ESCÂNDALO BRITÂNICO

2. COTIDIANO

   Dulce tomava seu café da manhã enquanto Anahí digitava sem cessar no notebook, já havia passado 1 semana desde do acontecido com Meredith, vendo que sua amiga estava tão concentrada, Dulce questionou enquanto se aproximava:

-- O que está escrevendo?

-- Um blog. 

-- Sobre ?

-- Nós. 

-- Quer dizer: eu.~ Dulce começou a folhear o jornal posicionado a mesa.

-- O que te faz pensar isso ? ~ Anahí debocha.

-- Está digitando bastante. ~ Ela foi interrompida pela campainha. 

-- Clientes ~ falou Anahí.

-- Muito bem, vamos ver o que temos pra hoje.

[...]

Um senhor de 50 anos era o primeiro cliente:

-- Minha esposa passa muito tempo no escritório, Srta.Saviñon e Srta.Portilla.  

  Dulce revirou os olhos e apontou para a porta.

-- Tédio. 

Anahí conhecia muito bem os vários significados dessa palavra mas a loira sabia que para Dulce era um pedido como; Anahí, eu não vou resolver esse caso, por favor tire essa pessoa daqui de forma aprovada pela lei.

[...]

O segundo era uma mulher obesa de 43 anos;

-- Eu acho que meu marido está me traindo.

-- Sim, ele está. Caso resolvido. Pode ir~ Dulce apontou para a porta. 

[...]

O terceiro era um homem de 28 anos, ele trouxe uma urna de cinzas humanas.

-- Ela não é minha tia, moças. Eu conheço as cinzas humanas, ela foi substituída, eu sei que foi.

Dulce bufou e já não tinha tanta paciência. 

-- Tédio. Saia.

[...]

O quarto era um magnata envolvido com a política que tentava convencer Dulce a ajuda-lo;

-- Veja bem, querida, se conseguir recuperar os dados hackeados antes da corte londrina... Vamos lhe dar uma generosa recompensa. 

-- Saia.

[...]

Os últimos do dia eram surpreendentemente uma mãe com duas meninas gêmeas de 6 anos, a mãe deixou as filhas testemunharem: 

-- Não deixaram a gente ver o vovô quando ele morreu.

-- Será que é por que ele foi pro céu? ~ a outra questionou. 

-- As pessoas não vão para o céu quando morrem, são levadas para uma sala especial onde são cremadas. ~ Saviñon respondeu com sinceridade enquanto as meninas ficavam boquiabertas

-- Dulce... ~ Anahí a repreendeu.

[ . . . ]

Alguns dias depois, Alfonso Herrera, o Inspetor Policial da Delegacia Metropolitana de Londres, convocou Dulce e Anahí para um caso. Elas foram levadas até um terreno desconhecido, cercado pela floresta, onde havia um carro com o porta malas aberto, quando se aproximaram, viram que tinha o corpo de um homem nele. 

-- Ontem caiu um avião em Dusseldorf, todos morreram. ~ Alfonso disse. -- Suspeita de ataque terrorista. De acordo com os dados do de voo, esse homem havia embarcado. Dentro do casaco dele encontramos o cartão de embarque, guardanapos do voo e até um pacote de biscoito da companhia aérea. No passaporte, há um carimbo do Aeroporto de Berlim. Esse homem deveria ter morrido na queda do avião na Alemanha ontem, mas ao invés disso está no porta-malas de um carro. 

-- Fuga de sorte. ~ Dulce falou enquanto usava um ampliador para verificar o corpo.

-- Alguma ideia do que pode ter sido ? ~ Anahí questiona.

-- Oito por enquanto. ~ Dulce passou a examinar os sapatos.-- Muito bem, só quatro. ~ ela olhou para um avião que passou por cima deles. -- Talvez duas ideias. 

[ . . . ]

Mais tarde Anahí atualizava o blog, quando Dulce viu que se tratava do caso do homem no porta-malas ela exclamou:

-- Não, não, não mencione os não-resolvidos, Anahí.

-- As pessoas querem saber que você é humana.

-- Por que?

-- Elas se interessam. ~ Anahí deu de ombros. Dulce revirou os olhos e foi até a janela compor musica com seu violino.

[ . . . ]

A noite, Dulce e Anahí, estavam jantando na cozinha do pequeno apartamento, até ouvirem a Sra.Lola, a sindica, chama-las para atender um cliente desesperado, era obeso e muito nervoso, parecia que estava com medo. Ele se sentou numa poltrona especial para os clientes. Dulce se pôs a andar na frente dele de um lado para o outro, enquanto Anahí estava sentada anotando o que achava ser importante. 

-- Conte desde o início, sem me entediar. ~ a ruiva falou.

-- Ér.. ainda estava claro, devia ser umas 3 da tarde, eu estava dirigindo a caminho de casa, quando meu carro parou de funcionar perto de um riacho. Eu desci e vi que havia um homem parado perto da margem, ele estava longe e parecia observar os pássaros então eu não prestei muita atenção. Fui ver o que tinha de errado no motor, mas o escapamento explodiu, quando olhei de volta para o homem, ele estava caído, pensei que pudesse ter tido um ataque cardíaco mas quando me aproximei para ajudar, havia sangue escorrendo da cabeça dele, depois eu liguei para a polícia, mas eles não acreditam em mim, me ajude Srta. Saviñon.

-- Amanhã haverá uma investigação mais aprofundada do local e eu vou participar, e se diz que é mesmo inocente, não há porque se preocupar, eu vou descobrir.

       Aut: Aí o 2° Capítulo. Por favor me digam o que estão achando da história, logo logo o Ucker aparece. Não se esqueçam de favoritar e comentar. Bjos.