Um Amor em SP

Agora vamos resgatar nossas mulheres

A Bruna grita muito, se desespera e tenta se desvincular dos caras e correr, mas os caras são bem fortes. Eu não faço resistência, sla tenho um rosto tão bonito, vai que eles resolvem me bater, e estragar essa bela obra de arte que é minha linda face.
Enquanto eles nos arrastam para o outro carro, um dos homens ficam com uma arma apontada para o meu namorado. Quando vi aquilo quase dei um troso, sla poderia fazer o que quiserem comigo, desde que não machucassem o Ricardo Jr. Não suportaria vê meu namorado morto, não conseguiria viver depois disso. Fiquei de longe rezando pra que o Ricardo não fizesse nenhuma bobagem.
Fomos jogada no carro, o cara que estava apontando a arma para o Ricardo Júnior atira, eu dou um grito de dor e desespero ao ouvir o tiro.
- Desgraçadoooooos, por que fizeram isso seus vermes? Não fizemos nada para vocês.
Em meio ao choro não percebi que o tiro que o cara deu não foi no Ricardo Jr., graças a Deus, e sim em um dos pneus da Lamborghini huracan spyder do meu namorado, para ele não ir atrás da gente, obrigado São Damião.

Durante todo a viagem os sequestradores usaram capuz  para esconder o rosto. Falam através de código que dificultavam a compreensão do que falavam. A Bruna ficou mais calma, ela me deu sua mão, eu apertei firme para lhe da força. Tinha certeza que o Ricardo daria um jeito de nos tirarem dessa situação. Como o Ricardo Jr. era milionário qualquer valor que os criminosos pedissem pelo resgate ele pagaria. Bem, acho que ele pagaria kk sla somos namorado há 2 dias apenas, mas mesmo assim sinto que ele me ama por uma vida toda. E com certeza ele não mediaria esforços para me salvar.

Chegamos a um lugar horrível, o cativeiro era no meio de uma favela, não posso precisar qual favela,  porque no meio do caminho eles vendaram nossos olhos. Só desvendaram quando chegamos ao cativeiro. Nos amarraram.
- Passam seus celulares agora!- Diz um dos bandido com um cara de poucos amigos.
- Qual é, vocês nos traz a esse fim de mundo só pra roubar o nossos celulares? Pq não roubaram eles lá e nos deixássemos em paz? - Pergunto.
- Tá louca menina aqui não é um roubo e sim um sequestro quero os celulares de vocês para entrar em contato com alguém que pode ajudar vocês, saca?
- Saquei, saquei. Mas olha o nome do meu namorado é Ricardo Jr, mas na minha lista de contatos está "My Life", pode entrar em contato com ele, e peça aí uns 500 mil por nós.... não pera, peça logo 1 milhão, se eu não valer no mínimo um milhão para o Ricardo termino com ele na hora. - Falo.
O cara olha pra mim com a cara que diz: " que menina louca", e diz:
- Não quero falar com o seu namorado. Quem aqui é namorada do Carlos Fagundes?
Eu olho para a Bruna com o olhar como se dissesse: " Que porra que ele está falado?"
- Ôh meu senhor, me desculpa, mas acho que tem um engano aí. A gente não conhece nenhum Carlos Fagundes não. - Falo.
- Não, eu o conheço sim. Não somos namorados, namorados, mas já saímos umas duas vezes. - Diz a Bruna com uma voz abalada.
Eu olho para ela com os olhos mais arregalados possível.
- Sério? - Pergunto.
- Esse Carlos é o mesmo que você me contou do audi reviews.
Meus olhos que já estavam arregalados quase pulam pra fora das órbitas, depois dessa.
- Então é o seu celular que o preciso. - Fala o moço atirando com toda força o meu celular contra a parede que  estilhaça o vidro em mil pedacinhos.
- Pow cara qualé, ainda tava pagando esse celular, só faltavam duas prestações e tal. Maldade aí!
- Prefere o celular quebrado ou sua cara? - Fala o cara com um ar ameaçador.
- Ah não, deixa eu já tava querendo comprar outro mesmo...você me fez um favor até. - Tento um sorriso amarelo que não funciona.

Enquanto um dos bandidos tenta ligar pro Carlos eu começo a tagarelar, sempre falo compulsivamente quando estou muito nervosa.
- Hei moço, tem nenhuma vassourinha aqui não, hein? Porque esse cativeiro está parecendo um chiqueiro, ce louco... Sujo pra cacete.
- Tem mas, a limpeza não é o importante. - Diz um dos sequestradores.
- Ah claro, aí minha rinite ataca com tanto pó, mas quem liga pra isso?... Isso mesmo ninguém, tipo foda-se a rinite alérgica da Vanessa.
- Hei moça pare de falar. - Ordena um sequestrador que é baixinho.
- Ata para de falar, mandar é fácil quero vê pegar um espanador e tentar tirar a metade desse pó aqui. - Dou um espirro. - Tá vendo minha rinite já atacou. - Dou outro espirro.
Falo ainda uma porçao de coisas. Até que a Bruna, talvez com medo do que os bandidos possam fazer com a gente ou porque já estavam com os ouvidos doendo igual os dos bandidos com minha tagarelice, fala:
- Vanessa pare de falar mulher. Tá doida quer que esses caras percam a paciência com você e nos matam?
- Tá eu paro, mas você tem que concordar que eles erraram, deveriam ter sequestrado a gente em um carro maior, onde já se viu 5 pessoas exprimida em Fiat Uno, é demais. - Falo com um tom indignado.
Não parei e  falei mais um bocado.
Mas não era por querer, simplesmente não consigo para de falar quando estou sobre muito estresse.