Parte 3

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No outro dia acordei atrasada para a primeira aula de campo do professor Elijah sai as pressas do quarto e nem tempo de comer algo tive, me juntei aos meus colegas sem ser notada pelo professor e pouco a pouco já sabia do que se tratava a aula de hoje. As dez horas da manhã o pessoal da minha sala e eu ainda estavamos na aula de campo, as horas pareciam não passar, eu já estava ficando impaciente, mas não sabia o porque, o sol estava tinindo e todos já reclamavam do calor, minha garganta começou a ficar seca e senti um calafrio seguido de uma tontura muito forte e cai na grama quase desacordada, percebi quando Damon surgiu não sei de que lugar ele não estava nessa aula.

Senti os braços fortes me levantarem do chão com certa agilidade pegou-me no colo, vozes não parava de falar ao nosso redor e uma delas era a do professor Elijah ele não queria que Damon me tirasse dali mais Damon disse que íamos para a enfermaria e saiu caminhando, depois disso tudo ficou um borrão e eu desmaiei.

Quando acordei não tinha ninguém a não ser ele dormindo sobre minha cama, seu braço estava esticado e uma ideia maluca passou pela minha cabeça, eu estava fraca mais ainda não tinha desistido do meu plano procurei bem rápido por uma seringa e quando finalmente a encontrei na mesinha ao lado da minha cama peguei e com todo cuidado para Damon não acordar e enfiei na veia dele e puxei o sangue para dentro da seringa, logo ele acordou me assustando e fazendo com que eu soltasse a mesma. Bravo ele retirou a agulha de seu braço e se afastou da cama onde eu estava reclamando, a siringa se encontrava caida na cadeira do meu lado na cama me estiquei até alcança-lá e vi que ainda tinha um pouco de sangue dentro sem pensar duas vezes eu coloquei na boca e bebi o liquido quente.

— O que está fazendo? — Disse Damon tomando a seringa da minha mão e jogando longe.

— Eu preciso... — Tento explicar mais ele não abre espaço pra mim falar.

— Não caramba, você não precisa do meu sangue pare de tenta se transformar, droga! — Damon estava com muita raiva e isso se via através de seus olhos.

— Você não entende Damon...

— Como você está Kelly? Já se senti melhor? — Diz Elijah entrando na sala e me interrompendo, Damon olha pra ele com cara de poucos amigos e volta pra perto de mim como se marcasse sua propriedade.

— Ela já está bem não se preocupe professor. — Damon sempre curto e grosso.

— Ora Kelly vejo que tem um namorado muito cuidadoso com você, aliás nem sei como ele apareceu tão rápido quando você desmaiou, não o tinha visto entre meus alunos.

— Eu já estava a procura dela Elijah, quando a vi caindo quase desacordada no chão corri para ver o que tinha acontecido. — O sarcarmo entre os dois era palpável.

— Obrigado professor mais não precisa se preocupar. — Digo querendo encerrar aquele papo tenso que se formava. 

— Vejo que você acordou Kelly, não sabia que estava com visita. Poderia nos dar licença professor? — Disse a enfermeira entrando no quarto e logo Elijah se retira. — Olha aqui está umas vitaminas, se alimente direito menina esta bastante fraca, tivemos que lhe dar muito soro na veia pra ver se você melhorava. Bom aqui está sua alta já pode ir se quiser mais nada de aulas por hoje você deve ir direto pra cama descansar se não terá uma recaída.

A enfermeira me ajuda a levantar da cama e me entrega uma sacola com algumas vitaminas, ela pedi que Damon sirva de apoio pra mim até eu chegar no meu dormitório e ele logo passa o braço na minha cintura me ajudando a andar não me sinto tão fraca assim mais também não recuso a ajuda afinal não conseguia ainda confiar nas minhas pernas.

Enquanto íamos pelo corredor Damon estava em total silencio, talvez bravo ou magoado, sua expressão era de infelicidade e isso me incomodou bastante, sei que ele se faz de durão muitas vezes mais há alguns dias eu estava vendo um lado diferente dele. Me sinto culpada por achar que só porque ele é homem e vampiro não podia se sentir triste, feliz ou apaixonado esse momento percebi que ele também tem sentimentos mesmo que não demonstre e que eu em nenhum momento liguei pra isso.

— Damon, por favor, me desculpa. — Falei me sentindo para baixo.

— Não. — Falou ríspido.

— Você não sabe os meus motivos eu nunca quis te magoar. — Tentei explicar.

— Porque acha que tem algum poder sobre mim? Porque me ajudou com o professor e sabe meu segredo? Tá se achando muito. Talvez eu devesse te matar agora.

— Eu... Eu...

— Você está certa sabia? Me magoou mesmo. Detesto admitir isso mais eu pensei que depois de anos alguém realmente tinha gostado mesmo de mim. Porque não aproveita sua vida humana? Ser vampiro é ser um monstro também.  — Damon desabafou e depois continuou calado o resto do caminho.

Foi ai que a realidade me atingiu como um balde de agua fria e percebi que estava agindo errado com ele e com todo mundo desde o principio. Nunca ele me daria o que quero, eu estou doente e isso não é culpa de ninguém, se aproveitar dele foi algo tão terrível só me aproximei dele pra tirar proveito e nem percebi o quanto ele é diferente, carinhoso as vezes e no fundo é um homem muito solitário e infeliz.

Sou uma idiota mesmo, o medo da doença me levar foi mais forte do que meu bom senso e me tornei arrogante, egoista e ainda brinquei com o sentimento das pessoas. Não só com Damon mais também com Meg menti para minha amiga que sempre me contou tudo eu deveria ter-lhe contado e juntas enfrentariamos, no fim estariamos prepadas pro que der e vier, com medo escondi esse segredo dela sem pensar que se no final tudo der errado e eu não sobreviver ela iria sofrer mais que todo mundo. Se meu destino é mesmo morrer eu quero aproveitar cada segundo com as pessoas que me fazem feliz, não vou mais fugir do meu destino e quero aproveitar com Meg e com Damon também por incrível que pareça passamos tanto tempo juntos que eu já estou acostumada com sua presença e talvez até apaixonada mais esse sentimento é um pouco desconhecido por mim.

— Me desculpa, prometo que não faço mais, não sei o que me deu acho que passei dos limites. — Digo.

— Não acredito mais em você Kelly, quantas mentiras mais você quer contar. — Damon diz bravo.

 — Vamos ser amigos de novo Damon? Por favor, juro que agora será diferente.

— Eu preciso que me ajude a enganar o professor Kelly ia te contar hoje de manha mais quando a vi caída não lembrei-me, só precisarei da sua ajuda por enquanto depois não a verei nunca mais. Então sim somos... Não amigos... Algo menos que isso.

— Tudo bem. Você ainda está muito chateado?

— Chateação é uma emoção específica de quem se importa.

— OK Damon. Você não é tão mal quanto parece sabia.

Mal terminei de fechar a boca e Damon me puxou bruscamente pra perto prendeu-me na parede com certa brutalidade nossos corpos juntos o dele emanando um calor forte e masculino, minha respiração ofegante pela surpresa do ataque e me beijou, um beijo feroz talvez com um toque de paixão, passou a mão por dentro da minha blusa, me abraçando forte naquele beijo envolvente me deixando quente nos lugares que eu não sabia que ainda eram vivos mais logo se afastou me deixando frustada me pegou no colo de novo e quando vi estavamos em frente ao meu quarto ele me pôs no chão e disse:

— Você ainda não viu nada — E se foi.

O Lado Escuro do VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora