11 x 04 - Baby

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Não sei vocês, mas eu sempre fiquei imaginando como foi a história de Sam com a Piper no ep "Baby", então me aventurei a escrever um imagine. Espero que gostem <3 

Piper and Sam ~

Uma noite tediosa e cansativa, um sábado a noite perdido por conta do trabalho. Não que eu fosse fazer grandes coisas no dia de hoje, mas estava louca por uma cerveja e não via a hora que Shelley, a garçonete que iria me substituir, chegasse.
Eu trabalhava em um restaurante 24 horas, eram exatamente 21:30 da noite quando chequei o meu relógio e como de costume tinham pouquíssimos clientes, não era um horário de muito movimento, por isso eu era a única garçonete no local. Eu entregava os pedidos a Bill, que tocava a sineta quando estavam prontos para que os servisse.
Anotei o pedido de um casal e entreguei a Bill, voltando para meu livro de romance que estava jogado em cima do balcão, li por alguns minutos até que o barulho da porta me chamou atenção.
Olhei rapidamente achando que era Shelley, mas me deparei com algo melhor; um homem alto e muito bonito havia adentrado a lanchonete e ocupado a mesa 7, que era justamente a mesa para qual eu estava de frente. Irônicamente 7 sempre foi meu número da sorte.
Antes que ele pudesse notar que eu estava o analisando voltei a olhar para o meu livro, ouvindo em seguida um pigarro. Larguei meu livro e peguei meu bloco de notas, indo na direção da mesa dele, que parecia me analisar agora.
-O que deseja senhor? –Perguntei, aproveitando a chance para olhá-lo mais de perto. Meu Deus! Ele era realmente lindo. Seus olhos esverdeados fitaram os meus e eu deixei um sorriso escapar.
-Eu nunca vim aqui, estou um pouco indeciso sobre o que devo pedir. –Ele também sorriu. –O que você me indicaria, Piper? –Ele leu meu crachá, me fazendo sorrir ainda mais.
-Hum... Deixa eu ver. –Fiquei pensativa por alguns instantes, ainda o observando. –Eu gosto muito das costelas com batatas.
-Então eu quero costelas com batatas. –Ele respondeu, ainda me olhando, parece que o interesse era mútuo. Neste mesmo instante, nossa troca de olhares foi interrompida pelo barulho da sineta, o pedido do casal estava pronto.
-Já volto. –Xinguei mentalmente, anotando o pedido em meu bloco de notas e corri na direção da pequena janela que ficava entre a cozinha e o balcão, colocando o pedido dele, pegando o dos clientes e só então me dando conta de que havia me esquecido de perguntar se ele queria beber algo. Entreguei o pedido do casal e voltei na mesa com um sorriso de constrangimento. –Me desculpe senhor... –Eu ia dizendo quando fui interrompida.
-Sam. –Ele deu um sorriso simpático.
-Certo... Sam. –Neguei com a cabeça dando um sorriso tímido. –Vai querer algo pra beber? –Terminei de perguntar e ouvi a porta abrir, desta vez era Shelley. Ela me lançou um olhar de "desculpa pelo o atraso" e depois arqueou as sobrancelhas ao ver o cliente. Droga Shelley, você não poderia demorar só mais um pouquinho?
-Um suco de maracujá. –Ele respondeu depois de um longo suspiro. –Preciso relaxar.
-Ok. –Respondi anotando. –Longo dia?
-Aham. –Ele afirmou.
-Te entendo. –Também suspirei. –Não vejo a hora de sair daqui, felizmente você é meu último cliente. Já volto com seu pedido. –Dei meu melhor sorriso e me afastei dele, voltando para meu lugar atrás do balcão, onde fui abordada por Shelley que parecia histérica.
-Meu Deus que homem! –Ela sussurrou pra mim.
-Né? –Concordei, dando mais uma checada nele e percebendo que ele ainda me olhava.
