Castiel

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Novo México

Já deviam ser cerca de sete da noite quando você entrou naquele bar de estrada e olhou ao seu redor. Nada. Quando é que você iria aprender que pontualidade e Winchester não combinavam na mesma frase? Havia ligado para eles na noite anterior, solicitando ajuda em um caso. Não seria grande coisa para qualquer caçador, mas para você sim. Desde dois anos antes você não suportava colocar um pé dentro de uma Igreja novamente e bem, se quisesse resolver esse em questão precisaria de apoio dos irmãos.

Apoio moral e de fogo.

Vocês se conheceram quando os rapazes se disfarçaram de padres e foram até o seu convento, em busca de um Poltergeist. O caso tomou proporções tão épicas que um simples fantasma se tornou uma grande dor de cabeça, ateando fogo a pelo menos metade da construção. Você não queria ficar sem fazer nada, agora que já sabia da existência de todas as criaturas e monstros existem mundo afora. Com um pouco de instrução, Sam e Dean se tornaram seus mentores na caça – o que de certa forma era um grande divertimento para o mais velho: poder se gabar que ele havia desvirtuado uma freira.

Você podia ter abandonado o Hábito, mas continuava com sua crença de serem todos vigiados por Deus. Você rezou quando Sam enterrou o corpo de Dean no ano anterior, havia confortado e enxugado as lágrimas do grandão com suas palavras e citações bíblicas. Todas as noites pedia por piedade e misericórdia a Dean, até o dia em que recebeu uma ligação dele. Ali, você teve sua certeza que nunca esteve errada. Podia não ser mais uma freira, podia agora manter uma relação intima com uma arma, mas também não concordava com sua nova vida.

Mesmo passando a maior parte do tempo em bares de estrada, você nunca colocara uma gota de álcool na boca. Sexo casual? Nem pensar. No máximo uma partida de dardos. Era exatamente isso o que estava fazendo quando sentiu o ambiente pesar e o resto dos caçadores prenderem a respiração atrás de você.

-S/n?

Quando você se virou, encontrou Dean a poucos passos de você, com seus braços abertos esperando um abraço.

-DEAN! - Você não teve dúvidas antes de correr em sua direção e pular em seu pescoço, o abraçando com toda sua força – sendo retribuída do mesmo jeito.

-Eu sabia, Dean. Ele iria ouvir e te tirar de lá. – Sua emoção falou um pouco mais alto. Sabia que ele não gostava muito desse assunto, mas que se danasse. Ele finalmente estava de volta do inferno.

-Acho que... acho que dessa vez não vou discordar de você, S/n.

-Como assim você não que refutar? Você realmente veio inteiro de lá? – Embora divertida você logo percebeu a besteira que havia falado ao notar a falta do brilho no olhar do mais velho – Me desculpe, eu....

-Você disse que precisava da nossa ajuda, não é?

-É, isso... vamos nos sentar? Talvez seja melhor.

Andaram algumas mesas a frene e se sentaram junto de Sam. Você sequer notou a outra figura sentada roboticamente ao lado do moreno, completamente alheio a sua presença.

-Ô meu consagrado, traz umas três cervejinhas, fazendo favor? – Dean sinalizou para o garçom que não parecia ter mais do que dezesseis anos.

-E você? – O garoto inclinou a cabeça em sua direção, sabendo que três cervejas não dividiriam para quatro pessoas.

-Uma limonada, por favor.

-Ainda sem beber álcool, S/n? – Dean tinha um sorriso divertido nos lábios.

Imagine - SUPERNATURALOnde histórias criam vida. Descubra agora