𝐀 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐄𝐒𝐀 𝐃𝐎 𝐑𝐄𝐈𝐍𝐎 𝐏𝐄𝐑𝐃𝐈𝐃𝐎 [LIVRO 01]✓

𝐈𝐈.Quem é ele?

BEATRIZ

    JÁ FAZIA UM tempo depois que eu falei com o Castiel. Já era 7 horas e o nosso "encontro" era as nove. Eu falo encontro com essas aspas, pois algo em mim sempre grita para não confiar de primeira, a última vez que confiei de primeira me dei mal e eu não quero que isso aconteça de novo, aquele foi o dia que eu prometi que nunca mais me apaixonaria, pois o amor não existe, é só uma palavra que não vale de nada na boca de algumas pessoas. Saio dos meus pensamentos com a minha tia me chamando.

— Beatriz você tem visita!

     Levanto da cama e franzo cenho confusa.

— Já estou indo.

     Quem será? Não conheço mais ninguém nessa cidade, a não ser a Rosa e o Castiel. Penso isso ao sair do quarto. Desço e me deparo com a minha tia conversando com um garoto de cabelos castanhos, olhos cinzas, suas roupas eram perfeitamente alinhadas, usava uma calça jeans preta e uma camisa azul clara. Nossa, ele é bonito para caramba, parece um príncipe. Rio com esse pensamento ao descer o último degrau e ir até a sala.

—Beatriz minha querida esse é o Henry, Henry essa e a prin... – ela pigarreou — Quer dizer a minha sobrinha Beatriz.

Ele sorri e se aproxima de mim.

— Olá Beatriz é um imenso prazer conhecê-la

    Estendo minha mão para cumprimentá-lo, quando ele pega minha mão dá um beijo na mesma, primeiramente de que século ele é, e segundamente que fofo.

— Oi Henry o prazer é meu também -respondo.

— Beatriz querida, o Henry é filho de uns amigos meus, ele vai passar um tempo morando com a gente e ele vai estudar na mesma escola que você. - disse minha tia animada.

—O quê?! -grito e depois suspiro — Primeiramente que amigos? Você não tem amigos e segundamente como assim?! Terceiramente agora sim... o quê!? - grito no final .

    Eu não sei por quê minha reação foi essa, mas alguma coisa dentro de mim não gostou muito dessa notícia, como se ele tivesse trago consigo algo que pudesse mudar toda a minha vida e, isso me dava medo. Eu sei que é estranho, minha vida já é estranha por si só para ter mais esses pressentimentos.

—Pare de gritar! Sim, eu tenho amigos, ele vai morar aqui com a gente porquê eu me ofereci.

—Isso justi... - o rapaz em minha frente me interrompe.

—Os meus pais morreram senhorita.

    Ele fala meio triste, com isso meu coração derreteu, me lembrei dos meus pais que morreram também. Sei como ele deve estar se sentindo, pois passei e ainda passo isso na pele desde de pequena.

—Eu sinto muito mesmo e, pode ficar o tempo que precisar, tá? - digo com um sorriso triste. Em seguida olho para minha tia — E tia me desculpe por gritar. -ela assente com um sorriso.

Logo, me lembro que não contei sobre meu encontro com o Castiel.

— Ah e outra coisa eu vou sair com colega hoje, o Castiel. -digo.

—T-Tipo um encontro!? - Ela me olha surpresa.

   Não entendi sua reação. Ela sempre foi a primeira a me incentivar a ter amigos, nas outras cidades que moramos.

—Não, não mesmo ele é o irmão de uma garota que eu conheci hoje e, você sabe que eu nunca mais vou gostar de ninguém. Nunca.

   Essa foi a minha resposta. Um pouco rude eu sei, mas estou nervosa, nunca fui boa em fazer amigos.

    Com essas palavras, subo quase que correndo para o meu quarto. Quando chego olho a hora. Era 8:30 por aí, então tomei banho e vesti uma roupa que escolhi.

    Uma blusa branca de manga, um short saia preto com uma pequena abertura na coxa. Um salto baixo, pois nunca fui boa com saltos altos, já perdi as contas de quantas vezes já caí usando um. Um colar dourado em forma de lua. Sempre adorei esse colar, foi um presente da minha tia no meu aniversário de 15 anos. Vou até a minha penteadeira e faço uma trança no meu cabelo, mas deixo uma mecha solta. Me olho mais uma vez no espelho. É até que que dá para o gasto.

    Após isso, saio do meu quarto e me deparo com um paraíso em pessoa.