-Parece que ele gostou de você. –Ela me deu uma cotovelada, me fazendo corar.
-E eu dele. –Dei um sorriso malicioso. –Só saio daqui quando terminar de servi-lo.
-Danadinha... –Ela disse e nós gargalhamos.
-Mas eu vou organizar minhas coisas, enquanto isso, divirta-se atendendo os demais clientes que aparecerem. –Lancei uma piscadela para ela que fez uma cara de insatisfação. –Obrigada pela demora.
-Disponha. –Ela brincou, pegando um pano.
Fui até ao banheiro onde me olhei no espelho para ter certeza de que estava tudo certo, passei um pouco mais de perfume, me xingando mentalmente por não ter trazido uma troca de roupas. Não demorei muito, porque se não poderia perder a chance de servi-lo novamente.
Fiquei no balcão fazendo tempo com Shelley até que a sineta finalmente tocou.
-Boa sorte. –Ela me disse.
-Valeu. –Respondi sem fazer nenhum som, pegando as costelas com batatas e o suco. Coloquei tudo em sua mesa, recebendo um sorriso de agradecimento. –Espero que o suco faça efeito. –Brinquei.
-Eu também espero. –Ele respondeu, dando sua primeira garfada em seguida. –Está uma delícia, boa escolha.
-Tem mais alguma coisa que eu possa fazer por você? –Perguntei, rezando por uma resposta positiva.
-Não, obrigada.
-Ok então... –Um sorriso malicioso escapou dos meus lábios ao perceber que ele não tinha nenhuma aliança. –Uma cerveja também faz maravilhas pra quem precisa relaxar. –Virei de costas para voltar pro balcão e parei quando ele me perguntou algo, me fazendo virar em sua direção novamente.
-É o que você vai fazer agora? 
-É o que pretendo. –Assenti com a cabeça, voltando para o balcão e guardando meu livro em minha bolsa. Demorei alguns minutos dentro do depósito e fingi ter algo de importante para conversar com Shelley apenas para fazer hora. Ajudei ela com a louça e ao perceber que ele nos olhava, Shelley aumentou um pouco o tom de voz.
-Ah mas você vai beber sozinha? Que chato!
-É um pouco chato sim, mas não tenho escolha. –Entrei no jogo dela.
-Ah mas você é bonita, vai encontrar alguém que te interesse num piscar de olhos.
-Quem sabe... –Respondi vendo ele levantar para pagar e então peguei minha bolsa disfarçadamente, observando ele se aproximar do balcão. –Bom trabalho querida! –Me despedi.
-Boa sorte! –Ela piscou pra mim.
-Valeu! –Eu sorri e então o olhei. –Boa noite, Sam.
-Boa noite, Piper. –Ele revidou o sorriso, me olhando até que eu saísse do estabelecimento. Segundos depois, recebi um sms de Shelley dizendo que teve que chamá-lo atenção para entregá-lo o troco. Não demorou muito para que ele aparecesse do lado de fora também.
-Ainda por aqui? –A voz dele me assustou.
-Sim, vou chamar um táxi. –O olhei. –O suco ajudou?
-Bem pouco.
-Talvez uma cerveja faça efeito melhor. –Eu disse e ele negou com a cabeça, sorrindo.
-Vai em qual direção? –Ele me lançou um olhar que demonstrava interesse.
-Ainda estou decidindo. –Virei na direção dele, aqueles lindos olhos me encaravam de novo e eu coloquei meu cabelo atrás da orelha. –Algum lugar pra me indicar?
-Que tal fazer companhia a um cliente solitário? –Ele perguntou. –Não sou da cidade.
-Se esse cliente solitário quiser minha companhia porquê não? –Nós dois sorrimos e fomos dar uma volta. –Então, Sam o que faz na cidade? –Perguntei, encarando o chão por alguns segundos.
-Absolutamente nada. –Ele respondeu, fazendo com que eu arqueasse as sobrancelhas. –Só estou de passagem.
