Eu vejo monstros

58 5 23
                                    


 HELLOO! Capítulo emocionante e cheio de referências; algumas implícitas, como à série Dark ( da Netflix, alemã, que é completamente fabulosa), ao filme Garotos Perdidos ( clássico da Sessão da Tarde, que tem uma trilha sonora fantástica - de onde eu tirei tb o trecho da música do A-ha, que abre o cap) e, ufa, no final, a referência mais que conhecida a O Sexto Sentido! Espero que curtam e comentem!!  

I reach the edge of town

I've got blood in my hair

Their hands touch my body

From everywhere

But I know that I've made it

As I run into the air ( Scoundrel Days / A-Ha)

(Eu alcanço os limites da cidade

Eu tenho sangue nos meus cabelos

As mãos deles tocam meu corpo

Vindas de todos os lados

Mas eu sei que eu consegui

Enquanto eu corro para o ar)

Hopper estacionou em frente à casa dos Byers e observou que a chuva parecia mais grossa do que de quando saíra de casa. Bateu apressado na porta e Joyce a abriu, espantada:

- O que você faz aqui?

- Desculpa aparecer assim, é que...- ele retirou o chapéu. – Eu encontrei umas coisas nos arquivos da delegacia sobre o sumiço misterioso do Will.

A mulher deu passagem ao xerife e ele entrou:

- Me deixe trazer uma toalha para você enxugar esta água da chuva. – ela pediu. Alguns minutos depois, voltou com uma xícara de café. – Tome, acabe de passar. Então, o que foi, Jim?

Ele toma um gole do café:

- Eu disse que daria uma investigada sobre o caso e descobri algumas coisas. Uma delas é que, aparentemente, Barbara Holland morreu na mesma época em que Will sumiu.

- Sim, eu lembro disso. Ela estudava com Jonathan na época.

- Os indícios do sumiço dela batem bastante com os de Will. Fico me perguntando o porquê de ela não ter conseguido escapar, assim como ele.

- O mais estranho é que não parece algo feito por uma pessoa, entende? – Joyce redarguiu. – Se eu não corresse o risco de ser taxada como louca, eu diria que foi um monstro.

- Outra coisa que descobri, é que acabaram com a investigação abruptamente. – disse Hopper.

- Como assim?

- Do nada, o xerife anterior deu o caso como encerrado, e há cerca de uns meses, sem motivo aparente, ele pediu para ser transferido e foi daí que surgiu a vaga para mim. O estranho disso é que ele sumiu.

Joyce sacudiu a cabeça, confusa:

- Isto é completamente insano.

- Sim. Parece que estamos mexendo com coisa séria demais por aqui. – Hopper expôs, se sentindo de repente muito cansado. – Eu já vi tanto nessa vida, Joyce, e tudo o que queria era descanso para mim e para a El.

A mulher se sentou perto dele; a proximidade dela, a mão que ela colocava em seu ombro, seu olhar compreensivo, tudo aquilo o deixara tenso:

- Eu entendo, Jim.

Hopper olhou profundamente dentro dos olhos de Joyce e segurou seu rosto:

- Nós bem que merecíamos um pouco de paz, não é?

Never Let Me GoWhere stories live. Discover now