Coronel narrando

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A semana passou voando e nada da Alice me atender ou me responder. A Larissa falou que ela tá bem e que era pra dar o tempo dela, encontrei com a Bruna umas duas vezes e não consegui transar com ela, que ficou puta é claro. Tava aqui na boca fumando um, e a mesma entra
Bruna: Qual é Coronel? Vai ficar me evitando até quando? - ela me fuzilava, encarei a mesma e arquei as sobrancelhas

Coronel: Olha o tom de voz que tu não tá falando com otario. Não estou te evitando, estou cheio de problemas aqui no morro - ela revirou os olhos

Bruna: Os problemas seriam a Alice? Pelo que eu ouvi por alto ela voltou lá pra Bahia e ainda levou tua irmã. - fuzilei a mesma

Coronel: Não se mete na vida dela, você não tem nada a ver com isso

Bruna: Defende mesmo, enquanto, tu tá aí se arrastando pelo morro, sofrendo por ela, ela deve tá fazendo a festa em Salvador com seu dinheiro otario - levantei e agarrei o cabelo  da mesma

Coronel: Eu já te falei uma vez e não vou falar de novo. Não toque no nome dela, não fale nela, não pense nela. Se tu vier com algo sobre ela de novo eu te arrebento, e eu não gosto de bater em mulher, mas quando eu bato, bato como se fosse em homem. - ela me olhava assustada e com os olhos cheios de lágrimas - Entendeu?

Bruna: Sim, entendi - soltei a mesma - Você me paga - jogou o cabelo na cara e saiu.

A Alice cada vez mais estava me matando, de saudade, de raiva, de ódio, e de amor. Eu precisava vê-la, senti-la, amá-la.

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