-De passagem? Vai ficar quantos dias?
-Provavelmente só esta noite. –Ele respondeu, parando na frente de um bar chamado Roadhouse, onde encostou em um impala 67, quase tão belo quanto ele. –Então onde quer ir?
-Por mim aqui está bom. –Eu sorri. -Faz tempos que não venho aqui. –Respondi dando uma olhada pro céu, ele estava estrelado, era uma típica noite de verão.
-Se quiser nós podemos dar uma volta, ir pra algum lugar mais distante do seu trabalho. –Ele bateu na lataria do carro.
-É seu? –Eu perguntei analisando melhor o carro.
-Do meu irmão, mas eu viajo tanto nele que é como se fosse meu lar.
-Estiloso... –Eu voltei a olhá-lo. –Tive uma ideia.
-Qual? –Ele perguntou e virou-se de frente pra mim que havia acabado de encostar no carro.
-Você parece cansado, esgotado demais pra ficar enfiado num bar. –Eu disse e ele riu. –Que tal se eu buscasse as cervejas e nós bebêssemos aqui fora? É uma linda noite de verão, a temperatura está agradável...
-Gostei da ideia. –Ele assentiu e eu sorri.
-Então já volto. –Pisquei para ele me afastando.
Comprei dois engradados de cervejas e então voltei para o impala onde Sam estava sentado encarando o grande letreiro luminoso do estabelecimento. Ele sorriu ao me ver e se aproximou imediatamente para me ajudar a carregar um dos engradados como se fosse muito pesado ou algo do tipo. Além de lindo ele era um doce.
-Eu tenho um cooler. –Ele disse pegando algo do banco de trás do carro, e colocando no chão. Colocamos as cervejas lá e então ele abriu duas, me entregando uma. Nós bebemos e conversamos, até mesmo escutamos um pouco de música no impala enquanto estávamos sentados no capô observando as estrelas.
-Você parece muito tenso pra quem está viajando. É uma viagem de trabalho? –Parei de olhar pro céu para olhá-lo. –É por causa de alguma namorada?
-Não, sou solteiro. –Ele negou imediatamente, deixando um sorriso frustrado aparecer em seu rosto. –É, trabalho viajando, mas eu estou de folga hoje. –Ele também me olhou.
-Quer falar sobre isso? –Confesso que fiquei um pouco curiosa.
-Na verdade... não. –Sam negou com a cabeça, ficando um pouco sério. –É meio complicado.
-Então tente não pensar nisso. –Levantei-me do capô e ofereci minha mão pra ele, que demorou a entender. –Vem cá. –Ele pegou na minha mão levantando do capô também.
-O que? Nós vamos dançar? –Ele brincou, me fazendo rir.
-Só se você quiser. –Entrei na brincadeira. –Agora é sério, olhe nos meus olhos. –Continuei segurando sua mão. –Eu não sei pelo o que está passando... –Suspirei, acariciando as costas de sua mão com o meu dedão. –Você parece um cara incrível, seja o que for isso... Tudo vai melhorar, você vai ver.
-Obrigada. –Ele deu um sorriso triste. –É tão difícil, principalmente sozinho... Digo, eu tenho meu irmão mas...
-Shh! Não pense nisso agora. –O interrompi, colocando meu dedo indicador em seus lábios. –Neste momento você não está sozinho. –Sorri, me aproximando ainda mais dele e sentindo uma de suas mãos encostar levemente na minha cintura. Estávamos a um palmo de distância agora. –Eu estou disposta a ajudá-lo a relaxar um pouco.
-Como pretende fazer isso? –Ele perguntou pretensiosamente.
-Estou pensando. –Meu olhar estava indeciso entre seus olhos e seus lábios. –Eu acho que sei de algo melhor do que cerveja. –Sussurrei, passando a mão lentamente sobre seu rosto, fazendo-o fechar os olhos por alguns segundos.
