Fui o escolhido para sentir todo o represo e desprezo que existe. E, o que me rodeia, é apenas o vento, que tudo levou, deixando só às lágrimas de quem se sujeitou à grande onda de sofrimento.
Navego rumo ao mar de névoa e à trovoada, numa pequena canoa de madeira frágil, ligada às artérias do meu coração... Náufrago violento, provocado pela saudade é pelo vício naturalista pelo suicídio. Ouço um som estranho do fundo de mim, um ruído gritante de uma bala, que perfura a minha mente, destruído todas as memórias.
Só consigo sentir o frio e o vazio, dentro de mim, um profundo desgosto sobrenatural na visita de uma calma paisagem mórbida de rosas negras, cheias de espinhos. Sinto sangue espesso nas minhas minhas mãos, sangue real, que não é meu... Como? Serei eu um assassino? Ou, talvez, ingénuo? A escuridão reflete a indiferença perante o destino, pois, só falta vir a Morte.
Estou recheado de culpa, propícia de assassinatos canibais, que pelas lúgubres ruas designa, ininteligívelmente, já que, o segredo, só as nuvens e as estrelas decifram....
Subo por uma enorme escadaria, pintado com a Sabedoria demoníaca.. E encontro um ser de aurélia e chifres, com a cara desfigurada, com um véu de bruma a tapar os seus encarnados olhos [ que tudo vêem]. "Procura e desvendarás" disse esse maldito pesadelo, que por alguma razão enfrento [Realidade] ... Este sim, é o meu maior pesadelo, que sonho mesmo acordado, que vejo mesmo dormindo. Não importa a ocasião, perseguir-me-à eternamente.