Chapter Eighteen - The Love Accident

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Algumas semanas após a viagem para a praia, eu e Dahyun acabamos ficando mais próximas e isso me alegrava profundamente. Ter o amor da minha vida ao meu lado, compartilhando emoções, é extremamente indescritível essa sensação. Eu me sentia mais alegre, mas algo ainda me incomodava, eu já a tenho por perto, mas quero mais do que a sua amizade.

- Vocês acham que dará certo? - Perguntei a Jihyo e a Jeon, que estavam sentadas a minha frente.

- Momo, me diga o porquê de você não achar que irá funcionar - Jihyo cruzou a pernas e apoiou os braços nelas.

- Não sei, apenas acho - Falei simples.

- Momo, um pouquinho mais de confiança, por favor - Jeon riu e se levantou - Nós iremos te ajudar.

- Certo, sem mais delongas, vamos pôr em prática - Jihyo soltou um sorriso, um pouco maligno, mas suficiente para me assustar.

O plano delas era arrumar um modo de me deixar a sós com Dahyun, na Festa de Boas Vindas. Elas me ajudaram no meu visual, em tudo que era preciso.

- Olha, tá uma gata - Jinyoung falou, adentrando o quarto.

- Ei, Garoto! Quem te deu permissão para entrar? Não sabe bater na porta? - Jihyo falou irritada.

- Relaxa, Jihyo. Não precisa se estressar - Jae falou, chegando e entrando.

- Agora aqui virou a casa da Mãe Joana, foi? - Jihyo bufou, retocando a última parte da maquiagem.

- Garota, você tá parecendo a minha desse jeito - Tzuyu zombou, apoiada na fresta da porta.

- Vocês parem de encher o meu saco, não tô com paciência para isso - Ela tentou por um fim naquela história.

- Certo. Mas gente, cadê a Nayeon? - Perguntei.

- Daqui a pouco ela che… - Jeon foi interrompida pela própria Nayeon, que acabara de chegar.

- Sentiram minha falta? - Ela brincou.

Como todos estavam prontos, resolvemos ir de táxi ao Colégio, mas tivemos que nos separar em dois grupos, já que não daria todos no mesmo carro.

Ao chegarmos lá, várias pessoas já dançavam. Antes de vir para cá, Jeon e Jihyo me obrigaram a escrever uma carta para Dahyun, para que ela me encontrasse em um local específico. Para não mostrar explicitamente que era eu, coloquei apenas as minhas iniciais 'HM'.

Despedi-me dos outros e subi a longa escadaria, que daria ao meu ponto de encontro. Eu me aproximei da porta da varanda e ela estava lá, a minha espera, quis dizer, do HM.

- É… Oi, Dahyun - Falei, um pouco sem jeito.

- Oi, Momo - Ela sorriu.

- O que você faz aqui sozinha, está esperando alguém? - Perguntei, apesar de já saber a resposta.

- Sim, como adivinhou? - Ela riu.

- Um palpite - Sorri - Mas, eu preciso falar algo sério com você - Mudei o meu tom de voz, para um mais sério.

- Prossiga - Ela se sentou reta, na poltrona onde estava.

- Eu preciso q-que você me diga a v-verdade - Comecei a gaguejar e a suar.

Ela me olhava sem entender o que estava acontecendo.

- V-V-Você quer namorar comigo? - Perguntei rápido, quase gritando, só depois reparando no que eu fiz.

- Momo… - Ela olhou para os próprios pés e em seguida me encarou.

Ela me olhava com desdém, eu já sabia qual era a resposta, por que fui tão idiota ao pensar que seria diferente? Dei três passos lentos para trás e comecei a correr.

- Momo! Espere! - Ela gritava, vindo atrás de mim.

Peguei minha bolsa de modo desengonçado e saí do Salão do Colégio, chegando a uma das ruas mais movimentadas. Dahyun ainda me seguia, resolvi atravessar a rua, mas na pressa acabei não vendo o que o sinal estava aberto.

De repente, tudo torna-se escuro e silencioso, o único som capaz de se ouvir era daqueles aparelhos de hospital. Ele apitava rápido e alto. Olhei para todos os lados, em busca de uma pista que revele onde estou. Quando finalmente, uma luz surge, tento correr até ela, mas pareço nunca chegar. Deito no chão, já ofegante e com uma sensação de incapacidade.
Percebo, rapidamente, que um clarão repentino vem em minha direção, e deixa-me atordoada. Só então percebo, que estou em um quarto de hospital. Minha cabeça lateja de dor, os meus olhos ardem e não consigo mexer meu corpo, nenhuma parte dele, consequências de algo que, até então, é desconhecido para mim.

- O-O que aconteceu? - Sussurei, para a enfermeira que ajustava os aparelhos.

- Ah, você acordou - Ela sorriu, de modo carinhoso - Você sofreu um acidente de carro e uma garota a trouxe aqui, parace que seu nome era Dahyun, ela dizia ser sua conhecida.

Quando a ouvi dizer 'conhecida', meu coração parecia ter se despedaçado em diversos pedaços, não que isso fosse possível.

- Sua família e seus amigos querem te ver, irei chamá-los - Ela falou, se retirando da sala.

No quarto onde eu estava, foram aparecendo de pouco em pouco pessoas que se importavam bastante comigo. Quando chegou a vez dos meus amigos, perguntei sobre minhas coisas, a mochila e principalmente o que tinha dentro dela, o meu diário. Eles disseram que não haviam visto, menos Tzuyu:

- Tzuyu - Olhei-a, séria.

- Tá, eu entreguei para a Dahyun, satisfeita - Ela falou, me fazendo ficar com os olhos arregalados e de boca aberta. Ela entregou o lugar onde todos os meus sentimentos estavam guardados.

Eles saíram, depois de, mais ou menos, meia hora. A última visita era a única pessoa que eu não queria. Era Dahyun e ela não estava sozinha, BamBam estava junto a ela.

- O que vocês fazem aqui? - Perguntei, torcendo para que eles saíssem logo.

- Nós precisamos falar com você - BamBam se pronunciou, antes que Dahyun pudesse dizer algo.

"É errado odiar todas as rosas só porque uma te espetou"
'Antoine de Saint-Exupéry'

My First Love, Girl of My Heart ღ DahMo ღOnde histórias criam vida. Descubra agora