Sam Winchester

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Nova Iorque

A noite nem tão fria daquele meado de primavera havia terminado de maneira trágica para Loretta Chase, uma jovem modelo em ascensão. Ela trabalhava a não muito tempo para uma marca famosa de lingeries, tinha apenas vinte e cinco anos quando se jogou do quarto andar da sede da empresa. Apenas uma pessoa havia percebido suas intenções e tentado pará-la, mas já era tarde demais.

Sam e Dean Winchester chegaram a cidade cerca de dois dias após o ocorrido, trajando suas vestes de federais. Aquilo era tudo muito estranho, era o segundo caso apenas naquele ano. A empresa havia abafado na primeira ocasião, mas no momento em que uma garota se joga numa rua pública as coisas ficam meio difíceis de se esconderem. Não era normal para modelos se suicidarem, porém ainda nos anos 1990 havia tido uma série de mortes, chegando a contabilizar mais de dezessete vítimas.

Aquilo com certeza era um caso.

Embora não gostassem dessa parte, era necessária a ida ao necrotério, desta vez sendo tomados pela surpresa.

-Existe alguma possibilidade que ela estivesse alterada no momento? – Dean perguntou.

-A garota estava mais limpa que uma fonte natural. O único motivo provável que encontrei era ela estar grávida.

-Porque acha que a razão foi essa?

-Bem, talvez seja pelo fato de ter um bebê dentro do útero dela e ela ter pulado daquela janela gritando que a culpa era dele? – A legista não tinha paciência com perguntas irritantes e óbvias.

-Existe uma testemunha?! A polícia não nos informou sobre isso! – Sam tentou juntar os fatos em sua cabeça.

-Uma garota, também era da agência. Eu obviamente não tenho suas informações aqui, mas provavelmente a delegacia tem.

-Obrigado.

***

-Se chama S/n, tem vinte e quatro anos, está na agência desde os dezesseis. Diz que viu Loretta ir em direção a janela central do saguão chorando muito por volta das oito da noite, e que quando entendeu o que ela iria fazer, tentou impedir, mas ela gritava que sua carreira estava destruída, que tinha manchado o nome da empresa ao engravidar, se jogando em seguida. – Sam lia o relatório da polícia enquanto Dean dirigia o Impala até a casa da moça.

-O fato dela ter engravidado não arruinaria a carreira dela, não existem coleções para gestantes?

-Isso com certeza não foi planejado, Dean. O relatório do início do ano consta que a outra vítima se matou por ter feito uma tatuagem atrás da orelha.

-Isso não está parecendo que a causa é sempre uma modificação no corpo?

-O que é bem comum para uma modelo.

Os garotos tocaram sua campainha, esperando menos de cinco minutos para você abrir a porta não num estado caótico por ter presenciado aquela morte, apenas levemente em choque, tentando absorver tudo. Você rapidamente cedeu passagem para eles, já sabendo que ririam da sua cara de novo.

-Vocês aceitam um copo de água? – Você oferece, se recostando no braço do sofá, vendo-os se acomodarem em suas poltronas.

-Não, obrigado. S/n, sabe porque estamos aqui, certo? – Dean se posicionou.

-Provavelmente os caras que vão fazer minha análise psicológica?

-Porque fariam isso? – Sam estava confuso.

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