Londres 1970

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EM UMA MANHÃ SUAVEMENTE ENSOLARADA emergia-se do céu claro, vários pombos sobrevoando um atrás do outro e pousando em altos prédios que ser aculavam entre desertas ruas. Ao passar do tempo era de se notar uma grande aglomeração de pessoas entrando e saindo de seus aposentos locais. E uma grande proporção de automóveis vagando pelas ruas de Londres percorrendo sem rumo especificamente.

O frio era intenso naquele início do dia doze de dezembro. O vendo gelado se espalhava entre a imensa multidão de seres humanos que se movimentava em passos rápidos entre uma calçada e outra.

Percebia-se naquela manhã, entre a população, características exóticas destacando-se entre os demais. Os turistas sempre foram bem vindos no país. Cada um com os seus respectivos objetivos e desejos. A cada uma hora um dos grandes navios ingleses ancorava no principal porto vindo do exterior repleto de turistas dos mais variados tipo de comunidade. Era nítido destacar seus traços raciais como; Negros, pardos e brancos ocupando diversos lugares da Inglaterra.

A grande maioria dos negros iam para cidades menos populosa do país onde teriam uma chance melhor de encontrar uma moradia digna. Alguns evitavam de ir ao centro da cidade onde vivia a mais alta sociedade que menosprezava os negros por sua história antepassada. A descriminação e o preconceito ainda era inevitável nesse tempo.

A população londrina parecia viver tranquila, em perfeita harmonia. Como aquele homem baixinho que acabara de comprar o seu habitual jornal em que lia os noticiários apressadamente na expectativa de termina-lo antes do seu horário de trabalho.
Ou aquela mãe que conduzia o seu automóvel desesperadamente porém estressada por conta do excesso de semáforos que lhe impedia de deixar o seu filho na escola antes do horário normal.
Ou talvez aquele grupo de amigos sentados no banco da praça revisando alegremente os seus assuntos da faculdade. E a felicidade da pequena criança que a despertou cedo da cama para ir ao parque saciar o seu desejo de brincar no balanço úmido. O tiozinho que vendia jornais em frente à uma padaria movimentada e que aparentemente conseguia com exato sucesso, vender seus novos jornais. Um meio de comunicação extremamente importante para atualizar o que a acontece no país e no mundo.

Enfim, citaremos a tia da bicicleta velha e enferrujada que vinha do trabalho no fim do dia. A sua residência se encontra no sudoeste de Londres, no bairro de Kensington, onde estacionou a sua humilde bike no bicicletário em frente a um antigo e desgastado prédio.

Uma vez lá dentro, a tal mulher com uma larga calça, um blazer lilás poído e usando um enorme óculos estampado no rosto, subia a longa escadaria de acesso aos vinte e cinco quartos contendo alguns sem nenhum ocupante.

Os pés gritavam de dor e sofrimento quando a tal mulher finalmente chegava ao penúltimo andar e onde destrancou de imediato a porta e entrou rapidamente. Era uma ambiente tranquilo e agradável de se morar. Era notável apreciar os variados quadros que haviam pendurados na sala de estar. Um exclusivamente mostrava o que seria a sua família, e era bem visível ao apreciá-los, capturar os movimentos de suas poses como se estivessem batendo a foto novamente por repetitivas vezes.

Eles por fim acenavam para a dona do apartamento na tentativa de dar boas vindas, mais ela os ignorou e seguiu até o corredor ao lado querendo apenas um bom banho e um bom descanso.

A mulher estava exausta naquela noite fria. Tinha acabado de sair do banheiro depois de um demorado banho quando se jogou em sua pequena cama vestida por uma camisola encardida. Olhava para o teto pensativa, relembrando mais um dia corrido entrevistando testemunhas que presenciaram uma crime misterioso, sem nenhuma evidência exata.

A cama onde deitara era rodeada por poucos imóveis, uma escrivaninha com pergaminhos e penas lilás em cima.Uma pequena e mofada poltrona e um estande repleto de velhos livros.
A lâmpada parecia está danificada pelo excesso de piscadelas que incomodava os olhos da mulher. E por isso ela rápido se levantou virou-se para a escrivaninha e puxou de uma das gavetas uma varinha comprida e fina e com detalhes ilustrativos que iam de uma ponta à outra. Era exatamente laços de cor lilás que entrelacavam ao redor da varinha.

