Sam Winchester

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Lebanon, Kansas

A noite havia chegado de forma bem sádica naquele dia. Quem diria que para ver o Sol brilhar novamente naquele céu Dean Winchester teria que se colocar entre a luz e a escuridão, arriscando mais uma vez sua vida? Ou até mesmo que o fim do mundo fora ocasionado por nada menos que uma briga de irmãos? Dean não queria admitir, mas sentia como um pai que colocara ordem na casa, acabando com a discussão dos filhos. Céus, aquilo era tão estranho!

Se tinha uma coisa que ele não duvidada, era de mais nada. Principalmente após avistar um clarão bem a sua frente, dando de cara com uma mulher com não mais de trinta anos, loira e de camisola, o encarando completamente assustada.

"Obrigada, Dean"

Ele escutou um sussurro em seu ouvido, certamente o de Amara quando a mulher finalmente tomou consciência e tentou bater nele, que tentava se aproximar.

-Mãe? – Seu tom era incrédulo e um pouco emotivo.

-SE AFASTE DE MIM! – Mary Winchester olhava para todos os lados, completamente confusa de estar no meio daquela floresta a noite, sozinha e de camisola. A última coisa que se lembrava era de ter colocado Sammy no seu berço e ter ido para a cama, não te der saído de sua casa.

-Mãe! - Ele tentava acalmá-la - Sou eu, Dean! Mãe, por favor, pare de me bater!

-Você está mentindo! Meu Dean tem só quatro anos! – Mary queria chorar por se sentir perdida.

-Eu cresci, mamãe. Tenho trinta e oito agora. – Seu tom era sombrio, obviamente sentido pela breve rejeição da mulher.

-Como...? – Mary estava em choque, não acreditando no que estava bem a sua frente.

-Aconteceu muita coisa desde os meus quatro anos. A senhora precisa escutar tudo. – Dean a levou até um banco próximo, preocupado com sua reação.

Mary incrivelmente escutou todo o relato de forma calma, deixando algumas lágrimas escaparem ao saber do descontrole e morte de John, percebendo a vida que seus filhos levavam: justamente tudo o que ela lutara contra, escondendo de seu marido toda a verdade. Dean também não estava muito atrás na emoção, controlando-se ao máximo para não chorar na frente da mulher.

-Você contou sobre tudo o que aconteceu e conseguiu salvar, mas não tocou no nome do seu irmão. Aconteceu alguma coisa com meu Sammy, Dean? – Mary parecia aflita.

-Ele.... Ele não está mais com a gente, mamãe.

***

Já se passavam das oito da noite quando você finalmente acabava de preparar o jantar. Havia comprado um frango assado no caminho de casa, tendo de apenas cozinhar as vagens e preparar o purê de batatas antes que seu marido chegasse. Você estava terminando de temperar a batata quando sentiu braços fortes a abraçarem por trás, recebendo um beijo delicado em sua bochecha em seguida.

-Senti saudades... – Mesmo após cinco anos de casamento ele ainda conseguia te hipnotizar com seu cheiro amadeirado e rouquidão na voz, acabando com toda sua seriedade e concentração.

-Sam... – Você se apertou contra o corpo do moreno, numa tentativa de receber mais carinho – Chegou tarde hoje.

-Desculpe, amor. Fiquei preso no escritório até mais tarde. – Ele se soltou permitindo a vista de suas costas: estava sem o paletó e gravata, apenas com a camisa social dobrada até os cotovelos, com seus cabelos soltos completamente desalinhados. – Onde está Max?

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