Dean Winchester

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Nevada, 20:30 da noite

Dor.

Dor era a única coisa que você sentia no momento. Algo que subia por sua coluna e se instalava abaixo do seu umbigo, te fazendo curvar de dor em sua cama, soltando leves resmungos.

-Você parece que está morrendo, S/n. – Dean Winchester comenta te observando do outro lado do quarto de Motel.

-Eu estou JORRANDO sangue a pelo menos três dias, Dean! Eu não sei se vou conseguir sobreviver a esse mês! – Você exagerava do drama, sabia que Dean achava graça de tudo o que via, mas você sinceramente não estava nem aí para a forma porca e mal-educada que falava.

-Pensa pelo lado positivo, S/n. Isso tudo significa que você não está grávida!

-Só se fosse do meu dedo... – Você resmunga chateada pela péssima fase que sua vida sexual passava.

-Dedo, é? Sempre pensei que você fosse o tipo de garota que preferia brinquedos de borracha. – Ele disse sugestivo.

-Às vezes sua visão feminina é perturbadora, Dean. – Você rola os olhos.

-Qual é.... vai dizer que estou todo errado?

- Não gosto de industrializados, Dean. Só de pele com pele.

-Bem, eu tenho algo dentro das minhas calças que com certeza não é industrializado e que adoraria te ajudar com isso... – Dean sussurra bem próximo do seu ouvido, te arrepiando por completo.

Você se vira de bruços, resmungando mais um pouco por conta da dor e audácia do homem quando enfim sente o alívio chegar. Mãos fortes traçavam toda a linha da sua coluna, aliviando a pressão do local.

-AH! Dean, você não pode falar uma coisa dessas para uma mulher nesse período!

-E porque não? – Ele se fazia de desentendido.

-Você não faz a menor ideia da quantidade de hormônios que estão em ebulição aqui me implorando para te agarrar neste exato momento.

-E porque não faz isso? – Ele passa o nariz pelo seu pescoço, te fazendo virar metade do corpo da cama afim de encará-lo melhor.

-Porque eu posso acabar me apegando... – você percebe que seus rostos estão muito próximos, até demais. Você percebia o olhar fixo do loiro nos seus lábios, assim como os seus também iam dos seus olhos até sua boca.

A relação entre vocês era bastante simples: se conheciam desde a adolescência – o que de fato não era muito tempo, já que ambos estavam com seus vinte e seis anos de idade – e sempre que podiam se encontravam para caçar. John Winchester era muito próximo de seu pai, a tomando quase como filha quando um acidente com um Wendigo aconteceu com ele. Só o que eles não sabiam era que de vez em nunca você e Dean trocavam alguns beijos. Nada demais, você não queria complicar o que já pedia para ser complicado. Apesar de não sentir ciúmes sabia que se algo acontecesse naquele período um estrago poderia acontecer na sua mente e coração. Vocês aproveitavam aquela rara noite de amenidades enquanto John resolvia alguns problemas no estado vizinho, algo relacionado a Sam e Stanford.

-Quem escutar lá de fora vai pensar que sou excelente no que faço, independente do lugar. – Dean riu, massageando o resto das suas costas da forma que podia, ainda encarando sua boca.

-Você queria o que, Dean? Nós estamos num Motel. – Sua respiração estava falhada, torcendo internamente para ele se afastar antes que você o agarrasse. A última vez que o havia beijado fazia um ano e dois meses, quando pensou que não fosse sobreviver a um ninho de vampiros.

-Então me deixe fazer jus ao estabelecimento. – Dean sussurrou e juntou seus lábios com o canto da sua boca, arrancando um longo suspiro seu.

Mesmo com metade do corpo virado você consegue colocar um braço no rosto do loiro, acariciando levemente enquanto fechava ainda mais os olhos e o puxava delicadamente para o centro da sua boca. O beijo era calmo, lento, apenas um movimentar de lábios, mas que arrancava vários suspiros seus.

Agora, se era pelo beijo ou pela massagem na coluna você não saberia dizer.

-Sempre sonhei em te ouvir suspirando desse jeito. – Dean deixou escapar, ficando corado em seguida.

-Dean, eu não acho que... – sua cara não era das melhores, expressando pura surpresa e medo no olhar.

-S/n, para de me afastar! Mas que droga! – Dean encostou sua cabeça na cama, escondendo a visão da sua expressão sofrida. – Se não me quer tanto assim, porque me beijou da última vez?!

-Mas isso faz mais de...!

-Um ano e dois meses, eu sei!

-Você contou?!

-Eu tenho tentado me aproximar de você desde que te beijei na escada colégio, S/n – Dean se referia ao fato de terem se beijado na escada de incêndio da escola em seu último ano, logo antes dele mudar de escola no meio do ano. Fora a forma que ele encontrou de dizer que voltariam a se ver algum dia.

-Isso faz...

-Oito anos, S/n. Mas você nunca me deixa chegar perto o suficiente. Qual a dificuldade de entender que eu gosto de você? – Ele perguntou sério, te olhando fixamente.

-Eu já disse para não falar coisas desse tipo quando eu estou assim. Eu posso acreditar, Dean... – você tentou escapar mais uma vez.

-Porque acha que escolhi justamente agora para falar, S/n? Eu quero que você acredite.

Foi ali, naquele momento, que você teve certeza de que não sobreviveria a aquele mês.

-E então? – Fica pergunta ansioso, já se preparando para o fora que iria levar.

Você ne se limitou a abrir a boca para responder, apenas agarrou a gola de sua camisa e puxou seu pescoço força total, colidindo com suas bocas de forma meio agressiva e desesperada, deixando Dean completamente surpreso e desnorteado, além de levemente excitado.

-Espera só mais quatro dias para você ver quem estava te afastando – você mal conseguia falar, completamente ser ar.

Dean não estava muito distante disso, com os olhos arregalados de surpresa e um sorriso de orelha a orelha, além da falta de fôlego.

-Nunca agradeci tanto Sam por brigar com o pai. – Dean brinca, se referindo ao motivo da ausência de seu pai.

-Nunca agradeci tanto por não ser sua irmã de verdade. – Você deita sob seu peito, imediatamente recendo carinho em seu cabelo, juntamente de um beijo na testa.

-Nem eu, S/n. Você ainda vai ganhar o nome Winchester, mas não desse jeito.

Seus olhos se iluminaram.

-Quer que eu me case com Sam? - Seu tom era divertido.

-Eu não esperei você por oito anos para no final você ficar com meu irmão, S/n. eu quem vou ser o seu marido, entendeu?

-Entendido, Sr. Winchester.

-Agora vá dormir. Preciso que esses quatro dias passem o mais depressa possível.

-Para quem aguentou oito anos, está muito apressadinho agora.

-Não tive culpa de me declarar justamente quando você estava impossibilitada de comemorar nosso relacionamento, S/n!

Você nada respondeu, apenas se aninhou ainda mais em seu peito, completamente feliz com seu final de noite.

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