Capítulo 17

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-Rita queres que te leve a casa? Eu vou para lá

-Rita vai com quem veio João nao te preocupes- afirma o André.

André estende-me a mão à qual eu ignoro e vou em direção ao seu carro.

-Rita- chama e eu ignoro. Estou passada. Sei que ele pode ficar com ele quiser mas não agora, não à minha frente. Quando ele destrava o carro entro para o meu lugar e fecho a porta com mais força do que necessário. Ponho o cinto e olho em frente. Todo o apetite de falar com ele e resolver as coisas foram embora. Ele põe o carro a trabalhar e sai do estacionamento do cinema. Passamos pelo o resto do grupo e dizemos adeus.

-Rita- murmura baixo e pousa a sua mão em cima da minha ao qual eu trato de tirar rapidamente.

-Leva-me para casa André

-Não sem antes falarmos.

-Não há nada para falar. Leva-me para casa.

-Não.

-Eu. quero. ir. para. casa- falo pausadamente e sinto a sua mao a ir de encontro com a minha coxa.

-Vais para casa depois de falarmos.- fala sereno. 

-Mas eu não quero falar.

-Deixa de ser casmurra Rita. PARA. Estou farto disto, farto de tudo.- Para o carro no semáforo  

-Se estas tão farto deixa-me ir.

-NAO CARALHO- bate com as mãos no volante de raiva e agarra-o com demasiada força. Quando o sinal muda para verde acelera o carro. -Quero que me ouças por isso cala-te.

Vejo a velocidade aumentar cada vez mais. Se fosse noutra circunstancia em não estaria tão preocupada.

-Abranda- falo - Abranda- falo mais alto- André- ponho a minha por cima da dele no volante. Vejo os músculos a relaxarem e a velocidade diminuir- Obrigada.


-Onde vamos André?

-Um café que descobri à pouco tempo.

Andamos em direção ao pequeno café. Se por fora parecia que não valia a pena entrar por dentro é o oposto. Tudo bem organizado, a decoração à base de Azul, cinza e banco. Paredes Brancas para tornar o espaço iluminado e os sofás e cadeiras em varios tons de azul. Mesas cinzas e o chão preto. O André guia-me para um mesa com sofás.

-Meu deus eu podia dormir aqui. Quero um sofá assim em casa André

-Obrigada pela informação- Olho para cima e vejo uma senhora com cabelos cinzas e a cara com algumas rugas. Tem um sorriso aberto e uns olhos azuis lindos.- Queremos que os nossos clientes tenham conforto.

-Definitivamente- sento-me direita- é a dona do café?

-Sim sou, chamo-me Margarida.

-Dona Margarida tem um café lindo e meu deus- falo a olhar nos seus olhos- os seus olhos são lindos.

Ela risse e olha para o André

-Menina bonita que tens

-É, eu sei Margarida. Vou querer um café e uma fatia de bolo de nozes- André pede sem olhar o cardápio. A sua à vontade de estar aqui indica-me que vem aqui muitas vezes.

-Uma fatia? Costumas pedir sempre duas. Vais deixar de comer por estar aqui uma menina bonita? Ou estas de dieta?- Solto uma gargalhada alta

-Duas?- faço o sinal com os meus dedos- André és um gordo

-Margarida já viu? Agora vou ter de levar com isto até ao fim

-Dona Margarida- chamo-a - eu nao sei o que pedir para comer por isso vou deixar ao seu critério mas para beber pode ser um sumo natural de laranja.

Volta- André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora