13. primordium of war.

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n/a: boa noite delícias! ♡ como estão? aqui vai mais um cap não tão leve pra vocês. eu mesma reconheço que algumas partes são bem sinistras, principalmente ao que diz respeito à essa obsessão da narradora (morte) pelo lou. os outros estão bem mais light, inclusive o próximo promete 🔥 rs

nesse cap, não segui uma ordem cronológica muito definida em alguns momentos; vai ter uma parte por exemplo que a morte narra tudo ordem que aconteceu com o harry ate ele chegar em determinado estado/lugar.

espero não decepcionar, amo todos vcs ♡ obrigada de coração pelos 2k de votos, boa leitura!!!

(...)

Louis estava quebrado em todos os sentidos. Sujo, faminto e machucado, ele nunca quis tanto voltar para casa, para o conforto dos braços tatuados de Harry. Duas semanas já haviam se passado e a cada dia tudo ficava mais pesado, mais sangrento. Todos os dias antes de dormir ele se perguntava como estava conseguindo sobreviver, mas nunca conseguia encontrar a resposta, mesmo que a verdade estivesse bem embaixo de seu nariz.

Ele mesmo não me deixava pegá-lo.

Embora através de métodos desagradáveis, ele estava aprendendo as coisas com muita facilidade, o que fazia com que Zayn não precisasse ser tão duro o tempo inteiro. Ele já sabia desatar nós em poucos minutos agora e sua mira melhorava a cada dia, até porque sua parte favorita do treino era manusear facas e ele sempre dedicava um tempinho para arremessá-las contra os alvos. No fim de cada dia, ele e Zayn passavam cerca de uma hora e meia meditando e vez ou outra este último o dava alguma coisa para comer e beber.

Agora, vamos aos dados. Dentro daqueles catorze dias, Louis foi punido oito vezes por ter desacatado a palavra alheia em algum momento, sendo que as consequências geralmente envolviam cortes com bisturis. Ao longo dos treinos, ele teve quatro desmaios - dois por dor severa, um por exaustão e o outro por fome -, algumas queimaduras de primeiro grau e uma porção de hematomas e contusões. Zayn encarregou-se de cuidar dele nas situações mais graves, pois sabe-se lá o que o aconteceria caso ele, por descuido, deixasse aquele menino morrer. A terceira semana foi a mais difícil: ele já não tinha mais forças para nada. Afinal de contas, foram duas semanas indo dormir às duas da manhã para acordar às seis e dar continuidade na série de treinamentos árduos.

"Vamos trabalhar com armas de fogo e combates corporais essa semana. Se você fizer corpo mole em algum momento, eu vou te jogar lá embaixo com os ratos." Zayn anunciou logo cedo, arrastando Louis da cama improvisada para poder dar início ao treino. O bailarino sofreu como nunca naquela semana, tanto a ponto de se contorcer e berrar de dor e, apesar de ter se mantido forte, eu sabia que ele dificilmente aguentaria a última. Para reforçar minha teoria, no sábado da terceira semana ele ficou muito doente e Zayn se viu obrigado a cuidar dele mais uma vez, só que agora ele sabia que precisava dar o máximo de si - Louis estava claramente morrendo. Tanto pelo frio, pela dor, pela fome, pela situação precária daquele lugar, pelo cansaço... foi tudo como uma bola de neve que me deixou pertinho de finalmente tê-lo em meus braços.

Na medida em que nunca esteve tão preocupado, Zayn nunca se empenhou tanto em cuidar de alguém como fez naquela noite. Ele passou o tempo inteiro com o corpo de Louis no colo, o tranquilizando sempre que este começava a agonizar de dor e o medicando o tempo inteiro. Em momento algum, porém, ele pediu desculpas por ter causado tudo aquilo: todo o treinamento seguia o padrão de iniciação na gangue que o próprio Harry estabelecera e o modo em que cada um reagia não era de sua responsabilidade; seu papel ali era apenas executar. No entanto, Malik não estava dando a mínima para aquilo naquele momento - ele não queria ficar para a história como o responsável por ter matado o protegido do chefão.

pandemonium ➸ l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora