Marginal

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O asfalto das ruas,
De repente,
Estava manchado
De vermelho sangue.

A mão que estava na minha,
De repente,
Estava cobrindo
O machucado no próprio rosto.

A serenidade daquele fim de tarde,
De repente,
Estava morrendo
Com chiado da ambulância

E foi assim,
De repente,
Não mais do que de repente,
Aquele quem eu amava
Morreu numa maca.

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