Criptonita

Alice Narrando

Essa semana passou rápida principalmente porque o Lucas parece que tirou uma "folga", passamos a semana toda grudados, ele não me deixava ir embora, ele tava estranho, mas decidi não atormentar, deve ser algum problema no morro. Estava terminando de me arrumar pra buscar meu pai

Lucas: Amo você, você é a única mulher que eu amei – disse me abraçando por trás, me virei para o mesmo

Alice: Tá acontecendo algo, Lucas? – ele tava com a cara estranha

Lucas: Não, só quero que você saiba que você é única na minha vida, apesar, dos meus erros, você foi me acerto – Assenti e nos beijamos, parecia um beijo de despedida

Alice: Também te amo, mas agora tenho que ir buscar Papito – sorri – Domingo, quando ele for embora eu apareço aqui – ele assentiu, dei um selinho nele e sai. Mas, antes olhei para trás e ele me encarava com um sorriso triste, voltei, e dei mais um beijo e sai. Quando o meu pai está no Rio, eu não vou vê o Lucas na favela, tento aproveitar o tempo com meu pai. Mas, eu tava com uma sensação estranha, joguei para o ar e segui para o aeroporto.

Coronel Narrando

Resolvi passar a semana toda com a minha malandra, conversei com o Noronha e queria que ele tomasse conta de tudo, só me incomodasse em algo realmente sério, e o meu parceiro fez. Não me ligou e nem atrapalhou uma vez se quer, eu aproveitei e curtir a semana com ela. Mas, hoje o pai dela chega e ela tem que buscá-lo no aeroporto, vendo-a sair pela porta eu sabia que ali era o nosso fim, e não fui homem de jogar a real pra ela. Tava na cobertura olhando aquele morro, o meu morro, a minha responsabilidade quando o Noronha entra

Noronha: Bateram o rádio que a Alice já saiu do morro. Como ela reagiu? – neguei

Coronel: Eu não fui homem, não tive coragem – encarei ele – Tô perdido cara

Noronha: Você não precisa fazer isso irmão, eu to com você, te apoio, não entra na noia da Bruna parceiro

Coronel: Não posso, esse morro é minha responsabilidade, fui ambicioso e agora eu vou pagar o preço dessa ambição..

Noronha: Fé aí, eu to aqui pro que dê e vier – Assenti.

Coronel: Eu preciso ficar só – digo tragando o meu cigarro

Noronha: Tranquilo falou ai – disse e saiu, eu a perdi, e dói de uma forma filha da puta. Minha história com ela foi parada de primeira vista, eu a vi e já a quis. De inicio ela só queria curtir, e quem sou eu pra negar. Mas, foi um bagulho louco, nós dois sempre queríamos mais, mais e mais. E agora, já era, ela não iria me perdoar nunca.