My wolf girl

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O resto do fim-de-semana foi passado entre gargalhadas e brincadeiras. À muito tempo que as meninas não se divertiam tanto como agora mas como nem tudo são flores o fim-de-semana tinha chegado ao fim e com ele veio a preocupação de quem iria ficar com Lauren.

Os dias passaram e Lauren foi-se adaptando à nova casa e às pessoas que agora faziam parte da sua vida.

Tinha sido decidido que Lauren iria morar na casa de Dinah depois da discussão que houve na casa da latina sobre quem ficaria com ela. Ally não poderia, mesmo que quisesse, não teria tempo para cuidar da pequena devido aos turnos no hospital, então a discussão ficou entre Dinah e Camila.

Dinah desde o início já tinha dito que queria ficar com Lauren mas com o passar do tempo, Camila manifestou o mesmo desejo.

Muitos argumentos e contra-argumento depois, chegaram ao consenso de que seria melhor Dinah cuidar da de olhos verdes, uma vez que podia trabalhar em casa ou no escritório podendo ficar com Lauren mais tempo e Camila como tinha que se dividir entre a empresa do pai e a gestão do restaurante não teria como conseguir cuidar da pequena.

No fim, e já com a discussão ganha, Dinah levou Lauren para conhecer a sua casa.

Ao inicio foi meio difícil a adaptação, ela só dormia acompanhada e obrigava a loira a fazer-lhe carinhos nos cabelos o tempo todo mas acabou por aprender a dormir sozinha e esperar os fins-de-semana, quando ia para casa da latina, para receber o carinho todo que ela gostava.

Depois que Lauren se adaptou, as meninas levaram-na ao hospital onde Ally trabalhava, que era especialista em híbridos.

Fizeram exames para garantir que tudo estava bem e acabaram por descobrir que, devido a algum trauma que elas desconheciam, Lauren tinha desenvolvido infantilismo. 

Ally já desconfiava mas quis ter a certeza então falou com Louis, que conhecia melhor esse tipo de casos, só para confirmarem as suspeitas na baixinha.

Com esta nova novidade, Dinah teve que se adaptar ás necessidades que Lauren tinha.

Ela tentou mas, apesar de paciente e de ter experiência com criança por causa dos irmãos, Dinah não estava a dar conta do recado e mesmo que Camila tentasse ajudar de longe, não conseguia resolver tudo o que precisava e ainda cuidar de um bebê. Era demais para ela.

Com isso tudo, Lauren passou a viver com Camila.

A latina tinha, com muito esforço, convencer o pai a trabalhar em casa e estar presente na empresa apenas nas reuniões mais importantes, no restaurante contratou Lucy, uma antiga amiga que era neta do casal que costumava cuidar de Sofia, para que administrasse por ela e tudo o que precisava fazer era assinar papeis e confirmar os números todos.

Camila tinha feito uma reforma num dos quartos para que tivesse tudo o que Lauren necessitava.

Chupetas, mamadeiras e fraldas foram compradas para que Lauren se sentisse bem e a verdade é que desde que era tratada como um bebê, Lauren estava mais feliz ainda  do que antes. Sentia-se muito bem em andar de fraldas e poder andar de chupeta na boca o dia todo era como um sonho. 

A de olhos castanhos sentia-se feliz só em ver a felicidade da mais baixa, ela adorava cuidar dela, dar-lhe banho, alimentá-la, aconchegá-la no berço e, dependente do dia, dormir com Lauren na sua cama era a melhor parte dos seus dias.

Ao fim de um mês já viviam grudadas, mesmo quando a latina tinha que trabalhar viviam coladas. Lauren sentava-se no seu colo e ficava quietinha enquanto a latina trabalhava ou então desenhava ou brincava na carpete do escritório de Camila.

Quando a mais velha tinha que sair para ir à empresa ou ao restaurante, Lauren também ia junto. 

Se fosse à empresa, ela ficava com Verónica enquanto esperava a latina voltar e se ao restaurante, ela ficava normalmente como em casa, às vezes ia à cozinha ter com o Senhor Geraldes e outras ia ''ajudar'' uma das empregadas a servir às mesas, ela fazia mais bagunça do que ajudava mas tanto os empregados como os clientes achavam-na encantadora então não havia grandes problemas.

(...)

Elas estavam em casa a ver, mais uma vez, o Rei Leão. Desde que Lauren tinha visto o filme pela primeira vez tinha viciado e obrigava a latina a assistir com ela.

Estavam abraçadas, Lauren com o seu pequeno corpinho todo em cima da latina que, como sempre, fazia carinhos nos seus cabelos.

-Gatinho mau.- disse quando viu o tio do Simba aparecer no ecrã- Camz porquê que é mau? Lo não gosta.- escondeu o rosto no pescoço da latina.

- Tem sempre um mau, Lolo.- disse baixinho enquanto, com um braço, apertava a garota contra o seu corpo, sem nunca deixar de fazer o cafuné- Tem sempre alguém invejoso ou com odio por algo, que faz mal aos outros para se satisfazer pessoalmente.

-Shofia...- murmurou baixinho.

-O que disse?- a latina sentou-se de repente e a de olhos verdes encolheu-se, tentando voltar a esconder o rosto no pescoço da outra mas foi impedida- O que você falou Lauren?- perguntou firme.

-Shofia.- voltou a dizer.

-Quem é Sofia? De onde a conhece?- perguntou ansiosa.

-Foesta. Shofi era amiga de eu.- disse baixando a cabeça.

-O que aconteceu com ela?

-Homens maus figeram mal. Lo viu.- disse e algumas lágrimas escorregaram dos seus olhos- Lóren má não potegeu Shofia.- disse com raiva.

-Meu Deus.- sussurrou a latina- Como ela era? Também era um híbrido?

-Shim.- assentiu com a cabeça e apontou para as suas orelhas- Laranja.- Camila levantou-se e começou a andar de um lado para o outro- Camz qui foi?

-Lauren, Sofia era minha irmã mais velha.- disse de repente fazendo a pequena híbrido arregalar os olhos e chorar ainda mais.

-Disculpa eu Camz.- pediu enquanto agarrava a cintura da latina- É culpa de eu.

-Ei...- levantou o rosto da garota, limpando em seguida as lágrimas que por ali escorriam- Não é sua culpa, amor. É como eu disse, existe sempre alguém mau e as pessoas que machucaram a minha irmã já tiveram o castigo que merecem pelo que fizeram.- disse pegando Lauren ao colo para tentar acalmá-la- Não é sua culpa, então não se desculpe e nem se sinta culpada.