𝐀 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐄𝐒𝐀 𝐃𝐎 𝐑𝐄𝐈𝐍𝐎 𝐏𝐄𝐑𝐃𝐈𝐃𝐎 [LIVRO 01]✓

𝐕𝐈.Como eram meus pais?

EU ESTAVA EM meu quarto lembrando da noite passada quando saí com Castiel. Pensando sobre isso um sorrisinho bobo se formou em meu rosto. Conhecer ele de verdade fez com que meu coração batesse rápido no peito, sentisse meu estômago fazer cócegas. Me olho no espelho ainda sorriso, mas logo desfaço o sorriso. Não Beatriz de jeito nenhum, para de pensar nele, foi só encontro entre amigos nada mais.
Mas será que ele ia me beijar mesmo? Se o Henry não tivesse chegado... Eu.... impediria ele com certeza!

Bom, eu estava sozinha em casa, pois o Henry havia saído e, minha tia também. Mas o estranho é que ela saía sempre diariamente nesse horário, toda vez que ela sai fico muito curiosa para saber onde ela deve estar indo e, sempre quando ela volta eu vejo pela porta do seu quarto, a mesma fica escrevendo alguma coisa, no caderno que fica ao lado da sua cômoda.

Enfim, sozinha em casa, aqui nesse quarto sem nada para fazer, as vezes mexendo no celular ou lendo algum livro, veio na minha cabeça ir ao quarto da minha tia e foi isso que eu fiz.

Sim, sou curiosa. Bem, muito. Saiu do meu quarto e vou em direção ao seu quarto, que no caso é em frente ao meu. Entrando lá eu fiquei deitada na cama mexendo nas gavetas, até que me levantei da cama e fui ver o armário dela, fiquei mexendo em algumas coisas dela, como as joias dela e fotos antigas nossas. Até que caiu uma caixa no chão e, essa caixa estava em cima do armário dela. Eu não havia tocado nela, ela simplesmente caiu sozinha, sem eu mesmo tocar nela.

Certo, estou morrendo de medo agora. Essa casa sempre teve uma energia ruim, desde que eu era pequena.

Depois de levar um susto daqueles me levantei e peguei a caixinha, na hora que eu fui abrir escutei a minha tia subindo as escadas.

Na mesma hora eu guardei a caixa lá em cima, guardei tudo que eu estava mexendo arrumei a cama dela e saí correndo para o meu quarto.

Demorou um tempo para minha tia entrar no meu quarto, mas logo bateu na porta e entrou.

—Oi tudo bem? O Henry não chegou? -pergunta sentando ao meu lado na cama.

—Sim estou. Ah o Henry não chegou ainda -digo

Depois de um tempo ela perguntou como foi meu dia e, eu disse que foi normal. Mas sempre tentava mudar de assunto, queria descobrir alguma coisa do local onde ela poderia ter ido, mas ela como sempre disse que não era nada.

Enfim, logo eu perguntei uma coisa que estava pensando essa semana. Algo que eu sempre perguntava quando criança, mas parei de perguntar pois não queria ver minha tia triste.

—Tia como eram meus pais? -pergunto a olhando.

—Ah... Seu pais? – disse ela meio confusa olhando para os dedos.

Ela sempre tenta se esquivar do assunto. Não culpo, deve ser doloroso lembrar da irmã, tia Mariana sempre diz que elas eram inseparáveis, contavam tudo uma para outra. Não queria fazer ela reviver coisas ruim do passado, mas eu precisava saber sobre eles.

—Sim! -digo persistente.

Ela suspira.

— Bom,  -ela abre um sorriso — seu pai era um herói, era muito corajoso, muito bonito. Seu pai era um bom homem -disse olhando para o nada, como se estivesse lembrando.

— Um herói? – sorrio também — Meu pai, ele exercia qual profissão? Ele era médico, bombeiro? -pergunto curiosa me aproximando dela.

— Seu pai era um... -ela tosse limpando a garganta —Um médico, isso ele era um médico. -disse

Nossa, um médico. Não é atoa essa minha fascinação por essa profissão, ai como eu queria ter conhecido ele, teria aprendido várias coisas.

—E a minha mãe?

—Ah, sua mãe era linda. Vivia sorrindo, -sorriu outra vez com lágrimas nos olhos — era maravilhosa, eu amava sua mãe, ela sempre foi a minha melhor amiga, bem a única -disse enxugando as lágrimas.

Seguro sua mão e faço um carinho. Havia outra coisa que queria perguntar, era sobre o acidente. Minha tia disse que eu estava no carro, na cadeirinha. Mas eu tenho flashes de memórias, desde que voltei a morar aqui. Lembro de olhos azuis me olhando com lágrimas nos mesmos, mas ainda assim carregava um lindo sorriso no rosto. Via também muita, mas muita escuridão e, às vezes isso me apavorava.

— Tia? -ela me olha — Eu sei que não gosta de falar do acidente, mas eu venho tendo flashes de uma pessoa com olhos azuis e um sorriso lindo, mas cheio de dor

Minha tia olha para os lados, como se quisesse trocar de assunto outra vez.

— Não tem como você se lembrar disso -disse fitando o chão — Você era só um bebê, deve ser coisa da sua cabeça -disse finalmente me olhando.

— Mas tia...

— Mas nada! -ela puxa sua mão da minha —Por favor, não volte a falar sobre isso

Assinto.

— Perdão tia, é só que eu queria saber mais sobre eles, por acaso você não teria uma foto deles?

Ela sorri.

— Hoje é seu dia de sorte. Eu tenho sim mas, são eles de costas no dia do casamento deles

Ela se levantou e abriu meu guarda roupa. Tirou lá de cima algo que parecia ser um álbum de fotos. Certo, mas uma coisa estranha para lista, nunca havia visto esse álbum ali, e eu abro esse guarda roupa toda manhã. Ela tirou a foto que queria e me mostrou.

Na foto eles estavam abraçados, o vestido branco da minha mãe era linda, seu cabelo ruivo e longo estava solto. Meu pai estava com o mais lindo terno cinza. No céu estava cheio de estrelas, o que fazia aquela noite seja mais linda. O que eu achei estranho foi que minha mãe e meu pai usavam um coroa na cabeça, eu ia perguntar, mas não queria aborrecer mais a minha tia.

—Eles estão lindos aqui -digo com lágrimas nos olhos.

Depois de muita conversa e lágrimas nós fomos jantar. Depois de um tempo Henry chegou, depois disso eu fui dormir, pois amanhã vai ser um longo dia na escola. Também vai ser o primeiro dia do Henry na escola.

☆

CONTINUA...

Desculpa a demora o meu teclado pifou e não deu para escrever, mas então estou escrevendo agora.

Um beijão da Tiapetrova 💜