Erguendo o braço mirando a varinha sobre sua cabeça a mulher mencionou baixinho:

- Arenus Varmear! - E um ar quente fluía sobre seu longo e embaraçado cabelo cacheado. E ao fazer isso seu cabelo encharcado foi secando de uma forma rápida fazendo com que seus belos cachos se aperfeiçoasse delicadamente.
Ela sorria discretamente ao olhar um homem muito bem vestido admirando-a dentro de um quadro mau posicionado ao lado da porta.

A mulher distraída sem incomodou em ouvir um alto falatório que vinha da janela à fora que cortava-lhe o silêncio. Pois a mulher colocou a cabeça para fora da janela e começou a espionar a conversa. E pelo simples fato dessas pessoas mencionarem relatos familiares ao passarem pela calçada escura.

- Eu não vi exatamente nada Júnior- comentou uma garota mais atrás do primeiro grupo.

- Como não..tava bem visível gente! exclamou um rapaz no meio do grupo.

- Eu acho que o júnior está dormindo acordado.- disse ironicamente um outro rapaz ao seu lado.

- É sério pessoal, eu vi uma caveira verde e enorme se formando entre às nuvens...- explicou o garoto pela última vez.

Rapidamente a mulher que espionava em silêncio a conversa, se recolheu para dentro do quarto e disse para si. - Pelas barbas de merlim!

Ouviu-se logo em seguida um bater de asas à beira da janela e que voltou a chamar a atenção da mulher ainda espantada com que acabara de ouvir segundos antes.

Ela recebeu a visita de uma coruja branca como neve, respingada por uma coloração amarelada nas penas e enfeitada por laço lilás sobre a cabeça. Sem dúvidas a linda coruja era da própria mulher.

A coruja trouxe junto com ela uma carta vermelha de bordas douradas com o seguinte título; MINISTÉRIO DA MAGIA.
E logo mais em baixo um letreiro em pequenas letras; CARTA SIGILOSA DO MINISTRO DA MAGIA.

A mulher que já aguardava por semanas a seguinte carta, abriu rapidamente sentada em sua cama confortável.

Cara Sra. Melanie Fawley.

Venho lhe informar sobre uma reunião geral de última hora marcada para o dia quinze de dezembro aqui na central de obliviadores no terceiro andar onde contará com a presença dos funcionarios do departamento de grande investigações em magia. Soube que está indo muito bem no seu papel de repórter da Daily Mail e te parabenizo por encarar com êxido esse trabalho. Venho apenas atualizar os últimos relatos sobre certos acontecimentos que vem aumentando não só em nosso mundo bruxo mais contendo casos preocupantes por trás dos trouxas. Bom discutirmos isso aqui no ministério no dia quinze, espero pela senhora.

Antesiosamente
Ministro Harold Minchum.

Então Melanie fechou a carta ea guardou na gaveta junto com a varinha. Olhou para coruja na intenção de acaricia-la mais o animal já estava com os olhos fechados descansando sobre a cabeceira da cama. Talvez pela única razão de está exausta da viagem e de alguns passeios que ela acostuma dar durante o dia em que sua dona saíra para trabalhar.

Melanie não teve outra alternativa a não ser deitar e descansar também. Mais o sono se adiou porque não saía da cabeça de Melanie a conversa que espiou sobre algo semelhante a uma caveira esverdeada que refletiu no céu. Melanie acredita no garoto que mencionou a marca. Existe uma desconfiança em boa parte da comunidade bruxa. O ministério está investigando em cima dos atuais acontecimentos para achar uma resposta concreta.

A lâmpada do quarto se apagou de vez e em fim o sono chegara para que Melanie esquecesse por um instante a polêmica conversa dos jovens.

A lâmpada do quarto se apagou de vez e em fim o sono chegara para que Melanie esquecesse por um instante a polêmica conversa dos jovens

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Crônicas Ocultas do Mundo Bruxo: A Sociedade AmeaçadaOnde histórias criam vida. Descubra agora