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Era uma noite chuvosa e de trovoada, Lauren corria como nunca antes tinha corrido na sua vida.

Assustada com os barulhos dos trovões e sem um abrigo ou a mãe para a proteger, sentia-se perdida e amedrontada, corria sem nem olhar para onde estava a ir, ela só queria que aquilo parasse duma vez e que sua mãe estivesse ali com ela para a acalmar.

Lauren tinha agora os seus 20 anos e estava sozinha no mundo, de novo.

Uns meses depois da morte de Sofia e do casal Vives, a alcateia partiu e iriam deixar Lauren para trás mas a loba que a criou preferiu sair da alcateia do que abandonar uma de suas crias, os irmãos de Lauren também queriam ficar mas foram impedidos pelo alfa que, com muito pesar, as deixou para trás.

Lauren e a mãe viviam bem só as duas, apesar de a mais nova continuar a comportar-se como uma cria bebê, ambas conseguiram adaptar-se às advertências. 

Infelizmente a mãe de Lauren tinha morrido à duas semanas atrás e deixado a pequena sozinha e desprotegida. Depois da morte da mãe, a de olhos verdes ficou desnorteada e quando uma tempestade se iniciou hoje mais cedo ficou apavorada à procura de algo que a protegesse.

Ela corria e quando se deu conta estava em frente a uma grande casa, sem pensar muito no assunto procurou abrigo na varanda encolhendo-se num dos cantos, escondeu a cabeça no meio das pernas, pôs as mãos nas orelhas para diminuir o barulho dos trovões e balançou-se repetindo a mesma canção baixinho.

Sapo Cururu na beira do rio

Quando o sapo grita, ó Maninha, é porque está com frio

Ela não se lembrava do resto da música que Sofia costumava cantar então manteve-se a repetir o que sabia na esperança do frio ir embora e do barulho acabar.

My wolf girlOnde histórias criam vida. Descubra agora