Após o término das aulas, reparei que ainda tinha tempo de me arrumar antes de ir até a Nayeon. Claramente, eu não iria com essa roupa, por mais que eu não soubesse o que seja, quero pelo menos estar decente para encontrá-la. Tive que ir sozinha, já que não encontrei nenhum de meus amigos, Youngjae, Tzuyu, Jeon e até mesmo a Nayeon haviam sumido, apesar de ela ter saído antes do período acabar. Optei novamente pelo Ônibus, talvez fosse uma maneira de chegar mais rápido. E realmente, em menos de 15 minutos eu já estava em meu querido e doce lar. Eu imaginei que encontraria, pelo menos a Jihyo em casa, mas nem ela. Eles devem estar aprontando algo, não é possível todos desaparecerem assim de repente. Ou será que é? Ah, seja lá o que for, não devo me preocupar.
Fui ao meu quarto me arrumar. Vesti uma roupa simples, mas não muito casual. Arrumei os meus cabelos, que não me deram tanto trabalho por estarem curtos. No fim, peguei uma pequena bolsa e coloquei o essencial nela. Também não esqueci do colar que a Nayeon havia me pedido para usar. Olhei o relógio em meu braço e vi que havia terminado de me arrumar bem antes do tempo necessário. Antes de sair de casa, peguei uma maçã. Sei que está parecendo um vício, mas eu realmente amo maçã, mas não mais que uma certa pessoa. Olhei para o meu relógio e vi que era 18:40. Quando estava trancando a porta, senti que o meu celular estava vibrando. Tirei-o da bolsa e atendi rapidamente, apesar de que raramente eu atenderia números desconhecidos, mas resolvi tentar.
_ Alô? Quem é? - Perguntei
_ Sou eu - Respondeu.
_ Eu quem? - Perguntei, sem o mínimo de paciência para brincadeirinhas
_ Onde você está?
_ Porquê eu diria minha localização a uma pessoa que eu nem sei quem é - Falei, essa pessoa estava me irritando.
_ Onde você está? - A pessoa insistiu.
_ Eu estou na frente da minha casa, satisfeito agora? - Desliguei, sem esperar por uma resposta.
Sabe, eu sinto que não deveria ter informado a minha localização, tenho um mau pressentimento sobre isso. Com essa conversação toda, já são 18:54. Eu tenho pouco tempo, se eu não for rápido, acabarei me atrasando e se tem uma coisa que eu não gosto é atrasos.
Comecei a correr o mais rápido que eu podia, sem me desarrumar. Sem querer, acabei esbarrando em alguém. O impacto foi tão forte, que acabei caindo no chão.
- Você está bem? - Perguntou uma voz masculina.
- Sim, acho que estou - Falei, ele estendeu a mão e me ajudou a levantar - Obrigada e me desculpe - Falei e saí correndo, pois já estava ficando atrasada. Acabei por não ver o rosto do rapaz, foi tudo tão rápido.
Faltam só três minutos e o parque fica do outro lado. Estendi a mão para um táxi que estava por perto e ele parou. Entrei e me sentei.
- Para onde deseja ir, senhorita? - Ele perguntou, calmo.
- Para o parque, por favor. E se o senhor puder ir rápido, eu agradeço - Tentei manter a calma, mas o fato de estar atrasada me matava por dentro. Sempre fui uma pessoa pontual, não quero manchar essa qualidade.
- Para onde vais com tanta pressa? - Ele falou de um modo sereno e sábio. Deu a partida no carro e começamos a andar em direção ao local.
- Minha amiga marcou para que nos encontrássemos lá às dezenove horas. - Falei, brincando com os dedos, para tentar me acalmar.
- Sinto muito, senhorita. Mas acho que não chegaremos a tempo, por consequência do trânsito - Ele apontou para a frente
- Acho que eu vou andando mesmo - Disse, saindo do carro
- Está bem. Boa sorte, Senhorita - Ele sorriu.
Comecei a correr novamente, quando finalmente comecei a ver as belas luzes do parque. Ele era cheio de árvores de vários tipos e estava totalmente iluminado. Era difícil acreditar que existia um lugar tão bonito quanto aquele. Adentrei o parque e vi que Nayeon estava sentada em um banco, enquanto dava pequenos chutes no ar.
Quando ela me viu, sorriu e acenou:
- Ah, Momo. Que bom que você veio - Ela falou, dando pulinhos de modo fofo.
- E porquê eu não viria? - Para mim, não passaram de simples palavras, mas ela parecia ter ficado mais alegre.
Ela não falou mais nada, apenas pediu para que eu a seguisse. Nunca tinha reparado o quão este parque era bonito. Eu olhei para trás e vi que alguém se aproximava de nós:
- Ya, Momo! Que coincidência te encontrar por aqui - Ela falou com a sua voz angelical e o seu meigo sorriso - Olá, eu acho que eu ainda não te conheço. Qual o seu nome? - Ela olhou para Nayeon, que estava parada ao meu lado.
- Eu sou a Im Nayeon a na… Amiga da Momo - Ela falou, com um sorriso um pouco forçado.
Eu realmente tentei, mas não consegui. Eu lutava para não a encarar muito, mas era impossível. Eu estou claramente apaixonada por Kim Dahyun. Sua aparência, sua personalidade, tudo. Tudo nela é perfeito. Difícil acreditar que ela seja real.
- Momo, eu tenho que ir, marquei de encontrar uma pessoa. Foi um prazer conhecer você Nayeon - Dahyun acenou e foi embora.
Eu olhei para Nayeon, ela estava com um olhar vazio e um semblante triste.
- Você gosta dela, não é? - Nayeon perguntou de cabeça baixa
- E-Eu? N-N-Não!! De onde você tirou isso, Nay? - Falei, gaguejando.
- Deu para ver no seu olhar, você está apaixonada por ela - Ela falou.
Eu apenas a olhei em silêncio:
- Ah, como eu sou boba. Como não fui perceber isso antes? Estava na cara. Não sei nem o porquê de ter feito isto tudo - Eu olhei para ela, seu rosto estava vermelho e os seus olhos encheram-se de lágrimas.
Quando eu ia começar a falar, ela disse:
- Não se preocupe comigo, eu estou bem. É sério, eu juro. - Ela saiu correndo.
Eu não sei o porquê, mas meu coração doía. Estava me sentindo mal, um peso na consciência. Eu não sabia que ela sentia isso por mim, eu não queria a magoar. Fui olhar o que ela havia feito para mim.
Era lindo, estava todo decorado. Havia uma mesa para um casal, velas, ornamentos de coração, comida e uma carta. Eu a peguei e guardei, não iria ler agora, pois eu iria me sentir muito pior do que já estou.
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My First Love, Girl of My Heart ღ DahMo ღ
RomanceTudo parecia mágico, o mundo era calmo. Até o dia em que eu a vi, uma garota delicada e cheia de carisma, ela parecia tão bela e meu coração tão agitado. Mal sabia eu, que naquele momento, meu mundo viraria do avesso, que muitas coisas poderiam dar...