Um bando de Kayapó saiu da aldeia e, na sua peregrinação chegou nas vizinhanças dos Kubê-amnét. Estes mataram e devoraram um Kayapó após outro sem que os vivos o soubessem. Quando encontravam com algum Kayapó, convidavam-no a desentocar preás de um buraco de pedra matando-o nessa ocasião com um tiro no olho. A final só ficaram quatro Kayapó... "Teriam todos os nossos companheiros voltado à aldeia sem nos avisar?"... eles se perguntaram. Procuraram, nas cercanias pelos desaparecidos, e assim chegaram à aldeia dos Kube-amnét. Só encontraram ali uma velha cega que estava roendo un crânio humano. "Que estás comendo aí?'', perguntaram os Kayapó. "Isto não é absolutamente da vossa conta" respondeu a velha, "É a cabeça de um macacão!" Mas os Kayapó reconheceram que era a cabeça de um de seus companheiros. Nisto chegou um dos Kubê-amnét e, como sempre, convidou logo um dos Kayapó a acompanhá-lo para desentocar preás. Ele mandou-o olhar para o interior do referido buraco na pedra, mas o Kayapó notou também que se preparava para atirar. "Não!". griou ele. "Estás querendo matar-me!". Olhou ao redor e viu, por Ioda parte os restos de forbos de terra e cabelos hunanos. Então os quatro sobreviventes do bando retiraram-se. Os Kayapó nunca se resolveram a uma guerra contra esses Kubê-amnét, que habitam na região que fica ao norte de sua aldeia.
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Glossário Da Mitologia Brasileira - V.L.II
De TodoSegundo Glossário de Cinco Volumes sobre a Religião/Mitologia/Folclore do Brasil.