-O que? –Ele deu um sorriso malicioso, fazendo com que eu mordesse meu lábio inferior involuntariamente.
-Você consegue ser mais lindo ainda, perto assim. –Eu disse.
Quando pensei em beijá-lo, ele já estava com seus lábios colados nos meus. A mão que estava na minha cintura, agora a apertava, pressionando seu corpo contra o meu, enquanto a outra entrelaçava seus dedos em meus cabelos. Beijá-lo era ainda melhor do que eu havia imaginado, seus lábios eram macios, seus toques faziam com que meu coração acelerasse. Eu até perdi o ar no momento em que ele imprensou meu corpo contra a lataria do impala, descendo seus lábios pelo meu pescoço, enquanto suas mãos deslizavam para o meu quadril.
Passei minhas mãos por debaixo da sua blusa, sentindo o calor do meu corpo subir cada vez mais. Nossas respirações ofegantes deixavam evidente o desejo que estávamos sentindo. Desabotoei alguns botões de sua blusa beijando-o no pescoço e voltando até chegar em sua orelha, onde depois de uma mordida, sussurrei:
-Nós podíamos entrar. –Deixei que um sorriso travesso escapasse.
-Você tem certeza? –Ele perguntou, selando meus lábios múltiplas vezes e então olhando nos meus olhos.
-Nunca tive tanta certeza na vida. –Mantive o sorriso, fazendo com que ele retribuísse.
Sam abriu a porta traseira do carro imediatamente, forrando o banco de couro com alguma espécie de lençol e então deixou que eu entrasse primeiro.
Como já passavam das 02 da manhã o estacionamento estava praticamente vazio, não havia ninguém, apenas os carros dos bêbados que provavelmente se manteriam até o amanhecer no bar.
Nós sentamos no banco traseiro e ele fechou a porta, voltando a me beijar imediatamente enquanto deitava seu corpo em cima do meu. Nossos beijos ficavam cada vez mais e mais intensos, nossas mãos indecisas mudavam de lugar toda hora, explorando o corpo um do outro. Ele desabotoou lentamente os botões do meu uniforme enquanto sua boca explorava cada área livre do meu corpo. O puxei de volta para meus lábios enquanto terminava de ajudá-lo a abrir sua blusa de flanela, quebrando o beijo para se livrar da camiseta que ele vestia por baixo.
Passei minhas mãos pelo seu peitoral e me coloquei por cima dele, começando a beijá-lo do pescoço para baixo, até chegar no limite de sua calça, que eu desabotoei sem pensar duas vezes e removi . Eu sorri ao observar a cara de desejo dele depois que voltei a beijá-lo, subindo até seu pescoço novamente enquanto sentava propositalmente de forma que eu pudesse sentir seu membro no meu enquanto suas mãos subiam pelos limites de minha saia e apertavam minhas nádegas.
Depois de arrancar todo meu uniforme, Sam tornou a ficar por cima de mim, voltando a beijar meu corpo, fazendo com que eu fechasse meus olhos para sentir tudo aquilo que estava me deixando louca.
Ele apertou meus seios, voltando a me beijar e eu estiquei meu pescoço para trás, apoiando minha cabeça na lataria interna do carro, sentindo o desejo aumentar cada vez mais, me entregando a ele. Eu definitivamente não me arrependeria daquela noite. Sam finalmente penetrou em mim, fazendo com que eu gemesse involuntariamente e arranhasse suas costas. Nossa respiração tão próxima, nossos corpos relaxando e ao mesmo tempo sentindo como se nossos corações fossem saltar do peito a qualquer momento. Nossa! Eu diria que se eu me apaixonasse fácil, ele provavelmente seria um concorrente forte ao cargo, se não o ganhador de tudo.
Respirei fundo, eu sabia desde o início que isso não iria pra frente. Lembrei-me do meu último relacionamento, e de como eu havia sofrido e resolvi aproveitar o momento. Afinal, não é sempre que você sente uma atração dessas por alguém não é?

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