Capítulo 4

681 136 73
                                    

BENJAMIN

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

BENJAMIN

Pesadelos e misericórdia

Lá estava ela, mais linda do que nunca, sentada sozinha em um banco da praça central. Eu observava Safira de longe, com o coração explodindo no peito, pedindo para que eu fosse falar com ela.

O que acontecia, no entanto, era que eu estava a trabalho. Havia uma lista de compras em minhas mãos feita pelo senhor João, meu chefe, e eu tinha que realizá-la o quanto antes.

Pensei por alguns segundos, parado ali mesmo, a uns cinco metros de distância daquele par de olhos azuis marcantes. Ela estava concentrada no celular e provavelmente esperava por alguém, mas eu não me detive.

— Oi. — Falei, assim que cheguei em sua frente. Sem muita demora, ela me viu.

— Oi, Ben. — Sorridente, ela levantou-se e me abraçou. — O que faz por aqui?

Após seu abraço, nervoso com sua reação tão espontânea, fiquei sem fala.

— É...

— Bem, já que não respondeu é porque não está fazendo nada importante. — Safira me puxou pela mão e sentamos no banco onde ela estava anteriormente. — Vai me fazer companhia, então.

— Estou a trabalho. — Consegui dizer, após algum tempo.

— Você gosta de mim, Benjamin? — Ela perguntou, olhando-me fixamente e ignorando totalmente o que eu havia dito.

Observei-a sem conseguir entender. O que ela esperava que eu respondesse?

— Por que está me fazendo essa pergunta?

Safira trouxe uma de suas mãos livres ao meu queixo, com aquele seu sorriso encantador acompanhando-a, e virou-se para me olhar melhor.

Ao mesmo tempo em que tremi com seu toque, recuei.

— Safira... — Tentei me afastar, receoso. Ela era um tesouro proibido que eu sequer poderia pensar em tocar.

— Eu gosto de você, Benjamin.

Após dizer isso, seus dedinhos brincaram com meus cabelos. Sem muita demora, Safira se achegou a mim e, quando nossos rostos inevitavelmente se aproximaram, eu caí da cama.

— Ai. — Reclamei de dor, estirado no chão frio do meu quarto.

Eu não sabia se o pior havia sido sonhar com Safira ou correr o risco de ter deslocado algum osso por causa daquela queda.

— Ótima forma de acordar. — Forcei um sorriso enquanto me levantava.

Peguei meu celular que estava conectado na tomada carregando e olhei o relógio.

Sete horas!

— Ben? — Ouvi a voz de minha mãe. Mais rápido do que imaginei que poderia, troquei a camiseta rasgada que vestia por uma blusa decente. — Acordou?

Até que te espereiOnde histórias criam vida. Descubra agora