Como é pensar? Tão insanamente o todo deste belo percurso, estupidamente intrigante, com danças de sombras mentais que julgamos ser ideias; flui e reluz de forma tão passiva, que recriamos momentos autónomos;Fascinante o processo de criar, e de usar? Como é que usamos?
Escuro como o desprezo numa mina submarina, com restos mortais em todos os cantos [danos colaterais... Talvez seja eu] Um longo labirinto de vegetação incolor [que talvez nem exista], esvoaçam cacos e pétalas, de espinhos; com um toque suave estival...
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Este; este é o meu deslumbramento, o meu perdão, o meu socorro, a minha solidão...
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É o meu completo estado de Nirvana, inconstante, sofredor de pura busca pela pedra...
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Tudo isto é culpa minha...
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Morrerei na solidão deste pensar
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Nem com olhos fumados, nem líquidos, nem desfeitos... Não vejo; Não compreendo... Não cheiro; não reconheço. O desassossego [o meu próprio] é distinto de qualquer um; que nem orvalho matinal escorre pela minha face; face a tudo desejado nada sou, e perante essa tese do universo, transcrevo com gotas de tinta em "seres-mortos" [que viveram para nos ajudar, agora, são desprezados ].
Vivi com olhos pensativos e não com olfato sanguinário.