma xícara de chá na sua casa, como havíamos chegado nesse consenso? Eu não fazia a menor ideia, porem tudo havia começado um telefonema dele pedindo para que conversássemos e eu acabei aqui sentada em seu sofá com uma xícara de chá na mão dando risada das trivialidades que ele estava falando enquanto o mesmo tomava café. Eu sabia que isso era totalmente clichê e coisa do Chaves, mas sinceramente eu não ligava.

- Heitor.- chamei quando seu celular começou a tocar.

- Eu preciso atender é da delegacia. – avisou pegando o aparelho.

Nesse momento tive um movimento involuntário e coloquei minha mão na sua para impedir que ele atendesse, mas uma sensação inesperada aconteceu e eu retirei imediatamente, era como se uma corrente tivesse passado de um corpo para o outro e retornado com uma intensidade inexplicável.

- Espere. – pedi. –Tem duas coisas que preciso te contar antes que você atenda essa ligação. – por um momento eu respirei tomando coragem para revelar para ele. – Aqui esta. – disse retirando um dossiê da minha bolsa. – Essas são as provas que você precisa para ligar o corpo ao caso de Ana Vitoria.

- Eu..

- Eu sei que você não pode usar essas provas por que não tem como justificar a origem delas por isso garanti que quando você começasse a investigar essas provas apareçam para você, tudo que esta aqui também estará facilitado para que seus homens encontre, estou apenas lhe entregando para que você esteja ciente de toda podridão que vai encontrar quando começar a investigar a vida desse rapaz.

- E qual a outra coisa?- questionou ainda segurando o dossiê.

- Eu sei que eu deveria ter revelado para você naquele dia, mas preferi esperar um pouco. A identidade do estuprador é Guilherme Marques. – revelei por fim o encarando.

Seu rosto adquiria uma expressão de incredulidade, ele não acreditava de quem realmente se tratava.

- Você não pode estar falando serio. – afirmou se sentando no sofá. - Eu sei que ele não era boa pessoa, era envolvido com droga porem chegar nesse ponto? Violentar alguém?

SANTORINI - Ficar ou Fugir?Onde histórias criam vida. Descubra agora