Jack Kline

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Texas

"Oi, S/n. Aqui é o Jack, o garoto do parque. Não sei se você se lembra de mim, mas você me passou seu número a um tempo atrás. Desculpe só poder te mandar mensagem agora, as coisas estiveram uma loucura. Você e Thereza poderiam me encontrar lá, de novo?"

Você olhava atônita para o seu celular. Sabia o básico do flerte para entender que demorar alguns dias para ligar demonstraria interesse, não desespero - mas parecia que Jack não. Ele ter esperado 10 meses certamente embasava a teoria maluca dele te ter apenas dois meses de idade. Céus, e você pensava que havia sido direta demais e assustado o garoto! Mas ao mesmo tempo ficava curiosa com o que teria acontecido na vida dele para demorar quase um ano para te mandar uma mensagem. Pelo o que você se lembrava, Jack era um cara bem legal - e bem bonito, não faria mal outro passeio pelo parque.

"Mas é claro! É só me dizer o dia e a hora que ficaremos felizes em sair para passear."

Jack estava nervoso no Bunker esperando pela sua resposta. Toda aquela confusão envolvendo a fenda e viagens a mundos paralelos haviam forçado-o a crescer, e já que tinha sobrevivido aquela merda toda, porque não tentar conversar com uma garota mais uma vez? Sabia que tinha Meg morando com ele no Bunker, mas não era a mesma coisa. Ela não fazia seu coração se descompassar e suas mãos suarem, além de não ter um cachorro folgado. Com um suspiro de alívio, soltou uma risada ao receber sua mensagem de volta, saindo do quarto e indo ao encontro de Dean, avisando que precisava sair.

Porque apesar de Jack parecer ter vinte anos, ele só tinha um e não era muito confiável de sair sozinho - já que da última vez tinha encontrado um caminho só de ida para o mundo além da fenda.

-Dean! Você tem um minuto? - Jack o chamou ao entrar na cozinha e encontrá-lo abrindo uma cerveja.

-O que foi? - Ele não deu muita atenção de início.

-Eu vim te avisar que vou dar uma saída agora a tarde. - Ele disse na inocência.

-Como é que é, rapaz? - Dean olhou desconfiado.

-Eu disse que vou sair.

-Aonde o senhor pensa que vai? - Dean perguntou colocando a garrafa de cerveja na mesa, dando total atenção ao garoto.

-Me encontrar com S/n. - Ele respondeu como se fosse óbvio.

-Ela não era aquela garota que te encontrou quando você desapareceu? - Sam se intrometeu na conversa. Ele havia entrado na cozinha com Mary bem a tempo de ouvir o meio da conversa.

-Ela mesma-. Jack deu um sorriso de orelha a orelha, inocentemente.

-Porque? - Dean tentava a todo custo impedir que ele saísse de sua vista.

-Porque depois de tudo o que passei e vi, acho que está na hora de tentar conversar com uma garota sem provocar uma catástrofe.

-Mas e a Meg? - Sam estava curioso. - Vocês vivem conversando.

-Ela não tem a Thereza.

Mary sorria diante de tudo aquilo, entendendo perfeitamente aonde o garoto queria chegar.

-Só volta antes do anoitecer. - Sam pediu, liberando Jack.

-E deixa o endereço anotado aqui. - Dean deu a palavra final.

Jack passou o endereço e desapareceu na frente deles. Dean pegou o pedaço de papel, deu uma olhada e passou a mão na jaqueta e chaves do carro.

-Aonde você pensa que vai, Dean? - Sam estranhou.

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